sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Meu ano, em lágrimas.

18/01/2010: Pequena garota parte para Londres. Chora no aeroporto de Brasília ao perceber que está viajando sozinha. Chora no aeorporto de Guarulhos por quase perder o voo.

Em Londres, chora durantes os 5 musicais que assistiu, quando conhece a casa da Jane Austen, no 1º pub em que os Beatles tocaram e em todos os museus que visitou.

No avião de volta pro Brasil: Chora assistindo "Paris, te amo", Nova Iorque, te amo" e "Um sonho possível". O fato de a aviação estar sofrendo uma crise causada por um vulcão, e do seu avião ter que fazer um desvio na rota e passar por zonas de turbulência o tempo inteiro, surpreendentemente não a faz chorar.

05/2010: Chora porque vai chegar em casa de madrugada e não ao meio dia, como esperado.

22/07/2010: Chora porque vai pra São José dos Campos, estudar.

Em São José: Chora porque uma das mulheres da casa em que morava expõe seus traumas, chora de saudade de casa e chora discutindo com os pais sobre seu futuro.

01/12/2010: Chora porque a esperam com três litros de açaí, em casa.

Em casa: Assiste Notting Hill pela sexta vez. E chora ao ouvir She, dos Elvis Costello.


Mamãe me disse que eu chorei praticamente três dias seguidos, depois que nasci. Eu só estou dando continuidade a uma tradição.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Por isso eu corro demais.

Sentada num banco velho, a bolsa de lado, as pernas cruzadas, um dos pés balançando, Ulysses nas mãos, os olhos se demorando em cada palavra, a testa franzida.
Corta caminho pelo parque, corre, corre, se tivesse acordado 15 minutos mais cedo, corre, corre, Telemachia, Odisseia, Nostos, Leopold Bloom, esbarra num banco, cacete! não, Calipso, desculpa moça, tô atrasado pra apresentação da minha vida.
Estira as pernas, respira fundo, eu sabia que deveria ter lido Odisséia primeiro, ai moço!, tá desculpado, cruza as pernas de novo, meu Deus manda alguém pra me explicar esse livro porque tá difícil. 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"I think I'm dumb"

Como a natureza nunca fez tanto sentido pra mim, eu nunca prestei muita atenção nela. As pessoas definitivamente nunca fizeram sentido pra mim, então eu só prestava atenção em algumas (nas estranhas, outsiders. Se eu fosse kardecista, teria quase certeza que Kerouac vive aqui, dentro de mim).
Até eu descobrir que só as pessoas estranhas conseguem seguir com a vida delas, e eu não. Parte de mim está presa na infância (alô, Freud!) e outra em março e agosto de 2007.
Então, com quase 18 anos de atraso, a natureza começou a fazer um pouquinho de sentido pra mim.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

"Sossegue, o amor é isso que você está vendo:"

Certo, eu vejo nada. 
Talvez seja porque eu estou procurando nos lugares errados, ou não procurando (mais provável).
Talvez seja só um dos mil padrões em que eu não me encaixo - e por mais que eu sinta muito orgulho de ser outsider, a dúvida ainda reina sobre mim.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Vou-me embora pra Pasárgada"

Eu podia dizer que todo dia faço tudo sempre igual, mas vai terminando o ano e e vou ficando irresponsável: faltando o 1º tempo de aula pra dormir mais, geralmente por ter ido dormir 00h na noite anterior (NOTA: eu sempre subo pro quarto as 21h, com a mesma frase "gente, vou cedo pra cama pra não capotar em cima dos livros amanhã". Como vocês podem ver, eu sou a rainha da enrolação). Então tecnicamente cotidiano não é bem a palavra certa pra descrever meus dias.
Fiz meu primeiro vestibular depois de todo o processo traumático do ano passado (não, ENEM não conta) e guess what? Cu (acabei de ler o Poema Sujo, ainda tô no clima). Agora estoy aqui, entre a cruz e a espada: não sei se comemoro por que vou mais cedo pra casa ou se fico triste por ter ido mal nas mesmas matérias de sempre. 
(É mentira. Eu sei quem está vencendo essa disputa interna, mas não é motivo pra orgulho.)
Eu sei, eu sei, você deve estar se remoendo pra perguntar: mas como assim você quer voltar pra casa, garotinha?
Quero porque quero. Porque não me agrada ter que aguentar pessoas que não são da minha família, escutar coisas que não quero ouvir, me sentir julgada por ser eu (revoltada & etc) e sem amigos. Tá certo que o meu Hemingway interior vai ser sempre maior que o João Paulo II (sei lá, foi a primeira pessoa extrovertida que me veio à mente) e não importa o lugar: I'll always feel friendless. Mas o que sinto agora? Big thing. Deve ser saudade dos meus livros (quem vê pensa que eu tenho 2 amigos de bosta, né? Que nada. São uns lindos. O problema reside AQUI).
E o vestibular, little girl? 
Eu queria excluir essa !!!!! da minha vida, pra parar se ser tão monotemática, mas enfim. Se não der esse ano eu tento ano que vem (descobri milhares de federais no interior de Minas Gerais que fazem prova no meio do ano, ninguém me segura). Sobre o curso, don't even try. Ainda estou em processo de auto-convencimento do que "é melhor pra mim".
O que importa é que eu aprendi muita coisa estando só (déjà vu, déjà vu), e descobri que até as pessoas mais radicais e intolerantes podem mudar pra melhor (no caso: EU). 

ps. tempinho que não tinha uma verborragia. Ê coisa boa!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tábula rasa, amor.

Virei a página, estava em branco. Estava cansada de escrever - as frases não ficavam retas e a letra era rabiscada -, não queria o meu feio, o meu erro. 
Queria o de outros.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Eu e Bukowski.

"Tudo o que era mau atraía-me:
gostava de beber, era preguiçoso, não defendia nenhum deus, nenhuma, opinião política, nenhuma ideia, nenhum ideal. Eu estava instalado no vazio, na inexistência, e aceitava isso. Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil."

sábado, 25 de setembro de 2010

Love, love, love.

Pra que falar de amor se existe um mundo lá fora? Pessoas morrendo - de fome, de saudade, de tristeza - e ela se pegava pensando em coisas tão mesquinhas, tão egoístas. E sufocava tudo o que sentia, sempre; até o dia em que a distância e a solidão foram mais fortes que sua razão. Era feita de amor. Todos somos, pensava. Mudam-se as causas e direções, mas amor é o que move o homem. É, amor move o homem - pensava. Talvez fosse coisa de mulher, talvez fosse coisa de mulher que idealiza tudo (mas preferia não acreditar nisso). 

Queria estar perto do seu coração.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ah, como eu queria

Não esperar reciprocidade.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Não sou eu.

PRECISO DE UM LIVRO! :(

Numb.

Aprendeu bem o sentido de "ignorar". Bem até demais.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Crescer é isso?

Saber que toda a escolha tem sua consequência e ter de lidar com ela, mesmo sendo ruim?
Vou ali na garagem, ligar o carro e me matar com monóxido de carbono e já volto (mais rápido e menos doloroso que esperar a vida me engolir).

Por trás das paredes amarelas.

Todos aqui em olham com olhos psicopatas, querem devorar minha alma. Perguntam constantemente se estou bem, se minha alma está boa, controlam meu corpo, preparam minha carne pro jantar. Querem menina macia, menina controlada, os canibais. Canibais, por todos os lados! Canibais, se escondem por trás de roupas comportadas, etiquetas, punições e "conhecimento"; condenam tudo que não seja casto, puro, santo, divino, católico, apostólico e romano. Estão me preparando aos poucos. E eu sigo, entre a dor e o torpor.

Amor, de Clarice Lispector.

Enxerguei o universo ao meu redor, calei-me e me enchi de um amor indescritível. E tive vontade de chorar.

Museu da Língua Portuguesa.

Ali. É. O. Meu. Lugar.

sábado, 21 de agosto de 2010

Podre de madura.

Aprendi a olhar os dois lados das situações. Me sinto 45698 anos mais velha.

Sobre-vi-vendo.

5:20, é hora de levantar. Banho, jeans, tênis, bolsa, café - sem café, senta e espera. Trânsito, escola, aula. Intervalo. Aula. Intervalo. Aula. Almoço. Aula. Intervalo. Aula. Casa, sala de estudos, jantar, quarto, banho, cama.
Não sei o que é dormir direito, ter uma hora pra comer, liberdade de expressão, livros, filmes, não ter dor nas costas, não me sentir entorpecida, dar um abraço, falar "eu te amo", me olhar no espelho, cantar alto e falar palavrão.
Mas hoje eu tirei folga. Ai folga. Fui tomar um açaí, passear no parque e ao barzinho - com gente que conheço há menos de um mês. Amanhã vou ao cinema. Vou comprar um livro. Pra ver se vivo um pouquinho.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Estático.

Ele sonhava constantemente que estava mudado e que surpreenderia a todos, mas não fazia nada para mudar.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

I'm so happy.

Quando eu tinha 12 anos, escutava "All cheerleaders die" quase todos os dias. Eu sei a letra toda até hoje, mas meu ódio pelas líderes de torcida passou. Quer dizer, eu nunca nem conheci uma líder de torcida, só a imagem que os EUA vendem delas. Mas eu tinha muita pré-adolescência e revolta dentro de mim (tinha?) e minha frustração comigo mesma tinha que ser direcionada pra algum lugar (ou alguém).
A ironia do universo, o tapa da sociedade na minha cara, a volta do mundo, é o fato de hoje eu saber as falas e músicas de todos os 5 filmes das Apimentadas e imitações. E ficar eufórica durante e depois do filme. Hoje, líderes de torcida me fazem feliz.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Just when I thought it was over

The world's hell. My parents' hell. My brother's hell. My friends' hell.
Mix it all and you have one big hell: mine.

Sinto como se todas as carapuças do mundo servem em mim. Sou egocêntrica? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez

sexta-feira, 25 de junho de 2010

"Make'em laugh!"

Não aguento mais ler os mesmos livros.
Eu sei que ao invés de reclamar dos meus livros, eu deveria, sei lá, estudar; mas eu sempre tenho uma desculpa (e a dessa semana é que eu estou doente. Estou mesmo. Eu nem como mais nada e olha que pra me tirar a fome só sendo doença muito ferrada). Enfim, livros. Eu tenho que terminar The sweet far thing da Libba Bray, mas é o último da série. E toda vez que eu leio uma série rápido demais, eu sinto um vazio no peito (sério, eu juro que sinto um vazio poético), como se uma coisa muito boa fosse arrancada de mim de repente - mesmo que a série seja uma porcaria. Talvez seja por que eu sempre tenho que ver uma coisa boa em tudo e todos. É, eu "descobri" isso um dia desses. Tentei esconder por anos essa meu lado Pollyana, mas eu sou uma daquelas pessoas que tem que sentir algo bom pelo mundo - nem que seja pena. Ok, pena tecnicamente não é uma coisa boa, mas também não chega a ser ruim. Fica ali no meio termo. Mas então, a série. O livro está aqui pertinho da minha cama, mas eu só consigo ler duas páginas por dia. E também não consigo ler outros livros. Nenhum consegue prender minha atenção. Idem pra filmes. Eu sento no sofá pra assistir qualquer coisa e zzzzzzz, durmo na metade. Minha mãe diz que é ócio em excesso e eu comecei a acreditar que sim, até me dar uma vontade louca de ler O segredo de Emma Corrigan. Só pra constar: O Segredo de Emma Corrigan foi um livro que marcou a minha vida por ser um livro lido em hora inadequada - dois dias antes de uma prova importantíssima (mas eu juro que as gargalhadas que eu dei compensaram cada X vermelho daquela pova de física). Então eu fiquei "espera aí, esse livro marcou minha alma ociosa, se eu estivesse realmente cansada de ócio eu nao pensaria nele". Certo?
Não sei se é certo ou não, só sei que ando analisando tudo psicologicamente. Ontem eu passei 40 minutos pensando nos casamentos da Britney Spears e da Christina Aguillera - por que a Britney escolheu um "bad boy" pra ser ser primeiro marido sério, o K-Fed e por que a Christina casou com um cara que parece ser um pau-mandado que faz xixi na calça a cada agudinho dela. Não, eu não encarei esses 40 minutos como tempo perdido, mas como um aprendizado. Pollyana já dizia que de tudo nós tiramos uma lição (mentira, eu não lembro se ela dizia isso porque eu li Pollyana com 9 anos. Eu só lembro que achava a Polly girl irritante). 
E os filmes. Na natureza selvagem, A culpa é do Fidel, Crime e Castigo... Todos me esperando. Agora, pergunta se eu assisti No balanço do amor 1 e 2, Um casal quase perfeito 1, 2 e 3 e No ritmo dos sonhos 1 e 2 esses dias. Certa a resposta. Não só assisti como sonhei que era a protagonista (não me matem, eu só tenho 17 e muitos hormônios).
Ok, back to my point. Nã estou cansada do ócio, estou cansada de densidade.
Mesmo.
Minha médica me passou serotonina, duas vezes por dia and I would make three. Minha cabeça pensante está cansada de pensar em morbidez. Alright, eu sempre falei mal de pessoas efusivas e etc, mas dar um da Woody Allen/Nietzsche/Camus 24 horas por dia não dá mais. Eu preciso rir de algo que não seja ácido. Plain and inocent fun, that's what I need. E vou atrás disso.

ps. Assisti a cinebiografia do Falco e MEU DEUS preciso assistir Amadeus só por causa de Rock me Amadeus, mas quem disse que eu acho? As locadoras dessa cidade evaporaram e eu morro de preguiça de baixar.
pps. Amanhã terei certeza da moradia em São José dos Campos. Cross your fingers.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Engraçado né?

Isso de ser mulher.
Pena que não manjo.

Teenage angst.

Eu deveria estar exultante por estar saindo de casa. Porque sei que se eu realmente for "atrás do meu sonho" (que eu não sei exatamente o que é, mas é bem grande), as circunstâncias não vão me deixar voltar pra esse lugarzinho do meio da floresta. Mas junto com o alívio de não ter mais pai e mãe sempre na minha cola, vem uma angústia gigante.
Porque eu vou ser a pessoa que fica sempre na minha cola.
Não que eu não me pressione - eu já faço isso demais. Só que do jeito errado; então eu acabo virando uma pilha de nervos por motivos não tão importantes e fico sem foco para as coisas e importam e blá blá blá eu já estou parecendo meu pai (falando em "coisas que importam": eu não consigo explicar pra minha mãe que isso é relativo. Um exemplo: os filmes da Bette Davis são marcos na minha vida, e minha mãe nem sabe quem é Bette Davis). Mas enfim.
Eu só consigo sentir uma angústia gigantesca, maior do que toda a angústia que eu já senti na vida. Porque meus pais estão fazendo um puta investimento e eu corro o risco de sei lá, NÃO PASSAR no vestibular ou pior: nem descobrir o que eu quero de verdade até o final do ano. Eles dizem pra eu parar de me preocupar e começar a estudar em vez de ficar lendo livros velhos e assistindo filmes, mas assim eu sou. Eu sinto medo e fujo (mas isso todos nós fazemos, não? Quer dizer, é instinto. A primeira coisa que vem à cabeça) - das responsabilidades e tal. Not my fault if I'm irresponsible, but I'm doing all I can to change this.
Já estou matriculada na escola, já tenho noção de como as coisas funcionam ("Revolta e sinônimos são palavras que deverão sair do seu vocabulário, Umáyra. Querer ser revolucionário é coisa pra menino de faculdade - ou não"), só falta ser aceita na pensão.
Mas eu estou com medo. Do novo, de estar só, de ter que mudar de verdade pra alcançar uma coisa que eu nem sei se quero... O que diferencia as pessoas é a coragem delas pra seguir em frente, eu sei. Mas sentir medo é ruim pra caramba.


ps. É tudo clichê (as usual), mas é tudo que eu sinto.

sábado, 12 de junho de 2010

Feriado de mim mesma.

"I like throwing my voice and breaking guitars
Cause it doesn't remind me of anything
The things that I've loved the things that I've lost
The things I've held sacred that
I've dropped I won't lie no more you can bet
I don't want to learn what I'll need to forget."
(Doesn't remind me - Audioslave)


Tirei férias dos outros. De mim não.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Um passo de cada vez.

4 semanas lendo os mesmos livros, de novo, de novo e de novo. Gravando filmes e não os assistindo. Ensinando matemática básica pra conhecidos duas vezes por semana. Tentando aprender física toda segunda, quarta e sexta. Abrindo a revista de biologia do ENEM todos os dias, sem sair da página que fala sobre vírus. Tentando não ficar nervosa por causa de toda essa coisa de lugar pra morar, ter que estudar de verdade (porque o que tô fazendo agora né hehe tá longe de estudar), o curso que eu escolhi sob pressão e tal. Just going with flow.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Only human.

As pessoas vem e vão, deixam cartas, bilhetes, emails, marcas e números de telefone. Eu queria ser um número de telefone bem fácil de apagar - porque consigo apagar outros números com facilidade. Não é que não me importe com as pessoas. Eu sou apenas como o Dr. Manhattan. Eu não quero me importar - mas humanos serão humanos. Minha humanidade é minha fraqueza.


ps. botaram olhão na minha ida pra Curitiba, shame on you world. I guess I'll have to find another place.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Contraditório.

Ah
se o mundo se enxergasse com meus olhos...
(começando pelo espelho).

Auto-conhecimento que confundo com egocentrismo.

Disseram que eu era gigante. Disseram que eu tinha um coração grande. Disseram que eu tinha a alma bonita. Disseram que eu era sentimento. Disseram que eu era conhecimento. Disseram que eu era equilíbrio. E eu senti.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Decisão.

"Curitiba é o local de nascença, moradia e principal inspiração temática do escritor Dalton Trevisan, um dos mais lidos contistas contemporâneos da literatura brasileira. Além disso, a cidade é o berço do controvertido escritor, poeta e compositor Paulo Leminski, autor da antológica obra em prosa experimental Catatau, tida por muitos críticos como excessivamente hermética e críptica, mas não menos genial. Também curitibano foi o boêmio, poeta satírico e imortal da cadeira nº 20 da Academia Brasileira de Letras Emílio de Meneses (1866-1918)[83].

Em Curitiba está a Biblioteca Pública do Paraná, fundada em 1857 e com acervo de quase quinhentos mil livros. A cidade dispõe também do Farol do Saber, uma rede de pequenas bibliotecas espalhadas por diversos bairros."

Ready or not, here I come.









segunda-feira, 31 de maio de 2010

Take me away.

O "pra onde eu vou?" não tinha um significado profundo, como muitas vezes teve. Era relativamente simples - se é que alguma coisa é simples pra pessoas de 17 anos. Três cidades. X e Y eram próximas do centro de tudo. Z era praticamente a Cidade dos Poetas. X a deixaria mais próxima da sua vida social cibernática. Y de seus velhos colegas. Z de gente completamente nova. X, Y e Z. Qualquer variável só daria resultado se fosse combinada com estudo; porque ficar parado olhando pro nada e pensando no que fazer não resolve as coisas. Não sabia o que fazer, mas faria algo - mesmo não tendo certeza de nada.
Só sabia que queria ir embora dali.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Unhidden secrets.



Né.



E meus anos de análise durante os anos de escola estão aí pra provar.




São sempre as pequenas coisas. Sempre.


Vão ser sempre os únicos amigos confiáveis. Confiáveis no sentido de me entenderem. Quem lê, escreve e pensa, não é normal. E é muito bom achar companheiros de anormalidade.



And last but not least.



Adoro Post Secret. É a certeza de que não estou sozinha.

ps. Acho que esse down todo, está sendo causado pela minha volta. Duty calls me.

domingo, 2 de maio de 2010

People cry and people moan.

As coisas só são boas quando existe reciprocidade. Nem que essa reciprocidade seja com você mesmo.


Caí e junto veio meu amor próprio e tudo mais.

Drowning in a lake of fire.

Eu preciso aprender a ser só.

Tentei de tudo. Ballet, piano, escola, clube de leitura, orkut, facebook, msn, twitter, skype, analista, remédio, intercâmbio cultural, bate-papo, bilhetinho, cursinho e coral.
Nunca consigo trocar mais que 20 palavras com as pessoas. Fazendo esforço ou não. Se fosse adolescência, não tinha começado na infância. Ninguém pra culpar - sem essa história de fases -, a não ser eu mesma.
Carrego comigo todos os clichês do mundo: e esse, de ser feita pra solidão é o maior deles.

domingo, 25 de abril de 2010

Para, que eu quero descer.

Sobe. Desce. Sobe. Desce. Termina lá embaixo. Eu, tonta. Lembrando dos altos. Termino no baixo.
Viver é vertigem.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vontade de ser João.

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
(Quadrilha - Drummond)

Calma menina. Colocar post-its nas folhas velhas, lembra? "Hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será."

Bittersweet.

Cercava-se de doces. Perfumes, cremes, cores, aperitivos, pessoas - todos doces. Não sabia se era doce e queria ser amarga ou se era amarga e queria ser doce.
Porque todo mundo esconde uma parte da alma.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sonho.

Desconhecido. Palmas suadas. Mãos inquietas. Palavras e palavras e palavras - palavras que terminaram em acões. E de repente os poetas fizeram sentido.

domingo, 11 de abril de 2010

"O que está escrito em mim / comigo ficará guardado."

Queria apagar todas as folhas do caderno. Comecou. Depois de várias páginas, percebeu que as folhas ficavam marcadas.
Pensou em arrancar. Mas isso deixaria o caderno fino e feio.
Rasgar? Não, o perfeccionismo - que só existia em se tratando de cadernos e canetas e palavras - não deixaria.
Colocou o caderno no chão, deitou na cama e ficou a observá-lo. Precisava decidir o que fazer com aquele amontoado de celulose.
Não usaria mais cadernos. Agrupamentos, cola e arames estavam complicando ao invés de facilitar.
Usaria folhas soltas.
Guardaria o caderno no armário.
E grudaria um post-it colorido com um smile desenhado em cada folha que não fosse do seu agrado. Pra esquecer o que tinha escrito, mas lembrar que marcas ficam - de qualquer jeito. 

sábado, 10 de abril de 2010

Lembra?

lembra amor daquela tarde daquele verão daquele sorvete daquele girassol daquele catavento daquele gato angorá na tampa da lata de biscoitos daquele uivo certeiro daquele amor no sal do mar daquele fogo de fim de tarde daquele beijo de cabeça pra baixo daquela pedra daquela lua daquele filme daquela música daquele frio no alto da ladeira daquele gosto de suor e cidra daquela vertigem daquelas crianças envelhecendo depressa daquele jeito de olhar entre as grades do portão daquela vida amor lembra amor lembra amor lembra?


http://carlosmoreira-silencio.blogspot.com/

Uma das únicas coisas boas que vou levar da escola. Bom professor, eu não posso negar, era.

Lembrei daquela aula no primeiro ano, em que ele falou de "Sentido". Que a galera jogou na internet como se fosse do Mária Quintana. Lembrei de como a opinião dele sobre isso variou, nos três anos que ele me deu aula. Lembrei da aula em que cantei Tribalistas e ele me contou que conhecia Arnaldo Antunes. Que teve aula com Alice Ruiz. Do sorriso sacana no rosto dele ao dizer isso. Do sorriso sacana que ele mantinha no rosto o tempo inteiro.
Mais da metade do que eu sei sobre literatura foi ensinado por ele. E por mais que na maior parte do tempo ele fosse um escroto - ou quisesse mostrar pro mundo que era assim; a mim ele não enganou, nem deslumbrou - he was a hell of a teacher. E nessa fase amável e diabética da minha vida, não custa nada agradecer.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Esponja emocional.

Não precisa ser o fera da psicologia pra saber que eu tenho problemas. Problemas comigo e com o mundo. Não é grande coisa para os outros, mas são meus problemas e todo mundo tem o direito de dar uma choradinha e uma dramatizada. As vezes eu acho que essa minha busca louca pela auto-realizacão é como uma boa dose de fermento pra toda a coisa, mas passa quando abro os olhos para o mundo.
Eu quase morri quando não passei no vestibular ("quase morri" haha, percebe-se), mas em seguida fiquei sabendo do Haiti. Vim pra Londres e só falavam em Haiti nos jornais, na sala de aula, no metrô... E chorei sozinha, assistindo às reportagens da BBC que falavam sobre o assunto. Me dá um nó na garganta toda vez que eu lembro da imagem de um guri esmirradinho que ficou uma semana soterrado e levantou os bracinhos, como quem grita vitória, quando foi socorrido. Chorei de tristeza pelo povo e por me sentir impotente. Contei isso pra um amigo e ele falou que era besteira minha, que eu devia parar de me preocupar demais com os outros.
Logo depois, quando que não passei no vestibular de novo (aquela história do ENEM) aconteceu o terremoto no Chile. Same situation, same feelings.
Hoje eu não tenho tristeza dentro de mim, mas eu tenho uma puta indecisão - por ter muitos caminhos, por ter muitas oportunidades - e não saber qual escolher. Aí eu vejo um vídeo de uma menina de 8 anos que mora em Niterói, e perdeu toda a família. Que fala que queria ira pra escola mas não dá, então ela está "lendo os livros que tem". Que vai morar duas semanas com a avó e com a tia, mas depois não sabe o que vai fazer. Que vai viver a vida dela.
E eu aqui, me sentindo indecisa em libras, com uma família estável que me ama e está a minha espera.
Como não me sentir tocada por isso? Como não me sentir impotente? Como não me preocupar?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Rainha dos clichês.

Identifica-se e quer amizade. Achava estranho esse costume, até parar pra pensar. Relacionar-se - de todas as formas - é viver. Acordou pra vida aos 17.

domingo, 4 de abril de 2010

"Descobertas" da última semana.

Auto-conhecimento não é sinônimo auto-controle, "as grandes convivências estão a um milímetro do tédio", querer falar sobre si mesmo é vício, não estou imune ao ciúme.


Mas me controlar que é bom...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Dúvida.

Esse masoquismo é só meu ou é uma característica de todos os homens?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Entendi!

Eu quero calor.

(e nem é mentira)


ps. Coloquei meu nome no perfil do blog. Acho que ninguém vai entender o que isso significou para mim.

About a girl.

Acordo. Ao tirar o cobertor de cima do corpo, sinto mais frio que o normal. Meus olhos quase não abrem. Londres é ensolarada quando não deveria ser - se a cidade é cinza, podia ser cinza só em certas alturas do dia, como o final da tarde e a noite. Me arrasto até a sala, onde meu copo de leite está a minha espera. Eu cresci muito em dois meses, mas o café nunca vai entrar na minha vida. Sempre serei a crianca do cereal-acucarado-com-leite, pão-com-nescau. Jogo-me no sofá e ligo a televisão. Não. Não é dia pra televisão.
Comeco a me preparar psicologicamente pro banho. É sempre assim, mas eu sinto que vai ser pior. O banheiro é frio, apesar de o aquecedor estar no máximo. Sinto meu pé queimar quando entra em contato com a água quente. Terminado o banho, vou ao ritual das roupas. Nunca tive problemas em relacão a roupas. Eu só escolhia e pronto. Mas agora eu não. Por mais que eu saiba que vou esconder minhas roupas com o casaco, eu me demoro. Jeans. All star. Alguém muda de canal, pra MTV. Toca "The man who sold the world", interpretado pelo Nirvana. Isso. A música, o tempo, as cores, meu humor. Pego minha camisa de flanela. Xadrex azul, do tipo que minha mãe não compraria nunca para mim. Visto. Olho-me no espelho. Sinto.
Kurt Cobain gastava 500 dólares com heroína por dia. Tomava doses cavalares de lítio. Foi uma das maiores montanhas-russas emocionais da história. "Lithium" e "Negative creep" estão aí pra provar. Eu não faco nada disso. Eu sou bem normal, se me comparo com ele. Eu tenho meus vícios, minhas drogas alternativas. Minhas palavras e meus medicamentos que constantemente me consomem. "O que me nutre, me destrói", Nietzsche dizia. E eu sabia que seria destruída, se procurasse a salvacão para o meu dia cinzento em uma das minhas drogas alternativas.
Assim que me olhei no espelho senti algo diferente. Aquela roupa, aquela cor nos lábios, aqueles cabelos rebeldes. Esse era o meu lítio do dia. Aquela camisa de flanela xadrex azul era minha salvacão.

domingo, 28 de março de 2010

Mas as pessoas na sala de jantar...

Eloá, João Hélio, Suzanne Von Richthofen e afins. Não estou comparando um caso com outro, mas tentando mostrar a ligacão entre eles: a mídia.
Que a mídia no Brasil não é imparcial nós sabemos. Mas a situacão atingiu o máximo na escala de nojo com o caso Isabella Nardoni.
Não vou escrever nada grande, até porque minha opinião de menina radical que se fosse jornalista seria de contra-cultura nadando contra corrente só pra exercitar é bem explícita. Mas que fiquei chocada quando vi uma multidão soltar fogos de artíficio com a condenacão do casal Nardoni, eu não nego. Manada, foi a única coisa que passou pela minha cabeca. As pessoas se acharam no direito de julgar duas pessoas, sem levar em consideracão que os dois tem dois filhos e uma família. Eu sei, que eles se eles forem realmente culpados (ó Deus, perdoai-me por pensar em cursar Direito e não acompanhar o caso Isabella Nardoni. Perdoai-me pois pequei como cidadã e pré-vestibulanda) eles praticamente acabaram com a vida não só da menina como dos familiares. Mas eu acho que antes de julgar qualquer coisa ou pessoa, deve-se analisar a situacão de vários ângulos. Não digo que não foi bem feito. Só não concordo com a forma que o povo se manifestou. Irracional.
E tão nojento quanto o povo, foi a mídia. Alcatéia. Não sou a melhor pessoa pra opinar sobre opinião (pelo meu radicalismo), mas sei que no Jornalismo sério, a imparcialidade é essencial. Dia desses, ao terminar de assistir uma entrevista com a avó materna de Isabella, notei que nenhum site ou canal televisivo procurou a família do casal. Se procurou, foi tão insignificante que nem eu - esponja de informacões - lembro. Imprensa marrom é pouco.
Panis et circenses é pouco.

Mudanca completa é radical demais. Até pra mim.

- O que eu posso dizer? Eu tô mudando.
- É, quem diria, né...
- Eu te falo isso, mas eu sei que você sabe que eu sempre fui capaz. Você sempre me disse isso, mas eu nunc...
- Aham, QUEM-DI-RIA...
- Filho de uma égua, tá só rindo da minha cara!


Aquele tipinho que te conhece mais que você.

Agora eu tô bem louca.

Vertigem. Tudo girando, girando, girando, girando...

sexta-feira, 26 de março de 2010

Nada.

NaCl, H2O.




Nada.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Museu de grandes novidades.

Feche a página se quiser algo sério. Isso vai ser só um desabafo.


Sei que já disso isso. Milhões de vezes. Pra quem quis e não quis ouvir. Mas a adolescência é - não sei me expressar de outra forma - a fase mais fodida da vida. Se você não concorda, provavelmente é um inconsequente que se encaixa. Eu não.
Tudo comecou quando os meus pais não bombardearam com com glitter e cor-de-rosa na infância. Enquanto as minhas amigas assistiam Cinderela e afins, eu assistia Mogli, Rei Leão, anime e Pernalonga e Patolino. Minhas fantasias de carnaval eram de bruxa e cigana, nunca de princesa. Com o tempo, eu comecei a odiar rosa, frescura e qualquer outra coisa que lembrasse de longe feminilidade. Meus amigos eram meninos e eu de certa forma queria ser como um menino. Não queria ser zoada, pagar de fraquinha. Meu orgulho não deixava.
O primeiro choque veio aos 10, quando era descobri que era menina. Primeiro sutiã, essas palhacadas. A responsabilidade que um maldito pedaco de pano trouxe foi quase insuportável. Eu não podia mais querer ser menino. Eu tinha que ser feminina. Eu tinha que ser como as Barbies que sempre brinquei (depois dos vestidos e cabelos impecavelmente arrumados, única coisa de menina da minha infânica). As cobrancas vieram de todos os lados. Mãe, amigas, escola. Só meu pai me entendia. Só meu pai sabia que o meu mundo era perfeito do jeito que estava, cheio de livros e cadernos.
Mas eu tive que mudar. Foi duro na época, eu lembro. Levantava os punhos e gritava contra esse tipo de sistematizacão sempre que podia. Mas mudei.
Aos 12 eu tive minha primeira desilusão de amigas. Aos 13 a segunda. Aos 14, a terceira e pior - aquela que me mudou completamente. A Umáyra de hoje não tem uma fibra da Umáyra de antes dos 14. Marcas profundas. Soa falso, extremamente dramático e exagerado, mas cada um lida com as coisas de modo diferente.
Os livros, se tornaram meus livros. Meus amigos, meus amantes. Parece papo de gente velha que tem sua própria biblioteca, eu sei. Mas só neles eu podia confiar. Os livros me apresentaram ao cinema, que me apresentou à boa música. A boa música me fez sentir (mais) revolta, e me tornei radical em relacão a tudo. Eu tinha muito menos que duas décadas de existência e ninguém me segurava.
Além de entrar em conflito com o mundo, entrei em conflito comigo mesma. Eu, pequenino menino wannabe, comecei a ter sentimentos por alguém. Uma das únicas coisas na vida que não me atingiu precocemente. Tive vergonha. Vergonha porque nenhum radical pode sentir nada, além de revolta. Eu não era eu, eu era o instrumento de uma idéia. Vergonha porque não podia quebrar meus votos de ser pra sempre imune a esse tipo de coisa. Então escondi.
Aos 15 reaprendi (?) a confiar em alguém. Acalmei a militante que existia dentro de mim. Aprendi a ouvir, aceitar, esperar, ter paciência, fingir. Sozinha. Convivi com alguém que sugava o pouco positivo que eu tinha. Firme, forte, rocha. Virei rocha. Tinha sangue quente suficiente correndo nas veias pra me sensibilizar pelos outros, mas nervos de aco em relacao a mim mesma.
Os 16 chegaram, meu último ano de escola chegou e com ele a expectativa da quebra de rotina. De futuro. Assustador e sombrio, mas excitante. Foi um inferno. Inferno porque a aparência - aquela coisa tola e inútil - contra quem eu sempre lutava em silêncio, resolveu vir à tona. Não aguentava mais estudar coisas que não me traziam solucões. Tudo me sufocava. Tudo.
Contei o que sentia pro meu amor platônico. Primeira vez na vida que contei o que sentia. Primeira vez na vida que fiz algo sem pensar. Frustrei-me.
Não sabia o que fazer. Queria viver de leitura, viver de escrita, viver de palavras. As palavras me construíram e reconstruíram, e com isso cheguei à conclusão de que eles eram minha vida. 
Se não fossem as palavras, queria que fossem as pessoas. As pessoas são egoístas, é verdade. Mas eu queria ajudá-las. Eu também era uma pessoa.
Não decidi. "Não sei, não sei", não passei no vestibular. Desmoronei. Chorei por três dias seguidos. Não quis ver ninguém. "Fugir" era a única saída, não importava como. E mais uma vez, as palavras me pegaram no colo e me fizeram enxergar as coisas como são.
Fugi. Me despedi de alguns, porque minha mãe me obrigou. Estava tão eufórica que não me importei. Eu, Umáyra-neofóbica, eufórica com algo novo. Estava mudando de novo e não percebi.
Experimentei tudo que pude, procurei dizer "não" o menos possível, conheci coisas novas e me permiti sentir.
Fiz 17 longe de casa e tudo virou possibilidade.
Ainda me sinto lixo, montanha russa emocional, não sei o que fazer, não sei onde vou morar, não sei nada do futuro e não planejo mais nada.
Pela primeira vez na vida, eu só sinto. Há dois meses eu não sou barroca, não sou realista, não sou romântica, nem me atrevo a dizer que sou árcade.
Eu só sinto.
E é libertador.

Eu sei que não vivi o suficiente pra saber o que é realmente se foder e não sofri de verdade, mas como eu disse, cada um lida com as coisas do jeito que sabe. Minha adolescência vai terminar oficialmente daqui a pouco, mas eu não sei se vai acabar dentro de mim. Talvez com análise, talvez sozinha. Talvez tudo isso seja fase e eu só não enxergo saída porque estou olhando as coisas pelo ângulo errado. Talvez eu devesse fazer útil a velha rabugenta de 70 anos que existe dentro de mim. Não sei. Por enquanto só vou seguir meu lado direito do cérebro.

(Por enquanto, Enjoy the silence, Wrong, Peace will come to me, Mastigando Humanos, Meg Cabot, Nora Roberts, Álvaro de Campos, Paulo Leminski, Charles Bukowski, Bakunin, Jane Austen, Rock n Roll. O que salvou a minha vida diversas vezes).

O que eu sinto, sem melodrama,

A quantidade de doces que eu comi em Londres é maior que a quantidade de doces que eu comi em toda minha vida;
Eu atendi milhares de telefonemas e não entendi uma palavra do que estavam dizendo;
Eu fico na internet e assisto canais de clipes como se estivesse em casa (compulsivamente);
Eu nunca comprei tantas coisas pra mim como eu estou comprando aqui;
Eu li 15 livros em 2 meses;
Eu chorei de emocao na Casa da Jane Austen, nos musicais que assisti e quando vi Picassos originais;
Quando eu vou a Candem Town tenho vontade de cantar Sex Pistols de tão feliz que fico;
Toda vez que eu compro um livro eu tenho vontade de sair dancando pela calcada;
Eu tenho vontade de comprar tudo que acho bonito;
Eu queria poder visitar todos os museus da cidade, mas são muitos e eu tenho que escolher alguns. Pra não me sentir mal por isso, eu não olho pras placas de museus nas ruas;
Eu comi coisas de metade dos países do globo, mas não largo a minha culinária brasileira por nada;
Estranha, geek e bookworm são adjetivos que definitivamente se aplicam a mim;
Eu pensei em fazer identidade falsa pra conhecer a vida noturna de Londres, mas depois de olhar as fotos das festas dos meus colegas de turma eu desisti;
Mesmo podendo beber (por estar longe dos meus pais) eu só provei cerveja, tomei meio copo de whiskey e algumas tacas de vinho;
Eu descobri que tenho capacidade de fazer tudo, sem ajuda de ninguém. E agora vem o clichê: é só querer;
Eu só sinto saudades do meu país de vez em quando;
Idem pras pessoas, família, rotina... Mas acho que é só porque eu não paro pra pensar nisso;
Eu não fiz nenhum amigo estrangeiro (até porque estrangeiro é frio e ponto final);
Eu descobri que apesar de ter muita europa na cabeca, meu sangue é latino (ele só é europeu quando eu comparo com o das pessoas MUITO latinas*);
Eu queria poder estudar aqui ou em NY (oportunidades de ir pra NY é que não faltam);
Eu queria poder me desligar de metade da meia dúzia de amigos que eu tenho.

*como uma pessoa pode ser "muito latina"? Só sendo pra saber.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Meu lado direito do cérebro.

Estava sendo consumida pelo marasmo. O tédio comia suas horas, por mais que tentasse ocupá-las com atividades diferentes. Não, não chegava a ser spleen. O Spleen acontecia naqueles meses de julho, dezembro e janeiro, quando o sol se tornava lenda de tão enfurnada em casa que ficava. A coisa toda era nova e lenta. A euforia de experiências novas estava sendo sugada, nutriente por nutriente.
Não lembrava da sensacão do abraco. Não que fosse hugaholic, ou algo parecido. Era conhecida por não gostar de abracos. Não fazia questão. Quando abria os bracos involuntariamente pra oferecer calor e alguém a lembrava disso, sentia vergonha (não aquela vergonha que deixa as bochechas vermelhas e as pessoas mais atraentes. Não fora feita pra ser atraente - em nenhum sentido). Achava que se sentiria em casa, naquele país frio e (supostamente) educado. Mas se sentiu só. Sentiu-se latina, alma latina, sangue latino.
De vez em quando sentia vontade de contato. Pele com pele. Pêlo com pêlo. E sentia o amor se irradiando dos outros. O problema estava a acontecer com ela, que se mostrou ser explosão de amor. Só a sua mente era européia e nem esta, por completo.
Ganhou alguns mimos da companheira de quarto. Nada grande. Leques, cartas, hashis, biscoitinhos, um ursinho de pelúcia, um caderninho da hello kitty e outras maravilhas inúteis vindas do Japão. Agora toda vez que vê o grande "Hug me" nos pés do pequeno teddy bear, sabe que tem um grande coracão. Grande, mole, doce e quente. Por mais que tenha passado 17 anos da vida negando.

"coração
PRA CIMA
escrito embaixo
FRÁGIL"
(paulo leminski)

terça-feira, 23 de março de 2010

O maior clichê ateu do mundo.

Eu sou uma página em branco.


Branco que me dói os olhos.

Fez-se a luz.

O oceano que escondia meu iceberg se abriu. Se foi Moisés ou eu não sei. Só sei que o meu profundo é quente, é luz e silêncio. Não é um iceberg, é um vulcão. O iceberg é só a ponta. O oceano saiu, lembra? Não precisa mais ter vergonha de ser vulcão, de ser paixão. Gelo com uma camada de acúcar, eu proclamava. Mentia. Acúcar e mel com uma camada de gelo. Gelo que teima em existir.
São como milhões de pequenas epifanias. Como aquela da dona de casa de "Amor", da Clarice Lispector. É notar-se e notar o mundo. É êxtase e melancolia ao mesmo tempo. É saber todas as respostas e esquecê-las. É descobrir que o amor dentro de você é tão grande que não cabe.
Pisco os olhos e acabou. Fim. The end. Finito. Não sei se existiu ou não. O "se" vai ficar marcado pra sempre na ponta do iceberg. "Soprar a vela do dia" é o que me resta.

Ironia ter encontrado a luz na escuridão.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Fico.

Mais um mes nesse pais que me engana os sentidos e sentimentos.

"nem mais, nem menos
o tempo que temos:
este instante"
(Rodrigo G.)

Ne?

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Valentine's day?

Chocolate, Museu de Historia Natural, Museus da Ciencia, assistir Valentine's Day e dormir. Segunda feira vou a Notting Hill, me encontrar com meus amantes e amores enternos, numa livraria qualquer.

You're not hardcore, unless you live hardcore.

"16 anos? Coragem sua, passar tanto tempo longe dos pais!"; "Voce nao parece ser adolescente rebelde. Parece menininha.; "Pintar seu cabelo de verde e azul? Nao sabia que voce era revoltada assim!"
ARGH, odeio minha cara metade de crianca, metade de adolescente. Espinhas e olheiras (das noites viradas com livros e filmes) nao ajudam.
Tenho preguica de escrever sobre Londres. Tudo aqui eh diferente do que eu estou acostumada (inclusive essa BOSTA DE TECLADO). A comida eh um nojo, mas eu tenho que provar de tudo. Os teatros viraram meus melhores amigos - meu primeiro musical: Sister Act. Chorei mais que tudo; acho que soh quando desceu a cortina eu percebi onde estava e o tamanho da oportunidade que meus pais me deram. Os museus (free!), os lugares que eu mais queria visitar, nao me decepcionaram.
Mas como nem tudo sao rosas (cliche), tudo aqui eh longe. Eu tenho que acordar as 6h da manha, estudar (mesmo tendo estudado 9 anos de ingles, HA), fazer tarefa, pagar por tudo (e que cidadezinha pra ter tudo caro, my God) e o pior: passar um frio inf(v)ernal.
Logo eu, macaquinha amazonica, acostumada com temperaturas altissimas, umidade e falta de vento. Aqui chove, venta, neva, faz um frio (do cacete) e em todo lugar tem aquecedor. Bomba gripal, definitely. Resultado: duas semanas e meia doente, medico e uma caixa de codeina.
"I'll get used to it!" eu repeti varias vezes, ate se tornar uma verdade. Hoje, 4 graus pra mim eh quentinho, e eu chego ate a sentir calor em alguns lugares (como a Gap do shopping Westfield. Serio, deve fazer uns 15 graus la dentro).
Fiquei colega de gente de tudo que eh lugar do mundo. Japao, Belgica, Alemanha, Tailandia, Coreia, Suica, Suecia, Espanha, Argentina, Mexico e Italia. Claro que sempre rola um "Amazonia? Mas voce fala ingles tao bem! Eu achei que era soh floresta lah!" MY GOD, esses meninos nao estudam geografia? E ainda se dizem do primeiro mundo.
Eu me sinto bem na maior parte do tempo. Estou conhecendo um lugar super bacana e antigo (do jeito que eu gosto), minha vida cultural avancou 900 anos em tres semanas, eu como toneladas de glicose todos os dias e leio goiabinhas (Nora Roberts!) em ingles. Mas de vez em quando bate uma puta melancolia. Alem dos motivos de sempre (falta de auto-estima e sofrimento pelos outros), nao ter passado no vestibular por causa da redacao e o clima nojento ajudam. 17h eh como meia noite. So fucking dark.
Claro que ter praticamente fechado a redacao no ENEM me ajudou bastante. Mas eu ainda me sinto burra.com. Anyway, vai passar (soh as minhas duvidas que nao passam nunca, my God).

Eu nao queria escrever, HAHA. Eu sempre escrevo muito. Abobrinha, mas escrevo. Agora me voy, que jah eh 1h da manha, eu passei o dia inteiro viajando pra Liverpool e ainda tenho que assistir novela.

ps. to perdendo todos os meus seriados e a minha novela [old people feelings] :\ mas eu consegui me viciar em outras duas novelas brasileiras e tres britanicas.
CALL ME USELESS.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Take my breath away

Frio, cigarros, fazer as refeicoes sozinha e falta de pecado visual inspiram.

(odeio esses teclados europeus, nao sei usar!)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Peace will come to me.

Dois dias chorando, um restinho de auto-estima jogado no lixo e alguns remédinhos depois, eu me recuperei de ter tirado 31 na redação do vestibular que valia 60 (HAHAHA eu tô rindo my ass off agora, mas quando soube fiquei pior que cocô de protozoário).
Minha mãe me ajudou bastante, e até deu umas indiretas do tipo "não era o curso que você queria fazer mesmo!". De qualquer forma, eu sinto ainda me sinto renegada pelos meus amigos que passaram por não ter passado. Besteira minha.
Mas o que mais me ajudou a me recuperar da minha depressão pós-vestibular foi (ACREDITEM) a paradinha do Haiti.
Ok, eu me senti perdida e derrotada, mas estou viva. Eu posso correr atrás do que eu quero de verdade, porque estou viva. Aquelas pessoas foram pegas de surpresa e não tiveram a oportunidade de escolher. É besteira passar ERAS chorando por algo que já passou; e além do mais eu tenho chance de mudar minha situação.
Me voy a Inglaterra domingo agora, depois que assistir o Golden Globe (claaaaaaaro!). Volto em março. Talvez eu poste alguma coisa aqui durante esse tempo. Talvez não.
E depois de todas as minhas energias negativas terem sido jogadas em quem leu os dois últimos posts, é com Depeche Mode (também!) que vou reverter a situação.

"I'm leaving bitterness behind

This time I'm cleaning up my mind
There is no space for the regrets
I will remember to forget

Just look at me
I am walking of incoming
Look at the frequencies of which I vibrate
I'm going to light up the world

Just look at me

I am a living act of holiness
Giving all the positive virtues that I possess
I'm going to light up the world

Peace will come to me
(Just wait and see )
Peace will come to me
(It's ment to be)
Peace will come to me
It's inevitability."

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Wrong.

I was born with the wrong sign
In the wrong house
With the wrong ascendancy
I took the wrong road
That led to the wrong tendencies
I was in the wrong place at the wrong time
For the wrong reason and the wrong rhyme
On the wrong day of the wrong week
I used the wrong method with the wrong technique
Wrong
Wrong

There’s something wrong with me chemically
Something wrong with me inherently
The wrong mix in the wrong genes
I reached the wrong ends by the wrong means
It was the wrong plan
In the wrong hands
With the wrong theory for the wrong man
The wrong eyes, on the wrong prize
The wrong questions with the wrong replies
Wrong
Wrong

I was marching to the wrong drum
With the wrong scum
Pissing out the wrong energy
Using all the wrong lines
And the wrong signs
With the wrong intensity
I was on the wrong page of the wrong book
With the wrong rendition of the wrong hook
With the wrong moon, every wrong night
With the wrong tune playing till it sounded right yeah
Wrong
Wrong

Too long
Wrong

Wrong.

(Depeche Mode)

Alô formicida!

Espera só um pouquinho, até os meus calmantes acabarem; quem sabe eu te use.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Conspiração, por Stieg Larsson

Há mais ou menos um ano, foi-me permitido comprar seis livros, como presente de Natal. Como eu estava morrendo por livros e a espera de uma semana de compras pela internet me pareceu uma sentença, restou-me caçar um livro na única livraria decente da cidade, o Sebo (porque Porto Velho é tão legal que só tinha três livrarias na época, sendo uma exclusivamente de best-sellers e dois sebos. Um deles - o que eu mais compro - é dividido em três partes: a de livros usados no 2º piso, a de revistas e a de livros novos. O outro sebo só tem livros usados. Hoje, a Exclusiva - dos best-sellers - ganhou uma filial no shopping, e a falida Nobel renasceu das cinzas trazendo uma cafeteria e uma quantidade de livros razoável).
Comprei a chick-lit de sempre (Meg Cabot), a chick-lit nova (Libba Bray. Por falar nisso, fica a aqui o meu protesto contra a Rocco filha-da-puta que lança só o 1º livro da série e os outros dois não. Só de raiva vou comprar os outros em inglês e mandar a Rocco tomar na bunda) e um livro com a capa muito bonita de um sueco chamado Stieg Larsson. Como leio QUALQUER PORCARIA, eu me limito a passar os olhos pelas abas e jogar na cesta de compras; mas o livro realmente me chamou atenção. Primeiro porque foi um dos primeiros romances policiais não americanos que eu vi. Segundo porque a co-protagonista era uma espécie de anarco-punk. Batata!
"Os homens que não amavam as mulheres" é o título. A princípio, erroneamente julguei ser uma espécie de Dan Brown europeu, mas 100 páginas me fizeram mudar de opinião. O começo meio emperrado, o bairrismo sueco excessivo e as conversas sobre política não são coisas típicas de Dan sei muito sobre simbologismo Brown - as únicas coisas que batem são a trama envolvente e um casal protagonista. Apesar de até mesmo o casal sueco ser diferente dos normais. Mikael Blomkvist é um jornalista cheio dos defeitos que se envolve com Lisbeth Salander, uma garota inteligentíssima, mas visivelmente problemática e esquisita; e só por isso podemos dizer adeus às beldades e ao perfeito Robert Langdon de Brown.
Lisbeth é reservada a ponto de parecer retardada, mas Mikael consegue "fazer um furo nesse muro", e com ajuda de Lisbeth desvenda um caso arquivado há 40 anos. Lisbeth começa a "gostar" de Mikael, mas o flagra com Erika Berger, editora-chefe da revista Millennium, a qual Blomkvist é co-proprietário. Berger e Blomkvist mantém uma relação há anos, que é inclusive "autorizada" pelo marido de Berger (pra você ver a estranheza das pessoas e relações deste livro).
"A menina que brincava com fogo", 2º livro da série, trata diretamente sobre Salander. Acusada de cometer três assassinatos, ela se esconde. Não por medo da punição, mas pelo simples fato de não querer ser importunada. O único desejo de Lisbeth é ser deixada em paz. Ao longo do livro é descoberta a razão do comportamento estranho da garota, o que envolve espionagem internacional e o Estado. O livro vira um daqueles impossíveis-de-serem-largados lá pelo meio e atinge o clímax no final - final esse que é o mais frustrante de todos os finais de romances-policiais.
Depois de alguns meses de espera e vontade de socar a Companhia das Letras por não lançar logo o 3º livro, "A Rainha do castelo de ar" saiu. A capa seguiu o mesmo modelo das outras (com todo aquele fogo e o dragão), a quantidade de páginas deu uma aumentada, mas nada que impeça a brava Umáyra de dar uma de Johnnie Walker e seguir em frente. O livro continua do final do 2º, puta golpe de marketing do escritor. A trama consegue ficar ainda mais complexa, o Estado ainda mais envolvido e a maior quantidade de bosta da história das bostas é jogada no ventilador.
Tia Larsson, meus queridos, fala do seu próprio país. Toda aquela argumentação ditatorial estilo "os fins justificam os meios" é utilizada e a tensão domina tanto os personagens quanto o leitor. Eu me lembrei de quando tinha 8 anos e li Harry Potter e a Câmara Secreta, todo um imaginário macabro dominando meus sonhos. Há tempos um livro não tirava meu sono. I mean, se o meu Estado se voltasse contra mim, o que eu conseguiria fazer? Larsson vai além de organizações religiosas ou suposições de que seu país teria descoberto vida em outros planetas. Ele faz uma crítica ao seu país supostamente democrata que agiu exatamente como a URSS e sua KGB.
Aí logo depois de entregar o manuscrito do último livro pra editora, Stieg Larsson morre de ataque cardíaco aos 50 anos. Jornalista. Ativista político. Ataque cardíaco (DEATH NOOOOOOOTE DETECTADO!). Faz-me rir. Se tem uma coisa que eu aprendi com esses livros,  foi o significado da palavra "conspiração".

ps. Uma das coisas mais legais dos livros é a divisão dos capítulos. O livro é geralmente dividido em quatro ou cinco, e  cada capítulo é dividido em sub-capítulos. No início de cada capítulo, um tema aparentemente sem conexão com o enredo é explorado, mas ao final do livro faz sentido.
pps. Também comprei "O símbolo perdido" do Dan Brown. Baby, I swear is deja vu.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A melody, a memory or just one picture.

Um dos meus bateiristas do coração morreu dia 28/12 do ano passado com 28 anos. Ele escreveu minhas músicas prediletas do penúltimo CD do Avenged Sevenfold (Brompton Cocktaill, Afterlife, A little piece of heaven e Almost Easy) e fazia os melhores backing vocals de metalcore EVER em Critical Acclaim, Scream e Lost. He seized the day, so Dear God gave him a little piece of heaven; he'll rock in peace and live in our hearts.

E vocês viram que a Britanny Murphy morreu? Eu estou em choque permanente desde a morte dela. Essa galera nova pra caramba indo...

E pra finalizar, as palavras de Jimmy Owen Sullivan (mais conhecido como The Rev) em Afterlife:

"And when I think of all the places I just don't belong,
I've come to grips with life and realize this is going too far.
(...)
No pain or sign of time (I'm much too young to fall).
So out of place don't wanna stay, I feel wrong and that's my sign.
I've made up my mind.
(...)
I don't belong here, I gotta move on dear escape from this afterlife.
'Cause this time I'm right to move on and on, far away from here."

ps. Meu ano novo? Em casa. Meia noite? Assistindo o filme de Piaf, escutando Non, je ne regrette rien. Música beeeeeeem legal pra quem nem sabe o que vai fazer da vida (sério, TOTAL E COMPLETO escuro).