sábado, 30 de junho de 2012

breakdown

isso é insano. eu estou insana. eu não vou chorar por causa disso. não vou. vou superar, como sempre fiz. sempre fiz. 


(a falta de ar voltou. os calafrios. o coração acelerado. tudo como antes)

always like this

e de repente ela foi tomada por uma grande fúria
tão grande, que nem as palavras românticas que estava lendo
nem as notas manhosas do piano
a fizeram parar de sentir
ninguém tinha o direito de fazer com que ela se sentisse vulnerável desse jeito
ninguém
e a fúria era mais fácil de entender

sexta-feira, 29 de junho de 2012

"I have never failed to fail."

A pior parte de sempre fracassar não é o fracasso em si. É só mais um, sabe. O horrível vem quando você lembra que nunca fez nada certo. Absolutamente nada. Aí você fica com esse peso no peito, essa vontade de vomitar e esse nó na garganta.

terça-feira, 26 de junho de 2012

dying

- tó um pouquinho
- eu quero um pouquinho de você

segunda-feira, 25 de junho de 2012

"Desculpa se te chamo de amor"

¿Por qué me dejas tan confusa?

hello, night smoke

se todos eles te ignoram
ignore-os de volta!



quarta-feira, 20 de junho de 2012

to love, one shall be a fool

what you do to me
it's not fucking fair
always making me fall in love
when we know this is going nowhere


sei como me sinto
e sei que é verdadeiro
não me embaraço em dizer
que te quero por inteiro

terça-feira, 19 de junho de 2012

hoje na terapia

anos achando que eu era uma coisa, segundos pra descobrir que sou algo completamente diferente




(controladora: check)



E esse é o país que vai sediar a Copa...

Os dois na praça.
Eu com minha sacolinha de esmaltes, querendo me refugiar do sol. Da esquina, já vou procurando o banco mais próximo e os avisto. A praça vazia. A rua pouco movimentada. Sento no banco. Os dois de separam. Concentro-me no celular. Um aperto de mãos. Levanto a cabeça pra sentir o sol. As mãos se separam com rapidez. Amarro o cadarço. Uma carícia. Senti um aperto no peito. Esse é o mundo de merda que não deixa duas pessoas se amarem sem sofrer preconceito. Esconder amor. Sentir medo de dar carinho.
Mundo de merda.

oroboro, parte segunda

não vens
não vou
ficamos

segunda-feira, 18 de junho de 2012

mas não

ontem eu sonhei que aquela frase foi pra mim
e me enchi de esperanças

sábado, 16 de junho de 2012

Mixtape.

A internet matou o romance.

Então vamos lá. Não é novidade pra ninguém (é só ler, sei lá, 4 postagens aqui pra baixo que dá pra sacar) que eu estou apaixonadinha (o diminutivo é pra mostrar o quanto eu gosto de estar assim - nem um pouco). Aí vem todas aquelas mudanças de humor ("Nossa que merda de dia e...AI ELE PUXOU ASSUNTO PRIMEIRO MEU CORAÇÃO TUMTUMTUMTUM"), crises de ciúme (vou nem exemplificar de tão vergonhoso que é) e enfim. Aquelas bostas que quem está apaixonado sente. 
Ontem fui dormir meio pra baixo, determinada a matar a paixão (haha sim, sou esse tipo de pessoa que acha que amar é ficar vulnerável demais...). Metade de mim pensava "Garota, pare com isso. Seja normal! Apaixone-se! E vá comer alguma coisa, que essa frescura toda é fome" e a outra metade dizia "Se toca, é como se ele estivesse no Condado dos Hobbits e você em Mordor de tão distante que vocês estão... E ele não quer nada mais que amizade. Então pára com isso de 'sentimentos'" (sim, foi horrível dormir com essa disputa Gollum/Smeagol dentro da minha cabeça). Acordei estranhamente leve e desci pra assistir televisão (eu estava há 2 meses sem ver tv, porque minha vó estava aqui e tomava conta do sofá. Nunca mais quero passar por isso. Mesmo. Os bucólicos que me desculpem, mas eu preciso me jogar no sofá e ficar zapeando por horas) e parei pra assistir um show do Jamie Cullum (por quem aliás, eu nutro um amor desde os 15 anos. Mas ele é famoso e todo mundo sabe que músicos, escritores, jornalistas, cineastas e atores são como personagens de livros: é amor saudável). A última música do show se chamava "Mixtape" e falava sobre alguém que faria uma mixtape pra pessoa amada. E de repente eu me peguei pensando nisso da internet ter matado o romance. "Este não não é nenhum disco de MP3; é feito à mão, formado amorosamente", ele diz. E é isso, sabe. Com a internet você não tem certeza de nada. Você não sabe se a pessoa do outro lado da tela gosta de você de verdade. Vocês trocam mensagens, se falam pelo twitter, pelo facebook, trocam fotos. Mas não trocam olhares. Ele não te dá uma mixtape como o Cliff dá pra Torrence em "As apimentadas". Ele não fica na sua janela com um rádio em cima da cabeça tocando Peter Gabriel, como o Lloyd faz com a Diane em "Digam o que quiserem". Vocês no máximo trocam uma carta, quando um do dois é oldschool o suficiente pra gostar de cartas. 
Ok, vocês devem estar pensando que eu vi tanto filme dos anos 80/90 que comecei a pensar que a vida deveria ser produzida pelo John Hughes (eu acho que devia, mas enfim, ele morreu), mas sério gente. Amor já era complicado na época da Jane Austen, quando todo mundo só precisava se preocupar com casamento e dote. Hoje tudo é complicado. E nós ainda complicamos mais?
Não estou reclamando da internet, pelo contrário. Eu amo a internet por demais (meus downloads são a maior prova disso), mas sabe. Puta faca de dois gumes, a internet. "Facilitou" a vida de todo mundo. Mas em troca, criou o relacionamento à distância.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Truth is

I love you. Most ardently.




- How are you this evening, my dear? 
Very well... although I wish you would not call me "my dear." 
- Why? 
Because it's what my father always calls my mother when he's cross about something. 
What endearments am I allowed? 
- Well let me think..."Lizzy" for every day, "My Pearl" for Sundays, and..."Goddess Divine"... but only on very special occasions. 
And... what should I call you when I am cross? Mrs. Darcy...? 
- No! No. You may only call me "Mrs. Darcy"... when you are completely, and perfectly, and incandescently happy. 
- Then how are you this evening... Mrs. Darcy? 
[kisses her on the forehead
- Mrs. Darcy... 
[kisses her on the right cheek
- Mrs. Darcy... 
[kisses her on the nose
- Mrs. Darcy... 
[kisses her on the left cheek
- Mrs. Darcy... 
[finally kisses her on the mouth


(Tornei a ler Orgulho e Preconceito. E hoje, o livro não foi suficiente)


ps. os diálogos são do lindíssimo filme de 2005.

-

por favor, vá embora




por favor.

expectations

dei-te meu coração inteiro num piscar de olhos
e de ti não recebi nem um pedaço
nem os restos

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Para morrer, é preciso estar vivo.

Passei tempo demais catalogando objetos. Agora que saí do casulo e preciso enfrentar o mundo, machuco-me ao perceber que não consigo catalogar pessoas. Não posso. 
Tudo foi sempre muito fácil, sabe? Pegar um quarto bagunçado. Tirar tudo do lugar. Separar. Organizar do jeito mais fácil para mim. Da forma mais cômoda.
Depois vieram os sentimentos. Sempre muito grande o meu coração. Sempre muito amor pelo mundo. Depois o nojo. E vergonha. Vergonha de tudo. Vergonha de mim.
Nunca quis sentir. "É demais pra mim", pensava. Ainda penso. Tudo meu é sempre muito. É sempre incontrolável. Tudo me consome. 
Implodo. Desde sempre implodo. Os olhos fundos são só a ponta do iceberg. Grande Carandiru ambulante. Flores, vestidos e cores pra esconder minha podridão. Obsessão por amontoados de letras pra nunca ter que olhar pra mim mesma. Pra não ter que passar pela dura jornada da aceitação. 
Tanto vazio num segundo, tanta angústia em outro.

Esse nó na garganta é um aviso: estás viva, pequena.

Só.

Ele ainda gosta de outra? Deixe-o ser feliz com ela. Ele só está brincando com você? Se ele é feliz fazendo isso, tudo bem.


Ninguém nunca vai te amar.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

slicky guy

we were opening up
and then you ran away
i guess i'll have to do my best
to make you stay

yell

ninguém liga
quando você grita por socorro

domingo, 3 de junho de 2012

Down with love.

Quero mais não.






(agora é sério)