Vontade de apagar tudo isso que me torna eu. Vontade clichê de tomar chá de sumiço ou de se re-inventar. Entro e saio de epifanias, pra no final ficar cega como os cegos de Saramago. Mas no fundo eu - e o resto do mundo - sabemos que não adianta muita coisa revoltar-se contra nada. Até por que esse nada é tudo, e como fugir do tudo? Se o tudo engloba a vida e a morte, e da morte não se foge. Tapeia-se, adianta-se. Mas obviamente não se foge. E quando alguém diz que você vive em um universo paralelo, que suas prioridades são inúteis, você abre os olhos para a realidade deles. Deles, não importa o nome que se dê a eles.
Mas e a sua realidade, como fica?
"Uma vontade física de comer o Universo
Toma às vezes o lugar do meu pensamento...
Uma fúria desmedida (...)"
Nenhum comentário:
Postar um comentário