sábado, 24 de setembro de 2016

facenot

fiz um facebook pra acompanhar o grupo da minha última matéria do português na faculdade e já cai num buraco negro de pessoas com vidas maravilhosas - enquanto to aqui, na cama desde a hora em que acordei, só fiz refeições ridículas e não fiz 3% do que me propus a fazer hoje.
eu queria dar uma sumidinha...

sábado, 17 de setembro de 2016

nobody knows you when you're down and out

(mesmo que clapton tenha sido estragado pra mim)

domingo, 11 de setembro de 2016

breath in, breath out

- eu tento ser uma pessoa melhor todos os dias
- eu tento fazer coisas bonitas
- meu exterior não vale nem um terço do meu interior

(repete até ficar bem)
(procura terapeuta pra essa semana mesmo)

sábado, 10 de setembro de 2016

I've been locked inside your heart-shaped box for weeks

god is probably eyeing me like a pisces for more than a month

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

"O que é meu não se divide"

Eu sempre gostei de ter um tempo pra mim.

Talvez seja coisa de gente que gosta de muito de ler e tem mais livros que amigos (saudades comunidade do orkut); mesmo aproveitando o tempo que tinha com meus amigos, minha hora mais sagrada era a hora da leitura - normalmente no meu quarto, deitada, às vezes escondida no banheiro para escapar de alguma função doméstica. Em Londres eu aprendi a gostar de andar sozinha pelas ruas, no meu próprio ritmo (rápido quando eu tinha compromisso e olhando pra tudo quando eu só tinha que visitar algum museu). Em Pelotas eu aprendi a fazer compras só pra uma pessoa, a viajar nos assentos mais perto da porta pra fugir dos tarados do fundo do ônibus, a chegar em casa e ter o silêncio me esperando. Foi em Pelotas que ganhei meu computador, que não me deixava ficar só nem quieta por nenhum segundo - eu chegava em casa e ia direto me abrir pra desconhecidos em redes sociais.
Só aqui em São Paulo eu aprendi verdadeiramente a ser só.
Fiz mudanças, faxinas, refeições e fui ao cinema. Mesmo quando namorava, fazia quase tudo só. Agora que quase não uso mais redes sociais e meu celular quase não funciona, nem o pisca-pisca incessante de conhecidos distantes me faz companhia - e eu não poderia estar mais feliz.
Sinto que cresço. Cada dia descubro alguma coisa sobre mim, aprendo alguma coisa e me acostumo com o silêncio. Às vezes eu tenho que driblar o silêncio, mas nada que fones de ouvido e vídeos de karaokê não ajudem. Já não fujo mais da terrível ligação para marcar consultas médicas, nem de lavar as frutas assim que chego do mercado. Anoto tudo o que preciso fazer na minha agenda, e sinto um prazer quase físico quando risco o que fiz no dia. Não dependo emocionalmente de ninguém que não me ame incondicionalmente (minha família).

Eu finalmente me basto.