sábado, 26 de dezembro de 2009

Let it snow!

Eu me sinto mal (pra cacete) a maior parte do tempo, mesmo tendo passado o vestibular, mas aí alguém me diz que as maiores nevascas desde a Era do Gelo estão acontecendo na Europa e eu grito WEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE LONDRES AGUARDE A GATINHA DA AMAZÔNIA, 18 DE JANEIRO SE PREPARE!

"Falta auto-estima e não sobra quase nada", diriam os marketeiros de Skins sobre o Sid - e essa é uma frase que se aplica a Umáyra. Mas eu sei que eu vou ficar bonitona com roupas de frio, a moita encaracolada devidamente escondida em boinas e toucas e a face corada. Ainda por cima aparento ser mó intelectual, os brotinhos de Harvard que vem aguardem!


HAHA, EU RI DISSO TUDO QUE ESCREVI.

Se sente um Mazzaropi incriminado.

Queria escrever como imagino. Sobre coisas úteis. Coisas que mudariam alguém.

Meu maior desejo é não ter dúvidas, sobre nada.
E não ser.

pra escutar a qualquer hora: Charme Chulo.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Como eu não gosto de tirar fotos...

Explicação:



Paranóica é pouco!

Mas perdeu playboy:



Final de julho, agosto, setembro, outubro e novembro:



Se alguém tivesse me dito isso...




E eu disse.





Também! O uniforme não ajudava nem um pouquinho:



O pra sempre sempre acaba (mesmo que voce diga que vai ser eterno enquando durar):


Eu mudo de idéia toda semana. Mesmo depois do vestibular.


Eu menti quando disse: "Graças a Deus. Não verei mais ninguém". Eu ainda quero ver algumas pessoas.


Uma semana visívelmente doente, o resto do ano sendo heroína.

E o meu terceirão provou isso direitinho:

Aí vai o meu "Adeus!" pra 2009, no maior estilo Alice de Closer.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Putz cara.

Internet virou tabu aqui em casa, eu só consigo entrar uma vez por mês por uma hora. Tenho 9 textos pra postar aqui, e 7 endereços cibernéticos pra checar. So, depois da 2ª fase (que vai ser domingo agora) eu consigo escapar da pena. Isso se eu não me revoltar antes, gritar pro mundo que sou agnóstica e ser proibida de viver.
Meu pai rindo aqui, porque o tempo da internet é contado agora.
O sadismo desse homem é tão grande, que dá vontade de chamá-lo de desgraçado na cara dele.

Shakespeare says: that's the question, folks

Não acredito no ser. Em nenhum sentido.
No inglês, o verbo TO BE significa "ser" ou "estar". O "To be or not be" de Hamlet, pode ter sido errôneamente interpretado pelo bobo homem, coisa que só complicou nossa vida. "Ser ou não ser", ou "Estar ou não estar"? Eis a questão.

Hopenhagen: let's do it!

Acho que a questão é mais consciência individual. Não adianta fazer barraconfusãotiroteio quanto à "quem e quanto vai pagar" se as pessoas não tiverem consciência de que - ai meu Jesus Cristo, baita metáfora clichê agora - o oceano é formado por gotinhas d'água.

domingo, 29 de novembro de 2009

Quando eu descobri o que é misantropia.

Vontade de apagar tudo isso que me torna eu. Vontade clichê de tomar chá de sumiço ou de se re-inventar. Entro e saio de epifanias, pra no final ficar cega como os cegos de Saramago. Mas no fundo eu - e o resto do mundo - sabemos que não adianta muita coisa revoltar-se contra nada. Até por que esse nada é tudo, e como fugir do tudo? Se o tudo engloba a vida e a morte, e da morte não se foge. Tapeia-se, adianta-se. Mas obviamente não se foge. E quando alguém diz que você vive em um universo paralelo, que suas prioridades são inúteis, você abre os olhos para a realidade deles. Deles, não importa o nome que se dê a eles.
Mas e a sua realidade, como fica?

"Uma vontade física de comer o Universo
Toma às vezes o lugar do meu pensamento...
Uma fúria desmedida (...)"

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sei lá sei lá.

5h. 5:40. 6h. 6:40. 7h. 7:40.

Levanto. Dor em todos os lugares possíveis. Com fome e sem fome ao mesmo tempo.
Você está na Europa Medial. Respira. Vá para a Europa Medieval. Inspira. Me dá meu livro, me dá meu livro! Aaah, Europa Medieval. Meu Deus, como eu amo goiabinhas. A hora passa e eu nem vejo. Banho. Almoço as 11h. Prova.
Encontro gente conhecida, converso um pouco.
Sala. Sala abafada, ar-condicionado não serve pra nada. Puta merda, minha mãe comprou água com gás. Chiclete ajuda a fazer contas? Caraca, me ferrei em biologia, física e química. 13h começou, já são 16:30? Supresa. Não aguento mais essa sala. Vou-me.
Chuva. Igreja. Cabeça dói. Quero ver um filme, não quero ir à Igreja. Conversas bandidas durante o sermão, do padre carioca que fala engraçado. Já acabou? Amém. Mãe, me dá um sorvete? Não mãe, eu não sei como eu fui. Sei lá, pai, sei lá. Vou ali terminar de ler meu livro, tá mãe? Tchau.

Sentei na mandioca total - tirei 55 de 100. O que me consola é que todo mundo foi assim, inclusive meus concorrentes. A nota de corte foi 54 com os pesos ano passado, e esse ano não tem peso - então provavelmente vai ser baixa.
De qualquer forma, eu tenho que revisar História e Geografia de Rondônia e correr atrás de aula particular de Matemática e Química. Discursivas de Matemática e Química pra Direito foderam com a minha vida.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Juventude à flor da pele.

Pra eu me sentir completamente uma personagem de Skins, só falta alguém me dizer que alguém que eu conheço teve uma overdose semana passada.

(UNIR semana que vem, êêê!)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Meu primeiro vestibular (pra valer).

Acordo as 4 da manhã, como combinado. "Nós só vamos daqui a duas horas" diz minha mãe. Beleza, tomei o susto do despertador sem ter precisado. Levanto uma hora mais tarde, banho, café. Minha prima ficou estudando até tarde, me deu desespero. Jogo o desespero no fundo do baú e durmo no carro.
Seis horas mais tarde, chegamos no Acre. Super cute, tudo arrumadinho. Boas impressões. Como eu sou rato de casa, nenhum hotel é do meu agrado (a não ser que ele seja como aqueles maravilindos de Dubai). Começo a perceber que a minha frescurite vai me causar problemas sérios se eu quiser mesmo ser viajante. Almoçamos em um restaurante em que se precisa subir uma escada horrivelmente íngreme pra entrar. Eu e minha prima fomos à praça do Plácido de Castro, ao lado da biblioteca (que pro meu azar, precisava de cadastro até pra entrada), mas voltamos logo. Dormir, dormir, dormir! 18h, fomos todos ao Canal da Maternidade, comer bolo e cocada (os canibais comeram tacacá). Mega Biblioteca da Floresta, cheia de informações sobre o Chico Mendes (pra variar). Mais de 5 bibliotecas, casas de leituras e filmotecas em Rio Branco. Planos para um planetário. Muita, muita vergonha da minha cidade.
A noite foi tranquila, só acordei uma vez durante a madrugada. Levantei as 6 - por mim levantaria 5h, mas meu pai disse que eu teria merda na cabeça se o fizesse. Mandou que eu parasse de ser desesperada. "Que desespero?" eu disse. Eu ainda não o sentia. Depois do banho da manhã, desci correndo para o café. Vestia minha camiseta do Wolverine. Me sentia bem. O hotel estava cheio de mato-grossenses (as usual, eles estão em todos os lugares) e alguns goianos. Café-da-manhã super reforçado.
Não pegamos trânsito. Deixamos minha prima na UNINORTE e seguimos rumo à UFAC. LO-TA-DO. Muita, muita gente. Fui correndo pro meu bloco, nem tinha tanta gente lá. No caminho conversei com uma acreana, e dei a entender que era de outro estado. "É de Rondônia?" ela perguntou com o mesmo nojo que todo vestibulando de Rondônia fala com os do Mato Grosso. "Sou", respondi na menor voz que já usei em toda a vida. O Wolverine começou a ir embora.
Estava só. Não encontrei ninguém da escola, ou mesmo do estado. Fiquei 30 minutos em pé, olhando para o nada. O caos reinava na universidade: não se entrava na sala com bolsa. Começou a chover. Encontrei Poliana, e ela também mascarava seu nervosismo. Conversamos bastante, até um fiscal me parar e dizer que eu não poderia entrar na sala porque a minha garrafa d'água era verde. Sem lógica isso, mas ok. Deixo do lado de fora. Thamyres vem correndo até nós (Deus, de onde ela surgiu?) e diz que passou a maior raiva da vida. Trouxe bolsa e teve que deixar na cantina. Teve que comprar caneta bic, porque não estavam deixando entrar com canetas com tubinho que não fosse transparente. "O QUE?" eu arregalei os olhos. Duas canetas com o tubo branco, grafite cinza. "Onde cê comprou caneta, Thamyres?", "Na cantina, core lá, te empresto um real." Medo. Desespero real. A chuva pareceu ficar mais forte, o vento mais frio. "Ainda tem caneta, moça?", "Não" ela disse.
Não. Não.Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não.
Não eram ecos de "Não". Eram nãos (?) bem definidos, claros - era como se ela estivesse gritando na minha cabeça.
Volto para o meu corredor. Todo mundo está entrando nas salas. O nó na garganta que estava formado há mais de duas horas desatou. Eu me sentia ridícula com a minha droga de camiseta, eu me sentia ridícula por ter passado sono, por ter viajado por seis horas dentro de um carro, por não estar na minha casa. E chorei. Percorri todo o caminho que tinha feito, sentindo desespero, vergonha, fracasso. E ninguém ligava. Era como se eu fosse invisível, a garotinha gordinha, com cara de criança, chorando. Não era como se as pessoas percebessem que eu estava chorando e cagassem pra isso - elas simplesmente não olhavam.
Não achei nenhuma droga de orelhão. Quando estou quase no fim do corredor, encontro Jéssica. Conheci Jéssica oficialmente há duas semanas, na formatura. Ela sempre pareceu ser legal, apesar de ser moreirete e ter opiniões bem diferentes das minhas. "Não pode entrar com essa garrafa, nem com caneta que não seja transparente ou grafite. Eu não vou fazer a prova." Ela me olhou com a maior calma do mundo e disse: "Eu tenho uma. Calma. Respira." Alívio (e ao escrever isso, eu senti as mesmas coisas que senti na hora).
Depois do desespero veio a raiva. Muita. Baixou a Maria-processo em mim, eu só não queria processar Jesus Cristo. "Vai reter minha carteira de identidade também (caralho implícito)?" "Não, não" o fiscal disse.
Terminei a prova 12:30. Só tive que esperar 30 minutos pra sair com o caderno de provas. Segundo gabaritos extra-oficiais, fui mal em matemática (5) e biologia (6). Mas ótimo! 5 em matemática é milagre, e eu nem estudei biologia esse ano mesmo.
Almoço, hotel, Mercado Velho. Comprei bio-jóias pra Thalia, minha host mother do futuro. Restaurante com Thaianne, Bebê, família e amigo do meu pai. Os assuntos rodam, rodam, rodam e morrem em escola. Ou vestibular.
Segundo dia de prova, estava mais tranquila. O tema da redação era opcional, Amazônia ou amizade. Segurei o riso. Umáyra dissertando sobre a "importância da amizade na qualidade de vida". Umáyra que não confia em ninguém com 32 dentes. Nem em sonho. Amazônia era mais seguro. Sentei completamente na castanheira, em física. Não importa. Me forcei a não me importar. Almoçamos e voltamos pra Porto Velho.
6 horas depois, muitos chicletes, salgadinhos e sucos "Tobi", chegamos. Fui direto pra internet, olhar gabaritos extra-oficiais. As questões erradas começaram a aparecer e eu desisti de olhar o resto. Não olharei. Vou esperar sair o resultado. Vou esconder essas provas.
Ainda não sei minha nota de física, tenho química sexta-feira e nem comecei a estudar.
Ai Deus.
Começar tudo de novo.

domingo, 1 de novembro de 2009

Judy Garland wannabe.

Sorvete, coquetéis e uns filmes: tudo o que eu preciso.


Sim, eu me sinto um lixo. De novo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

And she likes to sing along, and she likes to shoot her gun.

Foi recebida em casa a gritos. Fez silêncio, escutou, não tentou argumentar. Argumentar com alguém que não gosta de ouvir e paga suas contas não é inteligente - pena que descobriu isso tarde. Subiu as escadas lentamente, meio morta-viva. Receber uma pancada nunca fazia bem. O repentino zumbido no ouvido, o corpo não obedecendo à mente. A primeira coisa que sempre vem à cabeça é "remédio pra dormir". Eu-preciso-de-remédio-pra-dormir. Se não dormir agora vou ficar me martirizando. Queria poder apagar por uns dois dias. E quando acordasse e fosse bombardeada por tolas perguntas, falaria calmamente que nada tem sentido. Porque nada realmente tem sentido. Felicidade é invenção do capitalismo, só existimos pra continuar a espécie. Mas continuar pra quê? Por quê? Deitou-se com Bukowski. É, Bukowski. Bukowski amava os rejeitados, os marginalizados. Sentia-se assim. Sono. As 19h? Sem remédio? Dor emocional. Barulho de carro. Saíram, amém! Televisão. Fodam-se as comédias. Pra puta que pariu com as comédias. Se não fossem as comédias, ninguém idealizaria a porra da vida. Porque é isso que ela é: uma porra, desgraçada. E você nada pra fora, mas a vala te puxa. Tropa de Elite. É, filme do caralho. Muro de concreto, bom de derrubar! É, vou assistir Tropa de Elite. Puta merda, quero esse livro. Preciso desse livro. Porque vocês não tem idéia da quantidade de neguinho que entra no tráfico por causa de vocês, seus maconheiros filhos-da-puta. A Zona Norte move a Zona Sul. Marcolla disse a Jabor em Pornopolítica que não existe solução. Estamos todos no inferno. Estamos todos no inferno. Internet. Internet = frustração. Ver coisas que não me fazem bem, aviso mental. Sentimentos complicados e dignos de vergonha aparecem. Só conto sob pseudônimo. Internet me causa depressão. Ela gosta de cantar junto, mas não sabe o que significa. Seether causa raiva. Ódio. Nirvana causa angústia. Muita. Queria ser um pedaço da alma de Kurt Cobain. Morreria em 1994, entraria para a história. Cabeça pesada. Cólica mental. Pontadas na cabeça. Confraria das Malditas: muito veneno, poucas privilegiadas. É o ódio de metade da minha sala, direcionado a mim. Quem mandou ser nojenta, fresca, cri-cri? Se ficasse calada não sentia dor de cabeça por macumba dos outros. Mas ficar calada, quando sua paciência está no limite? Não é culpa sua se você é careta. Não sai, não fuma, não bebe, não dá. Você só age como alguém de 16, não como alguém de 30 que acha que vive em Sex&theCity. Caralho, amanhã é a formatura e não fez dieta. Vai parecer mais porca prenha que é, de vestido. E essas olheiras vão ser impossíveis de disfarçar. Natureza desgraçada. Me fez com um cérebro inútil e seletivo. Se soubesse matemática não teria metade dos problemas existenciais que tem - seria emocionalmente uma porta. Alguma coisa teria graça se fosse assim? Não. Cala a boca e vai dormir. Fica parecendo jamanta, pensa que leu mais livros e assistiu mais filmes que qualquer um ali.

"Palavras são muito desnecessárias, elas causam apenas dor." Canto Enjoy the Silence do Depeche Mode há duas semanas, só acredito mais nisso.

Oh my God, do you think I'm in control?, thanks Ida Maria.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Definitivamente

eu não fui feita pra estudar, haha. A pessoa precisa tirar 4,0 pra passar de ano em química e tira 3,0. TRÊS. Morrendo de vontade de chorar nota pra professor, sério. Vou ter que aparecer no colégio pra fazer prova bimestral por causa de QUÍMICA (se bem que assim que eu comecei a estudar química e física, na 8ª série, eu só me ferrava em química. E dizia que seria meu ódio eterno, e que eu sempre teria dificuldade, até a morte. Que ótimo eu ter jogado praga em mim mesma). E sabe o que é pior? Eu realmente estudei pra essa prova! Ok, não estudei como as pessoas normais estudam - com MUITO afinco, mas as únicas coisa que eu faço com afinco são ler e assistir televisão (E nem venha me dizer que pra assistir televisão não se precisa de afinco: quero ver quem consegue assistir 7 filmes seguidos).

Anyway, como eu faço pra não precisar escutar pessoas irritantes? Eu só passo raiva nessa escola, credo. Enfim, preciso de dicas.

ps. VÔMITO MENTAL DETECTADO, haha. Nem me dei ao trabalho de interligar os assuntos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Adeus, e não sentirei saudade.

Claríssimo que ando meio cheia de tudo, inclusive de mim mesma. Os oito livros que comprei essa semana estão em cima da estante, e só não são inúteis porque nada é mais bonito que um bom livro - mas eu não consigo parar de pensar na Becky Bloom quando os olho. A Becky Bloom, pra quem não sabe é shopaholic (e se você não sabe o que é shopaholic joga no google, que eu tô com preguiça de explicar). Ela acha que tem que ter milhões de coisas e as compra, mas tudo acaba socado dentro do guarda-roupa. Ok, livro nunca é demais, mas eu sei que comprei só de olhão mesmo. Além de não ter tempo pra ler, eu só comprei livros sérios - porque eu sabia que a minha mãe ia ter uma sincope se eu gastasse mais de duzentos reais com chick-lit - e eu sei que vou demorar pra ler todos e quando eu quiser mais livros minha mãe não vai comprar justamente por eu ter uma pilha pra ler (me senti o Saramago de quinta escrevendo períodos to tamanho do universo, haha). Tá vendo? Becky Bloom e eu, separados na maternidade.
Cheia de livros, cheia de mim, cheia da escola. Argh. Quando todo mundo falava que a adolescência é a melhor fase eu não acreditava. Quando todo mundo falava que o Ensino Médio é a melhor parte da sua vida escolar eu não acreditava (até porque quando você chega no Ensino Médio, a melhor fase da vida escolar automaticamente vira a Faculdade. Mistééério...). Quando todo mundo falava que o terceiro ano era o melhor ano do universo, eu acreditava. Pobrezinha, ingênua. Vai ver as pessoas que me diziam isso eram os populares da escola, iguais àqueles de comédia-romântica água com açúcar, e eu não me liguei que seria uma huge looser, que quer sair da escola a qualquer custo. Por que é exatamente isso que eu quero fazer.
Sábado retrasado foi a tal "Aula da Saudade". Saudade de quê? Da humilhação, da raiva, da frustração que os professores me faziam passar todos os dias? Da sistematização visível que a coordenação queria que eu "participasse"? Das brigas entre "amigos"? Dos barracos na sala de aula que tornaram a convivência insuportável? Sorry, eu não sentirei saudade. Só de pensar no tanto que a minha paciência se exercitou esse ano, eu sinto calafrios de ódio. Agora, ver toda a hipocrisia do mundo em uma manhã foi o limite. Homenagens à colegas de turma, professores, coordenadores, "Valeu a pena!", "Sentiremos falta disso tudo."? Falem por vocês. Até ameaças de processos rolaram esse ano! - e passar a borracha nisso é demais pra mim.
Não sentirei saudade. Os cinco anos de "Classe A" só me custaram tempo de análise - tempo que poderia ser gasto com o meu problema maior, que é a minha relação com o meu pai -, os três anos de Ensino Médio só fizeram o inverno crescer aqui dentro. Assim como eu tenho certeza que não sentirei saudade da casa dos meus pais (Oh que saudades não tenho/ de minha casa paterna, Drummond disse), tenho certeza que esses anos que escola vão para a minha lixeira mental.


Notaram as hipérboles? Além de Leminski, Álvaro de Campos me consome.

ps. Oficialmente, eu não tenho tempo pra ler. Mas na prática...
pps. É engraçado como pessoas que nunca viram seu rosto, constantemente te fazem sentir melhor que seus amigos de todo dia. Com poucas palavras. Talvez seja porque elas não conhecem os seus defeitos. Dá até vontade de ser geek sociopata que só tem amigos virtuais. But whatever, o que importa é se sentir bem, não é?

sábado, 3 de outubro de 2009

So make me lose my mask of sanity.

"Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço.
Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia! "

Everybody's done with this whole crap, I know. But I am too.

Sentindo um mix de raiva, vergonha e remorso. Vou abandonar isso aqui e me dedicar ao meu eu-lírico. Ele é mais legal que eu.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Baby, it's a wild world.


"It's hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it's a wild world and
I'll always remember you like a child, girl
You know I've seen a lot of what the world can do
And it's breakin' my heart in two
Because I never wanna see you sad, girl
Don't be a bad girl
But if you wanna leave, take good care
Hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware."

Certo, você pode dizer que é uma espécie de Gossip Girl britânico, por falar de adolescentes e tal. Mas pelo menos eles não são podres de ricos, tem problemas normais, não são super bonitos etc etc. É completamente viciante, haha.

E os britânicos não esconderam as drogas. A galerinha aí usa mesmo, e eles fazem questão de mostrar no seriado. Nos livros de Gossip Girl o povo é mó viciado, e eles não mostram nada no seriado. Poor american people...
ps. Effy cortada! haha

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Bipolaridade cão.

Cansei de viver numa montanha-russa emocional. Semana que vem tô indo na psiquiatra.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quando essa bomba explodir...

Todo mundo só reclama.
Ninguém faz nada pra mudar nada.
Todo mundo tem medo de tudo.


Quando você gasta tempo, dinheiro e pensamentos com uma coisa que não vai modificar a sua vida - e sim ajudar a dos outros - e pede... pede não, chora, CLAMA por um pouquinho de colaboração, e acaba sentada com 5 pessoas esperando por uma multidão que não se preocupa com PORRA nenhuma, você tem todo o direito de usar TODOS OS CLICHÊS DO MUNDO.

"Não quero mais fantoches ao redor
agindo sempre assim só quando for conveniente
pra ganhar bônus e somar pontos
à sua carteirinha de hipócrita oficial!
I wanna be away from here
Quando essa bomba explodir!"

sábado, 12 de setembro de 2009

Eu quero





me dá?


(mamãe que me aguarde quando eu for comprar os livros do vestibular, HAHA.)

ps. eu também quero "Caim" do Saramago!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O mundo girando, girando

e eu vagabundeando na internet, haha. Acho que vou mandar fazer uma camiseta: ÓCIO, UFDP 1º lugar!

Faltei aula pra fazer exame e nem estudei hoje. Eu lembro de alguém ter me dado uma injeção e depois ficou tudo vago. Mamãe disse que eu falei de Freud, Picasso, de rock psicodélico, inconsciente, de ficar bêbada um dia e do whisky que eu bebi quando surtei de raiva. Eu só lembro da minha cama.

Além de dormir, eu fiquei sabendo da briguinha da Angelina enfiaramumabombadeencherpneudebicicletanosmeuslábios Jolie e Megan joliewannabe Fox pra fazer a Barbarella (sinto muito, vou preferir a Jane Fonda forevah and evah); escutei I wish I had and angel o dia todo e assisti tv o suficiente pra ver a nova propaganda do Ministério da Educação incentivando os alunos a serem professores (?).
Funciona pra todos aquele meninos de escolas públicas que fazem história, geografia, biologia e letras. Agora entra na minha sala de aula, aquela cheia de menininhos arrogantes, esnobes, sacanas, sujos e filhinhos de papai e pergunta se algum dia na vida passou pela cabeça deles um curso desses "pra virar professor". De 57 alunos, só uma. E (amém Senhor, vejo salvação) ela é minha amiga.

ps, eu generalizei total agora, levaria um big big zero em Leitura de mundo numa redação, haha.

Síndrome de Henry Chinaski

"O problema era que você precisava ficar constantemente escolhendo entre uma opção horrível e outra pavorosa, e independente da sua escolha, eles cortavam mais um pedaço da sua carne, até que restasse mais nada pra descarnar. Por volta dos 25 anos, a maioria das pessoas estava liquidada. Uma maldita nação inteira de desgraçados dirigindo carros, comendo, tendo bebês, fazendo todas as coisas da pior maneira possível, como votar em candidatos à presidência que os fizessem lembrar de si mesmos."

"Todo o resto ia furando e furando sua carne, arrancando seus pedaços. E nada tinha o menor interesse, nada. As pessoas eram limitadas e cuidadosas, todas iguais. E eu teria que viver com esses fodidos pelo resto da minha vida, pensei. Deus, todos eles tinham cus e orgãos sexuais e bocas e sovacos. Cagavam e tagarelavam, e todos eram tão inertes quanto esterco de cavalo."

"Eu sequer sabia o que desejava. Sim, eu sabia. Queria algum lugar para me esconder, um lugar em que ninguém tivesse que fazer nada. O pensamento de ser alguém ne vida não apenas me apavorava mas também me deixava enojado. Pensar em ser um advogado ou um professor ou um engenheiro, qualquer coisa desse tipo, parecia-me impossível. Casar, ter filhos, ficar preso a uma estrutura familiar. Ir e retornar de um local de trabalho todos os dias. Era impossível. Fazer coisas, coisas simples, participar de piqueniques em família festas de Natal, 4 de Julho, Dia do Traballho, Dia das Mães... afinal, é para isso que nasce um homem, para enfrentar essas coisas até o dia de sua morte?"

"Estávamos todos juntos nisso. Todos juntos num vaso cheio de merda. Não havia escapatória. Todos desceríamos juntos com a descarga."

Todos trechos de Misto Quente, do Bukowski. Mr. Bukowski que ainda deve escrever, em algum lugar do inferno.

Problemas de pele, aceitação social, existenciais e com o sistema? Então você também sofre da Síndrome de Henry Chinaski.

Fiz minhas inscrições pro vestibular ontem. Direito mesmo. Eu sempre soube na hora H eu iria escolher isso, por mais que eu tivesse passado noites em claro e dias de sono, sonhando com Jornalismo. O mais irônico é que quando eu coloquei na opção "Direito", "Jornalismo" estava em cima. Se eu subisse o mouse mais pouquinho...
Ok no drama, Gregório de Matos fez Direito antes de virar o Boca do Inferno. Respira, inspira, olha Rui Barbosa.

ps. Acho que meu professor de literatura plagiou a merda toda de Bukowski. "Imaginem-se num grande vaso de merda. No escuro. A literatura é o raio que por alguns instantes ilumina tudo." Três anos e eu ainda lembro das palavras exatas dele.

pps. Minha apostila veio com defeito, preciso trocar. Agora, como eu vou entregar uma apostila com pichações de Bukoswki e mais um monte de coisa revoltadinha pra coordenação, é um mistério.

ppps. Nazarian na Bienal hoje. Meu corpo vai estar aqui em Porto Velho, mas a minha mente...
Aliás, ele fez uma criança feliz comentando no último post e lendo as descargas mentais dela (!)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

É querer estar preso por vontade?

Quando eu era jovem e inocente (me sentindo com 60, sério), eu adorava estar cercada de pessoas. Risos, fofocas, histórias, filmes, músicas - tudo era melhor quando compartilhado. Quando a velhice foi me tomando - com suas vantagens e problemas - passei a apreciar a solidão. Ir ao cinema sozinha, ter livros como melhores amigos, fazer refeições apenas pra uma pessoa... De repente, as pessoas começaram a me sufocar, exigir demais, prender. Hoje conto meus amigos nos dedos de uma mão, e nos momentos de queda da montanha russa emocional que eu sou, os meus dedos somem. Mas as pessoas são engraçados, não? Parece que quanto mais você quer fugir delas, mas elas te perseguem. Elas ligam quando você quer curtir uma barra de chocolate e Gael Garcia Bernal, uma boa tarde de sono, ou aquele livro que você esperou ser traduzido por três anos. Você acaba gostando delas, as amando. Você se prendendo a elas. E quando as exigências voltam, você se pergunta se realmente está preso por vontade.

A solidão pode ser cruel, quando não a queremos. Depois que ela fica presente muito tempo, acaba se tornando uma companheira, um refúgio. Você se sente o maioral, o Clark Kent, canta I'm safe up high nothing could touch me; e quando alguém entra no seu refúgio, a sensação de vulnerabilidade é tão grande que a única coisa que dá vontade de fazer é
fugir.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

"You look good wearing my future."

Não achei Alguém muito especial pra locar, então como uma boa pseudo-geek da internet, fui atrás no youtube. Só tinha em inglês, mas eu estou tão acostumada a assistir filmes em inglês no youtube que só corri pro meu quarto, peguei meus head-phones e fui assitir.
You can tell me that's just a silly movie: o guri pintor que trabalha em um posto de gasolina gosta da menina mais popular da escola (clichê 1); e a sua melhor amiga, visivelmente apaixonada por ele o ajuda a sair com a outra (clichê 2). Problemas com a estrutura social da escola (clichê 3), com a escolha (ou fuga) da faculdade (clichê 4), com os pais (clichê 5) - todas essas coisas que todo adolescente enfrenta - mas que foram esquecidas pelos filmes atuais sobre adolescentes. Hoje é tudo sobre carros, azaração e pessoas de 14 anos que tem algum talento sobrenatural e o mundo inteiro as conhece. Como se já não bastasse adultos interpretando adolescentes - o que faz com que eu pelo menos, me sinta criança demais - agora os adolescentes de filmes ainda são super famosos. [sarcasm on] That's sooooo great, soooo normal. [sarcasm off]
Pelo menos nos teenage movies dos anos 80, os adolescentes eram reais - com todas as dúvidas e sofrimentos que nós temos.
(E Deus, eu me senti tão bem ao assistir. Tipo, you are nooooooot alone tocando sem parar na minha cabeça. Porque eu percebi que realmente não estou. E além do mais, só faltam seis semanas para o final das aulas, amém.)

Como eu passei a semana passada inteira enfiada no escritório (devaneio mangarístico) com o ar-condicionado ligado, não percebi o quão infernal está essa cidade. Quando me arrancaram de casa no sábado, eu quase morri. Sé-rio. Eu liguei quase chorando pra minha mãe, pedindo pelo amor de Sean Farris pra ela passar na sorveteria mais próxima e estocar o máximo de picolés que ela pudesse na geladeira. Resultado: overdose de sódio. Pelo menos 6 meses sem encostar em sorvete ou picolé.

ps. "You look good wearing my future" é a última frase do filme, quando Watts coloca os brincos de diamante que Keith comprou pra Amanda Jones. Os brincos que custaram um ano de faculdade.
pps. No final do filme toca I can't help falling in love, do Elvis. E agora, adivinha só o que eu estou escutado sem parar? (um picolé pra quem adivinhar).

domingo, 6 de setembro de 2009

And how I wish, how I wish I was there

Bienal do livro começa semana que vem.
E não vou estar lá.





Eu poderia ter meu último exemplar do Diário Princesa - uma das duas séries da minha infância - autografado; eu poderia ouvir Santiago Nazarian falar sobre O tédio, o prédio e o menino cego; eu poderia comprar uma penca de livros mais baratos do que os de qualquer livraria daqui; eu poderia conhecer vários escritores novos... Mas eu tinha que nascer do outro lado do Brasil, fronteira com a Bolívia, onde o máximo de diversão que alguém pode ter é andar de moto em Guayará (e nem isso eu fiz).

Alanis antes da Índia é rainha

BEFORE: (total neo-feminista)

"I want you to know, that I'm happy for you
I wish nothing but the best for you both

(...)

'Cause the love that you gave that we made wasn't able
To make it enough for you to be open wide, no
And every time you speak her name
Does she know how you told me you'd hold me
Until you died, till you died
But you're still alive

And I'm here to remind you
Of the mess you left when you went away
It's not fair to deny me
Of the cross I bear that you gave to me
You, you, you oughta know

You seem very well, things look peaceful
I'm not quite as well, I thought you should know
Did you forget about me Mr. Duplicity
I hate to bug you in the middle of dinner
It was a slap in the face how quickly I was replaced
Are you thinking of me when you fuck her?"

(You oughta know - Alanis Morissette)

"Isn't that ironic? Don't you think?
Well life has a funny way of sneaking up on you
When you think everything's okay and everything's going right
And life has a funny way of helping you out when
You think everything's gone wrong and everything blows up In your face"

(Ironic - Alanis Morissette)

AFTER:

"How I’ve spun my wheels
With carts before my horse
And shine on the outside springs from gloom
Spotlight on these seeds of simpler reasons
And score bourne into corn, stretching my limit."

(Underneath - Alanis Morissette)

Você pode dizer: "ah ok, ela amadureceu, acontece com todo mundo Umáyra, um dia vai acontecer com você, por mais que você queira fugir." Mas eu prefiro revolta e sarcasmo à... humilhação.

Alguém que canta Matanza para os pais, professores e amigos, gosta mesmo é da Alanis das antigas!
"Eu tenho a eternidade toda pra fazer isso daqui ficar pioor..."

O meu amor bipolar

Não tem como amar nada total incondicionalmente. Mesmo a arte, a única coisa boa que eu sempre vou carregar comigo, não está imune a isso. Escritores, músicos, cineastas e pintores que eu não gosto, sempre vão existir. E certas coisas dos meus artistas prediletos também não me agradam.
Acho mó chato viver tendo que julgar tudo e não ter nada pra me agarrar e amar cegamente. Ceticismo extremo, quase niilismo reina aqui dentro.

My punk side is hurt

Não consegui ir ao show dos Ratos de Porão.

"O sistema me engoliu!
Indigesto pra cacete,
Traidor,covarde e vil
Agressivo ao extremo
Vá para putaqueopariu!"

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"I'm a looser baby, so why don't you kill me?"

Ultimamente, parece que a única coisa que faço é pedir desculpa. E o mais patético, é que eu peço desculpa por ser... eu.

É a maior ironia do universo, eu, Umáyra, estar pedindo pedindo desculpas pra todos os meus "amigos" - é como se todo o cosmo risse right in front of my face, e disesse "Tá vendo, OTÁRIA, pra você deixar de ser looser! Todo o seu orgulho, alimentado por anos, tá fodido agora!"

Como sempre, todas as merdas do ano foram acumuladas pra serem jogadas no ventilador agora (eu levanto os olhos aos céus e pergunto com toda a minha fúria: POR QUEEEEEE? POR QUEEEEEE JESUS? EU CANTO NA MISSA TODOS OS DOMINGOS, CONTRA MINHA VONTADE. EU AMO AO PRÓXIMO, MUITO MAIS QUE A MIM MESMO, JUST AS YOU SAID! EU PROCURO QUALIDADES NAS PESSOAS MAIS SÓRDIDAS, GENTE QUE EU ODEIO MESMO!) e one more time, a galerë toda está com raiva de mim. Como se amizade fosse uma prisão. Ha. Eu não prendo absolutamente NINGUÉM, e por que Senhor, por que as pessoas me prendem? Eu não tenho direito a ter UM segredinho; se eu não conto algo a alguém é o FIM-DO-MUNDO. Minha liberdade = cadê?

Nem Nirvana mais dá jeito gente. Eu tô tendo que tomar doses cavalares de Chopin.

You only see what your eyes want to see.

Primeira frase de Frozen, da Madonna. Uma das frases mais completas que alguém pôde musicar.

Depois de escutar "Celebration" do novo CD dela (que U-A-U se chama Celebration), a única coisa que me vem à cabeça é: o melhor álbum da Madonna é indiscutívelmente Ray of Light. Seguido de Like a Prayer e American Life. Músicas como "The power of goodbye"(minha predileta, e-v-a-h!), "Frozen", "Candy Perfume Girl" e "To have and not to hold", "Don't tell me", "Like a prayer", são realmente... músicas. Ok, fui infeliz nessa colocação agora, mas entenda: pelo menos as músicas de antigamente tinham letra. Letras bonitas, melodias bonitas. Hoje, as músicas da Tia Maddy são bem feitas, dançantes, mas bonitas/profundas/algo do tipo? Errr... Não.

O Confessions é bem dançante, e AINDA tem músicas legais; mas parece que foi o Timbaland (EEEEEEEEEEEEERGH, ÓÓÓÓDIO, se aparecesse na minha frente EU MATAAAAAAAAAAAARRA!) aparecer que tudo desandou. Eu tenho Hard Candy pra dizer que tenho, mas só gosto de "She's not me", "Voices", acho "Devil wouldn't recognize you" boazinha e "Spanish Lesson escutável". O resto é porcaria.

"Come join the party, it's a celebration" parece frase de carnaval fora de época, Maddy.
Achei indigno.

ps. dá até vontade de só estucar Kylie Mminogue e esquecer a Madonna. Só vontade.
pps. Nem assiti o filme da Selena Gomez. Aquele da Cinderela, ou algo parecido. Perdi a hora.

I've been musical, what about you?

Eu saí um pouco do meu transe mangarístico hoje; meu irmão se apossou da internet antes de mim, o que me obrigou a ver TV. Zero filmes interessantes, só me sobraram - as usual - os canais de música.

Ok, eu sei que quem convive comigo já deve ter escutado essa história umas quinhentas vezes, mas eu tenho que falar. Again.
O clipe de "Hush Hush: Hush Hush"* das Pussycat Dolls é simplesmente genial. E olha que eu nem gosto de eletro-pop.
Pra ser sincera, eu odeio eletro-pop. I mean, todas os artistas do universo estão virando casaca pro eletro-pop, esquecendo do seu próprio estilo musical. Não que eu acredite que uma banda/cantor tenha que seguir um estilo musical for ever and ever - Dear God, do A7x tá aí pra provar - mas essa incorporação total do estilo é tão... tosca.

Ó só os Black Eyed Peas. Você sair de músicas divertidas como My humps e Don't phunk with my heart pra "I got a feeling" é demaaaaaais. Quer dizer - oi, quero fazer dance music pra vender. The Ting Tings não precisaram se vender tanto assim, e tão com tudo.
(E nem venham defender Lady Gaga pra mim, tô com a Tori Amos e não abro!)

Still talking about music (outra que a galere que senta perto de mim vai sacar), o novo CD do Jay-Z. O que é aquilo? Todos os rappers traindo o movimento** (Lil Wayne que o diga) e ele faz um CD tão... cru. Eu consegui ouvir blues, jazz, rock coisa de raiz mesmo - tudo num mesmo álbum (e eu sou uma burrica musical people). "Death Auto-Tune" é viciante demais da conta!
Eu não estou pagando pau pro Jay-Z, no way. Na minha opinião, as únicas músicas escutáveis dele antes do The Bueprint 3 são "La la la" e "Roc Boys".

Mas não me escutem gente. Não confiem em alguém que está escutando "I wish I had an angel" há quase meia hora sem enjoar - e achando o supra sumo.

Ok, agora me voy, preciso ler pelo menos uns 10 capítulos de Kare First Love antes do filme novo da Selena Gomez começar.
HAHA, brinks galere.

Não.

*Quem diabos é Kate Voegele? Todos os vídeos do youtube tão com um merchan báásico de uma música dela, mas pareceu tão bestinha que deu até preguiça de olhar/ouvir a música.
** Se algum Kanye West lover vier gritar comigo, eu mando ira pra Casa do Crica. Eu realmente não gosto do K-meu ego é do tamanho do Sistema Solar-West.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Momento geek da vida

Você está jogado no sofá, assistindo aquele filme de quando a Michelle Pfeiffer ainda era bonita. É claro que tecnicamente você deveria estar estudando química e física - aquelas matérias bem legais, em que você sentou na castanheira e girou with lasers, but who cares? Todo mundo sabe que Mentes Perigosas é um clássico, seja pela Pfeiffer bonita, ou pela bonita trilha sonora*. Quase no final do filme, quando aquela depressão pós-filme vai batendo, sua mente começa a trabalhar mais rápido. "O que farei?", você pensa; começa a olhar a programação da SKY e OHSHIT, não vai passar nada interessante por pelo menos duas horas. Você morre nos desenhos animados. Cartoon Network, Nickelodeon, Boomerang, WTH o que aconteceu com a Jetix? Já não bastou ter mudado de Fox Kids pra Jetix? Você respira no saco por alguns segundos, ok. Cinco minutos depois, você está à beira de um ataque de nervos. O que aconteceu com os desenhos animados? Porque, desculpa, mas o que você vê são seriados animados. Oi, peguei The OC, Smallville e mudei os nomes pra não ser processado. Nem Padrinhos Mágicos passa mais. Você corre pro Animax, e THANK GOD, Samurai X. Samurai X é da minha época, você pensa. Ah, os bons e velhos desenhos japoneses... E por falar em desenhos japoneses, preciso voltar pro One Manga. Pre-ci-so terminar de ler Kare First Love, minha meta now. Você se mata lendo mangá em inglês, e quando percebe está dando gritinhos histéricos e fazendo aquelas expressões mangarísticas que só os otakus fazem. E é nesse ponto, que você percebe que está no fundo do poço e cavando: você é oficialmente um geek. Pode sair por aí mostrando os dedinhos, gritando "Nhá!" e cantando "Ela é Otaku" dos Seminovos. Você já está na merda mesmo, oras!

*"As I walk through the valley of the shadow of death
I take a look at my life
And realize there's nothing left'
Cause I've been brassing and laughing so long
That even my momma thinks that my mind has gone
(...)
Been spending most their lives
Living in a gangsta's paradise
(...)
Tell me why are we so blind to see
That the ones we hurt are you and me?"
(Coolio - Gangsta's Paradise)

Juro que não posto mais nada hoje.

WTF are you thinking?

That your life is one of those japanese girlie magazines?

http://onemanga.com

Hello, I'm white and nerdy

http://www.youtube.com/watch?v=Lwl_CdjW3sw

Eu já babei tanto em cima desse documentário, que nem dá vontade de escrever nada sobre ele. Só o que eu posso dizer é: you GOTTA watch it!

Ainda falando sobre cinema, a minha vontade de fazer cinema aumenta cada vez mais. Eu já consigo ver Oscars e Globos de Ouro, todos ganhos com filme indie's/cults do tipo "A menina; a rebeldia; os fios", "Boca do Inferno", "Degradê", "A cabeça do tamanho do mundo" entre outros.

HA, eu não me aguento com internas.

ps. 7 semanas para o fim.
pps. Vestibular? Vestibular é para fracos. Os bons vão para a África fazer trabalho voluntário.
ppps. Enem? Pior ainda.
pppps. Créditos ao Marcel pelo nome dos filmes.
5ps. "'Cause she's watchin' him with those eyeeeeeeees...; and she's lovin' him with that body, I just know it; and he's holdin' her with his arms, late late at night; You know a wish that I had Jessie's giiiiiiiiirl (tãnãnãnãnãnãnã), I wish that I had Jessie's girl (tãnãnãnãnãnãnã); Where can I find a woman like that? *dramatic pause*"
6ps. O título é de uma música do Weird Al Yankovic.
7ps. Usando mais post scriptum que o Gandalf, n'A Sociedade do Anel. Sorry (!)

domingo, 30 de agosto de 2009

"Don't be surprised when things aren't what they seem"

Toca telefone, toca toca telefone, HAHA.
A alma de Gigi se apossou do meu corpo. Eu preciso de chocolate, Alguém muito especial (do Howard Deutch), e alguém pra enfiar verdades na minha cabeça, como o Alex.

Nããã..., chocolate anda me enjoando, de realista basta meu lado direito do cérebro. Mas Alguém muito especial ainda tá de pé (o ruim é achar uma comédia romântica de 1987 em alguma locadora desse inferno de cidade).

Eu preciso mesmo é de uma viagem pra Europa - tô aceitando até a Oriental -, com muita velharia histórica e literária.

Falando em Europa e literatura, NÃO COMPREM EDIÇÕES BILÍNGUES DA LANDMARK! (!) Comprei a Abadia de Nothanger, da Jane Austen; exultações mil por ter achado aqui em Porto Velho, e ainda por cima bilíngue. Três páginas lidas, me frustrei.
Acho que até eu traduziria e editaria melhor aquele livro, e tem umas sentenças bem cabeludas de inglês quase arcaico (eumeachoporquelichickliteminglês.com). Mas ó só:

"What a strange, unaccountable character! - for with all these symptoms of profligacy at ten years old, she had neither a bad heart nor a bad temper, was seldom stubborn, scarcely ever quarrelsome, and very kind to the little ones (...)"

"Que caráter estranho e irresponsável, pois, com todos esses sintomas de má conduta, ela não tinha uma mau coração ou um mau temperamento. Era raramente teimosa e muito menos emburrada. Pelo contrário, muito bondosa com os menores (...)"

Meia hora, Umáyra ficou: ãhn? WTF? Até entender que a tradução estava fora de contexto, eu fiquei ages olhando pra página com cara de paisagem. Fora os sinônimos que tiram a magia do livro, e as encurtamento das sentenças - coisa que quebrou todo o estilo Saramago da Austen (Saramago só plagiou e deu mais foco pras frases de de um parágrafo e os parágrafos de duas páginas).

Anyway, hoje eu estava assistindo Groupies do além (mudo de assunto, gosto de azul) e bateu uma tristeza gigantesca, quando um dos groupies sentou no banco do Kurt Cobain e "fumou um cigarro com ele". Todas aquelas pichações no banco, In bloom, All apologies e Something in the way me deixaram arrepiada - talvez tivesse sido a força Cobainiana do banco, que passou da TV pra mim (ou talvez eu devesse para de escutar You know you're right até morrer de tanto tentar imitar a voz do Kurt em "PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIN". Ou lembrasse do rosto dele no último show quando cantou "I have never failed to fail" - é deprimente demais, é adolescente demais, é Umáyra demais, até pra mesmo pra mim).

E é por isso que eu preciso que alguém me dê um CD do Avenged Sevenfold, muito Synyster Gates e M. Shadows na veia pra tirar um pouco dessa alma grunge, esse spleen; um pouco de lítio vingado sete vezes me faria bem.


"Centuries pass and still the same
War in our blood, some things never change
Fighting for land and personal gain
Better your life justify our pain
The end is knocking
We've all been lost for most of this life
Everywhere we turn, more hatred surrounds us
And I know that most of us just ain't right
Following the worng steps, being led by pride
How many lives will we take?
How many hearts destined to break?
Nowhere to run, can't scape
Full of ourselves, tide to our fade
The end is knocking."
E Critical Acclaim? "So, how does it feel to know that someone's kid in the heart of America has blood on their hands fighting to defend your rights so you can maintain the lifestyle that insults his families existance?" É genial. E os solos do Synyster? (os de Seize the Day, Afterlife, Unbound e Bat Country são de se ajoelhar. Sério.)
É tão "The future is: there is no future" que dá vontade de chorar.
ps. Se alguém quiser me dar o Death Magnetic do Metallica, ou qualquer CD do Slayer, eu aceito de bom grado também.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Santiago Nazarian vai virar modinha

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! ÒÓ
Mari Moon o entrevistou, no dia seguinte ao programa vai chover menininha histérica gritando: aaaaaaaaai meu, cê viu o Scrap MTV de ontem? Viu aquele carinha, aquele... escritor eu acho? Muito gato, néahm? Vou entrar na comunidade dele pra ver se tem fotos!

Eu mereço.

sábado, 22 de agosto de 2009

Boom!

Tá tudo explodindo aqui dentro.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

"O sinal está fechado para nós que somos jovens."

Não conheço um adulto que não tenha pendido pro socialismo na época da Ditadura. Um.
E só porque a frustração os tornou gentinha de mente pequena e sistematizada (pleonasmo), isso quer dizer que "eu sou jovem e tenho muito o que viver/aprender"?
Digam-me, alguém algum dia apontou o dedinho na cara deles e os proibiu de sonhar?
Não, ninguém fez isso.
Só porque eles venceram temporariamente, não quer dizer que eles venceram pra sempre.
E é por isso que eu grito, que no dia em que eu me resignar e aconselhar alguém a se sistematizar, eu estarei morta.


Ouviram?

MORTA!

sábado, 8 de agosto de 2009

Obrigações são tediosas.

E é por isso que eu sumi daqui.

Ok, é mentira. Quer dizer, uma meia verdade. Se escrever aqui fosse obrigação eu nem teria mais isso. Além disso, eu ando meio deprê comigo mesma e meio na merda na escola, então todas as coisas legais sobre as férias e algumas epifanias que andei tendo estão em algum lugar do meu inconsciente. Talvez eu poste (mais) alguma coisa sobre o vestibular, a merda que está acontecendo aqui na UNIR, ou sobre minhas dúvidas crescentes quanto a onde prestar, as babaquices de sempre.

Tá vendo? Eu tinha bastante coisa pra falar, mas esqueci. A escola está corroendo meu cérebro, folks. Me sinto resignada, entorpecida. Minha forma de lutar contra a inevitável sistematização, está falhando. Eu mais me prejudico que outra coisa. Anyway, acho que o Greenpeace me espera.

E não, eu não larguei meus vários caracteres pelos contadinhos do twitter. Slow movement, people, eu aderi.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

COMO ASSIM?

O Michael Jackson MORREU? (Eric falou tudo!)

Me sinto exatamente como quando o meu tio Sid Sheldon morreu. Sheldon foi o primeiro "escritor de adultos" que eu li, e eu o carrego sempre comigo - nas frases, manias e ilusões. Assim como Michael. Sabe aquela música que você lembra de ter escutado sempre? Todo final de semana, o CD de domingo a tarde (porque o de domingo na hora do almoço era Placido Domingo), a dança que meu pai me ensinou. As músicas que me minha mãe disse que eram as "clássicas do pop". O cara que conseguiu, assim como James Brown juntar sons e cores e por alguns minutos tornar todo mundo um só.

"No, no one told me anything
To prepare me for fucking this
There's another boy genius whose fucking gone
Don't tell me it don't matter
Don't tell I've had three days to get over it
It won't go away
It just won't go away."
R.I.P - Bikini Kill


ps. o único vídeo em TODO o youtube com essa música é um tributo pro Kurt, porque a música é realmente pra ele.

domingo, 21 de junho de 2009

Spleen juliano.

Como muito bem diria Baudelaire, "E os carros funerais, sem música ou tambor / lentos passam por mim e a esperança destarte / vencida, chora; e a angústia estorce-se de dor / sobre o meu crânio implanta o seu negro estandarte". Julho chegou.

OK, eu sei que julho não chegou oficialmente, mas as aulas acabaram (ok, eu ainda tenho 3 provas de 2ª chamada pra fazer, mas eu não vou olhar pra cara feia da coordenação, thank God), então é praticamente julho.

Nunca o mês de julho foi tão esperado por mim; talvez seja a ânsia pra que o ano termine e eu possa dizer: it's over! I finish this fucking shit! fuck ya'll, you school motherfuckers! (biiiiiiip, resposta correta). Mesmo sabendo que eu estou tottaly fucked em matemática, eu estou com um pensamento pseudo-árcade de carpe diem, no final vai dar certo.

Jazz, Blues e Folk tem me feito companhia, muito mais que as guitarras, baterias e baixos habituais. Horas e horas, escutando de BB King, Ella, London, Dylan, Cohen, Piaf , Nordine, Porter, Charles, Coleman e mais um monte. Qualquer tipo de livro cult está fora de cogitação - o último volume do Diário da Princesa sai dia 24, e a preparação pro final já começou. As únicas palavras sangradas - a única forma de descreve-las: sangradas - que não me saem da cabeça, são as da melhor crônica dos últimos tempos da última semana, da Rachel de Queiroz.

Talvez o último desejo

Pergunta-me com muita seriedade uma moça jornalista qual é o meu maior desejo para o ano de 1950 (2009). E a resposta natural é dizer-lhe que desejo muita paz, prosperidade pública e particular para todos, saúde e dinheiro aqui em casa. Que mais há pra dizer?

Mas a verdade, a verdade verdadeira que eu falar não posso, aquilo que representa o real desejo do meu coração, seria abrir os braços para o mundo, olhar para ele bem de frente e lhe dizer na cara: Te dana! (...)

"Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73 (2009), mas ando mesmo descontente, desesperadamente eu grito em português. Tenho 25 (16) anos de sonho e de sangue e de América do Sul. Por força desse destino o tango argentino me vai bem melhor que o blues."
Mas tango argentino é para os momentos de euforia da Umáyra. Súbele el volumen a la música satánica!

ps. Três meses e quinze dias e o sol deixa de nascer e passar o dia quadrado.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Os bons sempre morrem.

Não necessariamente jovens. Mas que sempre é injusto, é. Metafísicas, religiões ou qualquer coisa do gênero à parte, eu sempre vou lembrar da minha vizinha que ía à (?) igreja todos os domingos, que criava os quatro filhos aborrecentes sozinha e ajudava qualquer um que precisasse sem esperar nada em troca. E o que me parte o coração são os quatro órfãos, ainda em estado catatônico. Eu não consigo deixar de colocar no lugar deles, não consigo mesmo. E não é nada legal.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Tartaruga voadora vai falar agora.

Minha amiguinha Nat só abriu-se (ou se abriu? a da gramática aqui é ela!) para o Mundo Mágico da Literatura aos 15 anos. 2 anos foram suficientes para uma poetisa nascer e uma puta filósofa também. Mas de vez quando, ela vomita revolta, assim como nós pobres mortais que sonham em um dia escrever poesia. Agora vamos ao que interessa; esse texto dela iria pro nosso Muro das Lamentações 3ºA, mas eu não deixei. Plágio, sabe como é. Um dia ela vai publicar de verdade.

Memórias do Cárcere

Se não me engano, ainda estamos em março, mas insistem em dizer-nos que estamos com cara de outubro. Talvez tenhamos crescido de mais em apenas alguns dias ou nossas mentes ainda estejam na vertigem de um parto lento e cruel de algo que nem sabemos o que é, mas que teremos de levar pelo resto da vida como um filho bonito na barra da saia. Não! É muita terra muito sangue muita tez e pouca vez. Cara de outubro, ora pois! Pelo que me recordo, acho que não houve engano, não. Eles estão mesmo querendo é nos fazer voltar no tempo: aquele tempo em que o ser humano não podia falar, protestar e ainda tinha de ser o cano de esgoto do ralo da pia, engolindo toda a gordura, toda a sujeira para que alguém lá em cima pudesse ficar limpo. Parece nojento, não? Ah, e tem outro detalhe: não se tinha nem direito a desentupidor! Talvez por não termos mais nada o que fazer ficamos escrevendo essas bobagens, mas que mal faz? Não é outubro? Já não estamos no final de tudo? É, nós somos mesmo é birrentos! Ainda insistimos em procurar no tempo-espaço e fim algo que nos faça seguir em frente. Bom, quanto ao "seguir em frente" talvez seja só alguém nos empurrando para dentro desse açougue, mas fazer o que? Ainda não inventamos a lei da física que diz que o humano já pode voar. Não sabemos o que é, mas temos a certeza de que dentro de nós, um troço qualquer morreu, mas tudo continua, né? Um dia toda essa matéria vai terminar num lugar legal mesmo, cheio de bichinhos e plantas. Aposto que você não adivinha qual é! Hein, sabe qual é? O CICLO DO NITROGÊNIO!

Natália Lima.

E como sabiamente diria Nat, nossa Tartaruga Voadora:
Literature: little pieces of life, little pieces of heaven.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Anger detected.

- Eu quero desculpas formais - disse calmamente. Ele ficou estático ao terminar de assistir o vídeo; sabia que não conseguiria fugir dos fatos: afinal eram provas que ela estava lhe trazendo. Silêncio. Carregado de culpa, mágoa, raiva. O ambiente se tornou hostil em questão de minutos, sentimentos dela, dele.
- Eu quero desculpas - ela repetiu, mas desse vez sua voz não estava tão firme. O nó que as lágrimas costumavam trazer à garganta apareceu. - Na frente de todo mundo. Suas e de todas as outras pessoas envolvidas nisso. Por tudo que eu e minhas amigas aguentamos por vários meses; todas as insinuações, indiretas, por ter saído da história como mentirosa, tudo sem poder dar um pio. Tudo por ser "certa", por ter índole e falar a verdade. Quero desculpas dele, dela, das amigas dela, da mãe dela. Eu quero que ela diga pra todo mundo quem é a "víbora" agora.

ps. clube novo, gente. CDQSMRDAAPDM - Clube Dos Que Sentem Muita Raiva De Alguém A Ponto De Matar. Eu sou a associada nº1, se alguém quiser entrar, é só avisar.
pps. cabelo. mão. rosto. parede. sangue. ódio. pernas. chute. mãos. murro. dor. agonia. chão. poeira. esquecimento. patética.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Taí!

Umáyra estava tristinha hoje, daquele jeito bem ruim que vem se sentindo essas semanas. Calada, o que não é normal; absorvendo mais que vomitando. As costumeiras verborragias mentais não deram um olá essa manhã. Até que uma grande bigorna de razão BAM! em sua cabecinha normalmente deformada pelas forças Valderramísticas.

Stop being such a drama queen. (!)

A solução dos meus "problemas".

terça-feira, 2 de junho de 2009

Odeio ser humano.

E você, já se revoltou hoje?

Ser humano engraçadinho, brinca com fogo e não quer se queimar.
Sempre quer mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais, até tudo acabar.
E quando tudo acabar...?
Errr... é só fazer um banquete bem grande, onde todo mundo possa se embriagar com petróleo e comer dinheiro até estourar.



Mas quem te c* tem medo! \interna


ps. Pilha de livros; a Menina que brincava com fogo tá só me esperando. (além de Reparação, Desaparecidos, Ps. Eu te amo, e muitos, MUITOS goiabinhas.)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Nordeste sentando na mandioca mais uma vez.

Aproximadamente 80 mil afetados com o desastre em Santa Catarina; no nordeste o número passa de 150 mil. Lembro direitinho de um Brasil solidário, doando até o que não tinha pra os catarinenses, aquele povo bem humilde que nem é preconceituoso e que nem quis criar um país separado do Brasil junto com seus amiguinhos europeus wannabe. Aqui no meu fim de mundo City, cansei de matar tardes na frente da TV com programas locais pedindo ajuda pra . Se eu vejo isso agora? Não.
Na próxima eleição alguém lembra dos pobres coitados da Caatinga.


ps. http://www.youtube.com/watch?v=bWx_GyTLGmQ
Muito mais Umáyra, don't cha think?

domingo, 31 de maio de 2009

Traduzindo-me

Eu tenho me sentido um lixo essas dias e não estava conseguindo traduzir.


Minto. Eu poderia dizer exatamente o que sinto com um livro inteiro de Álvaro de Campos, ou com Vazio agudo do Leminski, até escutar isso: http://www.youtube.com/watch?v=yY2Ugpst9VY
E só.

sábado, 30 de maio de 2009

"Há algo que jamais se esclareceu:

onde foi exatamente que guardei aquele dia mesmo, o leão que sempre cavalguei?
Lá mesmo esqueci que o destino, sempre me quis só..."

Num deserto com saudade, com remorso, só; com amarras, barco sóbrio ao mar.

(Inverno - Adriana Calcanhoto / adap.)

domingo, 24 de maio de 2009

Schopenhauer, eu te amo

Eu digo e repito que foi o melhor livro que eu já li na minha mísera vidinha. É como se Metafísica do Amor tivesse me esperado por um século e meio SÓ pra eu poder embasar a minha revolta adolescente que é erroneamente confundida com "desculpa pro fato de ser encalhada" (já falaram isso pra mim, sem sacanagem).

Agora, a prova de dona Umáyra é um dos seres mais paradoxais da face da terra:



Marcel sempre ri de quando eu chego na escola com um dos livros da série e falo pra Thaianne: "CA-RA-LHO!", "PU-TA-MER-DA, esse é o melhor cooooooom certeza!", "CHEGUEI NAQUELA PARTE! Awwn tão linda!", "FO-DA!" e "Aaaaaaaai, o Roarke... *olhar sonhador*". Mas agora, não dá pra fazer nada. Já viciei.

A Clube/Dupla de Leitura que eu e Thaianne estávamos montando evoluiu pra um clubinho de adolescentes nerds revoltados que vai se chamar Vanguarda. Nós temos até planos pra escrever um livro, que já tem nome, frase de efeito, agradecimentos e pelo menos umas 150 páginas.
E ah, os Vanguardenses são sonhadores também.

ps. Conspiração é o melhor de todos, até agora. Ainda faltam 13!
pps. Você é ativo ou passivo? ("Todo mundo espera alguma coisa de sábado a noite...")






sábado, 16 de maio de 2009

O 1º sábado decente do ano

MOREIRA x SARAH

Assunto: Deus

10:40 - Sarah: 2, Moreira: 0
10:43 - Sarah: 2, Moreira: 1
11:46 - Sarah: 2, Moreira: 20

Arcadismo

10:47 - AAAAAAAAAARGH, ARGH
10:50 - "... o árcade não se suicida, ele comete eutanásia. Ele já viveu bastante e decide parar... É um ser livre...''
LIBERDADE É FURADA! LIBERDADE É FURADO!
AAAAAAAAAARGH AAAAAAAAARGH *revolta mode on*
10:52 - Morte diz: Chegou sua hora.
Você diz: Haha, se fudeu que eu aproveitei muito.
Morte diz: HAHA, se fudeu que tu vai do mesmo jeito.
10:54 - "... os deuses nos invejam. Nós temos a morte; já pensou uma eternidade da mesma coisa?''
deuses presos à vida.
nós presos à morte.
10:55 - Descartes x Hobbes & Locke
Cogito, ergo sum ROCKS!
Epicurismo na sua bunda!
10:57 - ''... experimente tudo; mas há um limite...''
HÁ! *deboche* TÁ VENDO? *palmas* FU-RA-DA!
11:00 - o que que cê tam umáyra?
- pensando.
11:05 - existe livre arbítrio?
- Acho que não. A lei invisível, a ética acaba com o livre arbítrio.
- Eu digo no sentido do seu próprio corpo; você não pode ficar sem comer, por exemplo.
- Ninguém tem nenhuma liberdade. Liberdade é utopia. Tanto em relação ao corpo como a todo o resto. Olha só, você está preso aos seus amigos. Se você quiser liberdade, você se afasta deles. Mas aí, você preso à solidão. (!)
- Mas o que seria a solidão? Não seria algo que o próprio ser humano inventou; existiria mesmo a necessidade disso? Quer dizer, o ser humano inventa cada coisa desnecessária... Mas voltando ao assunto: liberdade é só mais uma busca eterna do ser humano (como a felicidade!).
11:20 - *sino de presídio toca*
11:25 - ''Ô meninos, *professora começa a contar a história da vida dela, de quando ela veio de São Paulo pra cá, que os meninos daqui não sabem estudar / tradução: vocês são uns vagabundos que ficam aí sonhando em passar numa federal de outro estado que não esse. Sermão, sermão* se você tem um objetivo, você tem que correr atrás *sermão, sermão* (...) casar, ter seu emprego, filhos, estudar, estudar... *AAAAAAAARGH AAAAAARGH*''
- Sobre a Heloísa: uma palavra: SISTEMATIZAÇÃO. Busca eterna: UTOPIA. A vida é bandida, canoa furada.
- O ser humano é um eterno caçador que não tem caça.
POOOOOOOOOOOORRA MEU *troca de olhares* que issow! * aprovação*
12:00 - o que foi umáyra?
- pensando.
12:10 - água, sal, borrão.

Apesar de tudo, aula aos sábados nos inspira (mas nos entristece também).

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O que há de errado com o mundo?

Marcelo D2 misturando rap com samba? Beleza. Escutável. Até gostosinho. As letras dos CD's novos dele, até que estão bacaninhas.
Snoop Dogg misturando rap com... errrrrr... alguma coisa? Certo, certo, ele é Snoop Dogg. Ele está velho. O cérebro dele já foi todo corroído pelo cigarrinho do demônio. As letras continuam a mesma bosta machista, ''Girl my love's gonna last just as long as your ass'' sou mal comido etc.
Agora, Lil Wayne querendo misturar rap com ROCK? Não dá. Simplesmente NÃO DÁ. ''She had it all figured out, but she left me with a broken heart''? Eu SABIA que toda aquela vontade de mostrar pro mundo que sempre tem uma "gata o lambendo como um pirulito" tinha fundamento.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Como diria mestre Jabor,

Desde pequenos nós somos obrigados a tomar uma posição em relação a tudo: a posição certa. A posição certa (quase sempre) se resume ao senso comum. Depois de alguns anos indo à escola, você logo saca que o tal senso comum não é certo. Não se pode usar o senso comum em redações, debates ou como argumento base para nada. O paradoxo começa aí.
Aí você cresce. Tudo o que você fala é levado em consideração, desde conversinhas informais em portas de banheiro a discussões em salas de aula; e o pior: pode ser usado contra você. É a lei, afirmam. A lei vai te martelar como um prego usado numa construção; na construção de um prédio alto, grande, que só vai servir para alguns. Se você entortar, o martelo te arranca da construção e te joga no lixo. Mas como eu posso aceitar a lei, se ela é dúbia? Você pode até apontar o dedo na minha cara, me chamar de prego torto, mas pare um pouquinho e pense: a lei é usada a favor de corruptos, mentirosos, ladrões, traficantes, e o resto da corja de canalhas do qual o mundo é composto. Eles se livram da justiça como a tal "Lei", correta, séria e honesta; e o mundo quer que aceitemos a Lei em vez da verdade e da JUSTIÇA?
Que me desculpe o mundo, mas esse prego aqui não vai ser descartado. E eu vou lutar para que esse prédio não sirva para a sordidez alheia.

"(...) se mantiveres a aparente dignidade, mesmo diante de provas inabaláveis do teu crime e disseres com voz clara e serena: 'Tudo isso é uma infâmia sórdida dos meus inimigos' (...) se disseres isso sem suar, sem desmanchar a gravata, com roupas impecáveis que não revelem o esterco que te vai dentro d'alma, se fores capaz de chorar diante de uma CPI, ostentando arrependimento profundo, usando de tudo, filhos, pais, pátria, tudo para te livrar... e, sobretudo, se puderes construir uma ideologia que te justifique e absolva, de modo que os atos mais sujos ganhem uma luz de beleza e coragem, se puderes dourar tua pílula, colorir teus crimes, musicar teus grunhidos, de modo que possas mentir com fé, trair sem remorsos e roubar com júbilo (...) e se, além da confiança na cega Justiça, dos desembargadores que sempre te acolherão, se, além desse remanso, roubares mesmo (...) eu te direi que serás, sim, impune para sempre, um extraordinário canalha, meu filho, um verdadeiro, um grandioso filho-da-puta brasileiro!"
O "Se..." do canalha nacional - Arnaldo Jabor
(do livro Pornopolítica)

E viva a hipocrisia! [/clichê]

Todo mundo mente, é claro. Mas quando alguém se idigna com a verdade quando ela está ali, gritando e dando tapas na sua cara é simplesmente deprimente.
O que há de errado com a verdade? Só porque vai contra a "ética" (ou a moral? esqueciii!) a verdade é "feia''?
Além do mais, quando uma pessoa faz uma coisa, ela tem que arcar com as consequências, e não ficar chorando, recorrendo a superiores e escrevendo meias verdades falso silogistas. Isso é tão infantil, imaturo e viboresco (neologismo entendível por alguns) quanto a realidade.

Grande Helon!

Beleza e inteligência podem ser conquistadas. A única coisa que diferencia as pessoas é a sua reputação.

domingo, 10 de maio de 2009

Tântalo me entenderia.



Afinal, quem espera nunca alcança.

sábado, 9 de maio de 2009

Hell School


Nós até tentamos sabe? Macarronadas mal-feitas, protestos contra a escola na parede (o nosso tal Muro das Lamentações), cantorias na sala de aula (e fora) mas não dá certo. ''Povo marcado ê, povo (in)feliz!''

E eu? "Ando meio cheio de tudo" diria Leminski; mas eu não tô cheia de ler Nora Roberts até atingir o máximo de estrabismo com Roarke's, Philip's e os quatro MacKade's; não tô cheia de esperar meu livro novo do tio Stieg Larsson chegar (mentira, disso eu tô cheia sim).

"Ah, esse cara tem me consumido
A mim e a tudo que eu quis
Com seus olhinhos infantis
Com os olhos de um bandido"

Esse cara...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

PELAMORDETOM

Quando é que isso vai acabar?

http://blogdotionaza.blogspot.com/

Eles nos ensinam patriotismo, nacionalismo e depois querem citar Policarpo Quaresma?
I can smell a rat, ISSO TEM CHEIRO DE CORPORATIVISMO. Mas como eu posso confiar/acreditar numa instituição/pessoas que não levam em consideração a individualidade de cada um? Porque, sinto muito, mas é isso que a escola faz. Não respeita a individualidade das pessoas; se você não for bom nas importantíssimas matérias da escola, você é um monte de merda pra eles. Pouco importa se você canta, dança, é um puta de um humorista aos 15 anos, ou se sabe muito sobre cinema ou história do rock. Eles só querem uma máquina, que passe numa federal e deixe seu nome ser colocado numa faixa na frente da escola. Quanto mais aprovações, mais dinheiro pra seus bolsos, pra pagar sua cerveja do final de semana, ou um jogo do flamengo no meio do período escolar (é, na próxima bienal eu viajo e deixo alguém no meu lugar aprendendo. simples assim). E ainda vem com uma história de BECAUSE WE CARE, manual da família e vocês são importantes para nós. Sinto muito, mas eu não caio nessa. Pro inferno com essas regras ridículas que nos preparam pra uma sociedade ridícula, com manias ridículas. PRO INFERNO COM TODOS ELES.

Pra Lins Caldas, Moreira, Moreiretes, Nazarenetes (recentes, curioso, não?) etc etc:
Eu posso até "extremista", "rebelde sem causa", "hipócrita", "ir com a massa", mas pelo menos eu faço/VOU FAZER mais coisas pelo meu estado que VOCÊS.

Eu ri.

Aquilo estava o deixando louco. Quando ela não estava povoando seus pensamentos, se esgueirava pelas esquinas de sua mente, tirando todo o foco e toda frieza que ele tinha. Quando ela não estava perto, a lembrança do seu perfume o transportava para longe daqueles lugares sórdidos em que ele sempre estava. Quando ela estava perto, ele agia como aqueles tolos a quem sempre abertamente criticava: pateticamente. Ele queria sua razão de volta, seu controle de volta.



Eu estou escutando Clairvoyant Disease do Avenged Sevenfold, pra tudo ficar menos meloso, sabe? (risos) É, Nora Roberts, tudo culpa sua.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

( )

Chatterton, suicidou
Kurt Cobain, suicidou
Vargas, suicidou
Nietzsche, enloqueceu
E eu, não vou nada bem
Chatterton, suicidou
Cléopatra, suicidou
Isócrates, suicidou
Goya, enloqueceu
E eu, não vou nada nada bem
Chatterton, suicidou
Marc-Antoine, suicidou
Van Gogh, suicidou
Schumann, enloqueceu
E eu, puta que pariu, não vou nada nada bem...


(Chatterton - Gainsbourg / Adpt: Seu Jorge - Dani Costa)

Sem nomes pra me esquivar da possibilidade do soco.

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

(Poema em linha reta - Álavro de Campos)

Amizades, admirações, o que valem? Nada.
Nada.
Se sou abertamente vil é só uma questão de tempo.

Tanto faz.
O pra sempre sempre acaba.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Salva por... não sei quem!

Mas REALMENTE não importa!

Segunda-feira, 20/04/2009 era dia da morte da minha pseudo-nerdice. Acordei 6h, e apesar de estar pensando em como falar pro meu pai que tinha ficado de recuperação desde sexta (o dia que eu chorei - consegui segurar por duas semanas!), eu ainda não sabia o que falar. "Deixa pra mais tarde"eu pensei; é isso que eu sempre penso. Pra tudo. E eu só me fodo, fica a dica.
7:22, meu celular toca. Era a Thaianne. "Puta que pariu, devo ter ficado em química e biologia, quer ver? Puta merda, eu não vou passar no vestubular, meu pai, como eu sou BURRA, meu Deus, meu..."
- Alô?
- CÊ PASSOU EM TUDO! *gritaria atrás*
- Ãhn? *despertando*
- PASSOU! TUA MENOR NOTA FOI 6.5 EM MATEMÁTICA!
- ...
- SÉRIO! QUE NERD! EU TE DISSE QUE TU IA PASSAR!
- SÉRIO? *coração saindo do peito* MEU DEUS, MEU DEUS, MEU DEUS! SÉRIO! AAAAAAAAAAH CARA, EU VOU AÍ NA ESCOLA EU PRECSO VER, SÉRIO?? VALEU THAIANNE, AAAAAAAAAAAAH MEU DEUS, AINDA BEM, AINDA BEM, AINDA BEM! *já chorando*

Foi besta eu sei, mas eu tô TÃO, TÃO, TÃO aliviada, que eu picharia muros.
SÉRIO!

sábado, 11 de abril de 2009

Minha primeira recuperação

Ingenuidade minha, achar que ia passar pelo inferno sem abraçar o capeta.

ps. matemática, eu te odeio, do fundo do meu coração.
pps. se alguém ler isso e disser pra minha mãe, eu juro que mato.
ppps. mãe, eu vou recuperar, e olha só, é meu ÚLTIMO ANO, eu estou mais rebelde, eu ia até ficar 5 dias suspensa por desrespeitar uma "autoridade". Recuperação em matemática? PFFF, recupero na boa, xá comigo mãe. Olha só, eu fecho as humanas no vestibular e nem preciso de matemática. Matemática é PARA FRACOS, mãe.
pppps. eu tive pesadelos e mais pesadelos com isso. acho que agora que eu consegui falar publicamente que fiquei, vou melhorar. acho.

domingo, 8 de março de 2009

ARGH, onde eu estou?

16 anos, acordei de mau humor e meu dente movimentou. Droga, droga eu devia ter usado aparelho pra dormir.
Primeiro mês de aula, entrei de cabeça nos livros (é, entrei mesmo) nas primeiras duas (?) semanas, fiquei doente e desandou tudo. Todas as matérias tão atrasadas, acho que me ferrei em matemática, toda vez que eu penso em cálculos, lógica ou exatas me dá uma angústia do tamanho da que eu sinto toda vez que escuto Decode (é, a música tosquinha que o Paramore fez pra Twilight - não é culpa minha se me dá angústia quando eu escuto a música. Além do mais, isso é assunto pra outra post), minha respiração fica estranha quando alguém fala em vestibular, mas quer saber?
"Frankly my dear, I don't give a damn."
Quando eu penso que ano que em eu vou poder respirar aliviada, que meus pais não vão mais ficar enchendo meu ouvido com chantagens do tipo: "eu pago sua escola, você tem que me obedecer", que eu vou viajar e quando chegar passar alguns meses só lendo e vendo filmes até morrer, eu quero que o final de ano e o vestibular cheguem o MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.
Minha sala tá bem enjoadinha, mas as pessoas legais da sala são REALMENTE legais. Planos pra noites de cantorias, macarronadas, filmes e (principalmente) falar mal de tudo e todos, não param.

O mais estranho de 2009 é a minha súbita carência excessiva. Nunca fui uma pessoa de abraços, ou que revelasse sentimentos à outras pessoas, mas esse ano isso explodiu e está incontrolável.
Talvez eu esteja voltando (eca eca, esteja voltando) a ser abestada como antes, mas acho que não. Só quero deixar bem claro pra pessoas importantes que elas SÃO importantes.


(CREDO, isso soa tão feio, tão esranho, tão... sentimental)

SOCORRO, ABDUZIRAM A UMÁYRA E DEIXARAM UM SER ESTRANHO!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Last day of freedom

Sei que a partir de amanhã até minha respiração vai ser controlada, pelos meus pais, pela escola e até por mim mesma (mentira. Talvez).
pulaAmanhã começa o último ano, SENIOR, UHUUUL, se eu estivesse em um filme adolescente água-com-açúcar americano, eu devia estar rindo de alegria. Mas eu sei que vou ter que me matar de estudar (ou pelo menos fingir me matar e estudar um pouco, porque eu nunca estudei muito, então o que vier é lucro) pra passar de ano e no vestibular.
So, até a segunda fase no ano que vem, eu tô praticamente sem televisão, internet e livros. Internet eu até aguento ficar só com um dia (diz meu pai que vai ser só no domingo, minha mãe virou ditadora, quer que eu nem chegue perto do escritório), a televisão vai mais muito mais difícil, porque eu meio sou... dependente. Mas se eu mantiver minha cabeça em outra coisa, eu até esqueço. E papai disse que eu vou poder assistir, depois de estudar, pro meu cérebro não fundir de tanto "conhecimento". Mas o pior de TUDO, DE TUUUUUUUUUDO MESMO vão ser os livros. Porque com eles, EU SEI que não dá pra ser só um pouquinho. Não é que nem a TV, que eu posso simplesmente desligar a hora que tiver demais, subir pro meu quarto e dormir. Os livros são uma tentação grande demais. Eles ficam do meu lado no quarto, as capas brilham de noite quando eu tenho insônia, gritam quando eu sento pra resolver exercícios de matemática... Eu sei que não consigo me controlar. Começo e não consigo parar de ler. Então eu meio que sei que vou ter que deixam meus melhores amigos since 1997 de lado esse ano. E isso dói.

Anyway, acordei 11:30 hoje pra compensar amanhã. 5h, pretender estar de pé (PRETENDO. eu geralmente acordo 3h, 4h no primeiro dia de tormenta) pra descobrir qual é mnha sala e pegar um lugar bem na frente (pra não romper a tradição).

ps. eu tô achando que meu pai foi abduzido e trocado por outra pessoa.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ó, mundo cruel [/melodrama]

11:00 da manhã.

- AEAEAE Friends! Cacete, última temporada. Awwwwwwwn, é o episódio que a Rachel diz pra galerë que tem que ir pra Paris... Tadinho do Ross. Não. Não consigo ver a cara dele. Tenho que mudar de canal logo, antes que eu veja a face da derrota. POSSE DO BARATA! COMO ASSIM? (!) Eu tenho que ver! Momento histórico! Mas Friends... O episódio da casa nova do Chandler e da Monica. A Dakota Fannig aparece. Ai. Ah, vou ver o Barack. Primeiro presidente negro. Quando eu for velha e sábia, eu preciso dizer que ouvi o discurso do primeiro presidente negro de umas das nações mais racistas do mundo, ouvi AO VIVO, fica a dica.

11:10

- Mas que porra é essa? Esse desgraçado ainda nem apareceu! Eu não quero ver o Steven Spielberg, eu quero ouvir o DISCURSO DO OBAMA, CACETE!

11:15

- Eu posso ver Friends, durante o intervalo da Posse...

11:20

- Got her toes done up with fer fingernails matchin', got her toes done up with her... AI MEU DEUS, EU ESTOU CANTANDO KID SISTER? *desespero* O QUE A MTV ESTÁ FAZENDO COMIGO? SERÁ QUE AQUELE TRECO DE MENSAGENS SUBLIMINARES NAS MÚSICAS É VERDADE? SERÁ QUE EU DEVO ACREDITAR EM JOSIE E AS GATINHAS? Mas que MERDA, PORQUE SÓ PASSA MÚSICA DE NEGÃO NA TV? *horrorisada*

11:30

- E daí que o menor discurso feito foi o do George Washington? E daí que já foram feitos 56 discursos? Quero ver o do OBAMA, porra.

11:40

- A DAKOTA FANNING É MAIS INTELIGENTE QUE O JOEY! HAHAHAHAHAHAHA!

11:50

- 50 minutos, 50 MIMNUTOS e o Obama ainda não apareceu. Tchau. T-C-H-A-U. Vou ler Tamanho 44 ainda não é gorda e escutar Elvis Presley.


Anyway, eu quase tive um ataque semana passada, por causa de profissão (é claro).

Primeiro porque alguém me deu um choque de realidade (de novo) e eu lembrei que 95% das pessoas que querem fazer Direito, fazem pra ter poder. E quando eu digo poder, não é só dinheiro e tal, mas pra serem pedantes. Pra chegarem nos lugares e dizerem (?) 'Você sabe quem eu sou? Eu sou JUIZ Fulano de tal, minha filha, apressa logo isso.' Ninguém mais faz Direito por justiça (se é que algum dia alguém fez por isso). E me irrita o fato de as pessoas me olharem torto porque eu quero fazer Direito. Me irrita o fato de EU ME IRRITAR comigo mesma, quando eu digo pras pessoas que eu quero fazer Direito. Então eu me sinto na obrigação de explicar porque eu escolhi isso ("Quando eu fiz teste vocacional, só deu curso legal, coisa que eu gosto. Mas se eu fizer qualquer um desses cursos eu vou virar professora. E eu não tenho paciência nem comigo mesma, então se eu for professora eu vou ser processada no 1º mês de aulas. Os únicos dois cursos que me dão mais de uma opção são Jornalismo e Direito, e infelizmente o sistema de engoliu. Eu adoro viajar, adoro livros, adoro filmes e os meus três sonhos são viajar pelo mundo, ter um biblioteca em casa e um monte de DVD's. Então, por favor, não enfia coisa na minha cabeça, vai criticar alguém que queira fazer Medicina." - Sei decorado!).

Segundo porque eu me dei conta de que eu vou trabalhar pro meu inimigo mortal, vou compactuar com aquele que eu mais detono em todas as minhas redações, vou ajudar o "inajudável"(?): o Estado.
You see, eu descobri primeiro o que eu queria fazer, depois veio o curso. Depois do grande baque emocional que eu tive aos 13 anos (aaah, a idade em que eu nem sabia o que era vestibular...), quando descobri que Moda não tinha nada a ver comigo (sem comentários, por favor) e fiquei no meio do túnel escuro por 2 meses, sem saber o que eu queria pra minha vida (e acredite, eu SEMPRE tive traçadinho o que queria da minha vida) , meus queridos professores de Redação, Português e Literatura me disseram que eu escrevia bem (na época, eu acreditei) , falava bem (também acreditei. Depois eu descobri que meu coração acelera e eu sempre falo uma palavra errada e deixo meu discurso feio) e perguntaram se eu nunca tinha pensado em ser Promotora ou Defensora Pública. "Qual acusa?" eu perguntei pro meu pai mais tarde, e ele disse que era o Promotor. BINGO! É isso que eu vou ser. Acusar é comigo mesmo. Eu consigo INVENTAR argumentos pra não perder um debate.
Na época, eu nem me toquei que ia trabalhar pro Estado. O Estado. Minha idéia de inferno na terra. O sujo, o podre, o ladrão, o que os anarquistas mais odeiam.
Agora que eu pensei nisso, dá vontade de me esganar.
Dá vontade desistir da Promotoria, fazer Direito Internacional e VAZAR daqui.
Mas de qualquer forma eu vou estar trabalhando pro Estado.

Ó mundo cruel.

É por isso que hoje, eu quero agradecer à pessoa que dá talentos às pessoas. VALEU, HEIN AMIGÃO! Valeu por ter me dado talento pra coisas que terminam servindo ao Estado. Valeu por não ter me dado talenteo pra matemática, química, física; ou melhor, pras artes! Pra fotografia, cinema, pra qualquer coisa que não compactuasse com o Estado ou o Capitalismo. VA-LEU.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Me sinto oficialmente um lixo

mas é só Depressão Pós-Livro.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

"Mãe, o papai me chamou de filha-da-puta

*cri, cri, cri*


Pai: *falando como se eu não tivesse dito nada* Vamos rezar. Vá se vestir meu filho, não pode rezar pelado.

Eu: *olhando para o teto* Deus não nos manda ao mundo pelados? Pudor é coisa do homem. O homem que teme o nu.

Pai: Nosso corpo é o tempo do Espírito Santo, o Espírito Santo quer pudor. O homem é pervertido...

Eu: *I don't belong here, I gotta move on, dear...*

Pai:... nós devemos ver Jesus Cristo no outro e tratá-lo com respeito, quando eu machucho o próximo eu estou machucando a Cristo...

Eu: *Tadinho de Jesus Cristo com o senhor, né pai? / risadinha pseudo-contida* Jesus Cristo é filho-da-puta?

Pai: Veja bem, quando disse que vocês eram filhos-da-puta eu quis dizer que vocês eram sacanas, entendeu? Um filho-da-puta é uma fusão de muito sacana com...

Eu: *rindo escandalosamente com irmão* Então o senhor quis chamar a gente de sacana, mas chamou de filho-da-puta? *sarcasmo escorrendo pelos cantos da boca*

Irmão: Você xingou a mãe de Jesus de puta? *falsa indignação / entrando no joguinho*

Eu: É pai, o senhor chamou Maria de puta?

Pai: *se alterando* PSIU, PSIU, não é nada disso que eu disse...

Eu: PSIU PSIU NADA! Olha AÍ Jesus, você tá de prova que ele chamou Maria de puta! *olhando pra cima*

Mãe: *vendo que ia dar merda* Pois é né gente, bora rezar que amanhã eu tenho que trabalhar...

Pai: *pseudo-controle* Em nome do Pai, do Filho...

Eu: *preciso tirar esse esmalte da unha...*

Pai: Alguma agradecimento, filho? *mensagem subliminar: já que a Umáyra nunca agradece nada, mesmo tendo tudo o que quer*

Irmão: Eu queria agradecer pelo pão, pela saúde...

Eu: *O que será que vai acontecer em Eclipse? Será que o Jacob e o Edward vão brigar? Ah, isso com certeza... You're nothing but a dog! HUAHAUHAUAHUAHA, tenho que favoritar esse vídeo no youtube. Como era mesmo a letra toda? Alguma coisa La Push...*

Irmão: Eu queria pedir pelos pobres, que o meu machucado sare logo, que eu não caia mais...

Eu: Eu quero pedir.

Pai: *escondendo a surpresa. Tentando agir como se já soubesse que eu ia falar*

Eu: *séria* Eu quero pedir por todos os filhos-da-puta do mundo.

Todo mundo menos eu: O.O

Eu: É SÉRIO, gente! *gargalhando por dentro*

Pai: Então tá. E quero agradecer pela harmonia da casa; mesmo nós estando sem empregada...

Eu: *Claro, eu tô me sujeitando a fazer tudo... / irritada*

Pai:... cada um faz sua parte...

Eu: *o Julio seca a louça, eu faço o resto*

Pai:... coisa que nunca aconteceu, fazendo as coisas sem reclamar...

Eu: *Não agradeça a Deus pelo meu bom humor, pai, agradeça à Stephenie Meyer*

Pai: E pedir pelo...

Eu: Como é que a Bella vai conseguir falar com os pais dela depois de virar vampira? / silêncio mental / Ei, como é que o Edward resistia ao cheiro da Bella quando ela tava naqueles dias? / silêncio mental / UGH / silêncio mental / Ei, quando é que vai sair Princesa pra sempre? TÁQUEOPARIU, último volume e demora mais! A Mia e o Michael gente, a Mia e o Michael! Porra de país que não traduz livros. Porra de país que não respeita chicklit. Trilogia da Gemma Doyle, cadê? Só tem Belezas Perigosas! E Tamanho 44 não é gorda e Big Boned? COMO EU VOU VIVER SEM SABER SE A HEATHER E O COOPER NÃO TERMINAR JUNTOS? / tira esmalte com o dente*

Todo mundo menos eu: Amém.

Eu: *atrasada* Amém.


Anyway, Eclipse é com certeza o mais engraçado de todos os livros da série da Miss Meyer. Ri demaaaaaaaaaaaais lendo as briguinhas de todo mundo contra todo mundo. Breaking Dawn é com certeza o mais deprimente (pelo menos até a página 161 - até onde eu li) e BLERGH as vezes dá vontade de vomitar. Como em Lua Nova. Lua Nova que aliás é uma espécie de Manual da (fraqueza) Feminilidade (BLERGH). A menina passa passa 4 meses entorpecida porque perdeu o namorado. Ó, que dó (OTÁRIA).
Eu espero terminar de ler até o final dessa semana pra me sentir depressiva (pós-livro) e livre (virei escraaaaaaaaaaaaaaaaava!).