terça-feira, 29 de janeiro de 2013

nursery wannabe

boo-hoo you're not easy to live with
are you surprised?
you're just like the songs you like
you can't deny

(you'll die alone, and it's not exactly a bad thing)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Rorschach.

28 de janeiro de 2013.
Hoje dormi até mais tarde e acordei só pra ler um trecho de Orgulho e Preconceito em homenagem aos 200 anos da publicação. Passei um tempo com um amigo que precisava e dei uma volta de moto pelo quarteirão, lembrando dos velhos tempos em que caía da bicicleta. Voltei para casa e o desgosto começou. Maldita internet. A moça tentava se passar por sexy, fazendo o sinal universal do flerte. Achei forçado. Depois li algo que deixou pensativa: a moça podia ser eu. Ou não. Não me entrego a esse tipo de sofrimento como a maioria. Estava pronta pra escrever um email cheio de "ela usa calcinha da hello kitty", mas pensei nas minhas calcinhas. E lembrei que a terapeuta disse pra eu não cultivar a inveja, a raiva ou qualquer baboseira sentimentaloide assim.

(eu escrevendo lembrei que sempre curti o rorschach a ponto de querer ser ele e olha... preciso de muito não, viu)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Né isso

"Ow, na moral. Não preciso nem falar que a psiquiatra disse. A verdade é que eu sou bem recalcadinha."

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Reality pill

I'm into this, body and soul, since the very start
It hurts to know that he was not

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cansei

Eu procuro respeitar as pessoas e as escolhas que elas fazem. Principalmente meus amigos. Se tem algo que me incomoda bastante em mim é isso de eu ainda não ter conseguido me livrar totalmente do slut-shaming. É um tipo de julgamento, mesmo quando feito de brincadeira. Eu não gosto de julgar. Acho errado.
Então por que a maioria dos meus amigos se acha no direito de me julgar e de certa forma, xingar?
Se eu não como certas coisas, não vou a certos lugares, não gosto disso ou daquilo, eu sou "fresca", "insuportável". E eu sempre aguentei sabe. Tô aqui, há anos sendo xingada e não respondo nada.
Até agora.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

"Part of your world."

Sou tão diferente das pessoas que gosto. Das pessoas de quem queria ser amiga. De tudo. Penso que não adianta ser do tamanho de um universo ou tê-lo na ponta dos dedos se sou só. Já disse uma vez que estava cansada de criar meu próprio mundo - isso passou a me fazer mal e trazer problemas. Era sério. Mas acho que o universo lá fora não lida tão bem com o diferente quanto eu lido. 
Talvez eu deva parar de ler, procurar coisas que me deprimam. Isso de deixar de ser masoquista é uma tarefa árdua. Mas todos os dias abro a caixinha de coisas que me deixam incomodada em mim e tento mudar. Não é fácil. Mas eu estou conseguindo. Um dia eu chego lá. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sobre ansiedade.

Hoje uma ida ao médico desencadeou uma crise de ansiedade. Comecei a chorar, sentir aperto no peito e falta de ar. Fui até a cozinha e comi um pão. Me senti com 9 anos, comendo bolo escondida quando tirava nota baixa e tinha medo de apanhar.
Acordei cedo pra ir ao médico. Ao sair do banho, eu me toquei que meus pais não tem essa culpa toda que eu achava que eles tinham. Eu só sempre quis ser boa ou perfeita pra eles. Isso fez com que eu sempre quisesse ser boa pra todo mundo. Mas eu não consigo. Ninguém consegue. Quando eu comecei a me revoltar (com 13, 14 anos), era como se metade de mim soubesse disso mas a outra metade ainda quisesse não errar. Por isso a ansiedade desde pequena. Por isso as crises até hoje. É uma luta interna que dura 20 anos. Às vezes, parece que ter consciência disso ajuda. Às vezes parece só piorar a situação.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

roxanne

escuto o barulho  dos mensageiros o tempo  todo
sinto sua falta
estou angustiada 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

flash news

ótima idade pro nascimento de algo parecido com um heterônimo!

eu achava que metade de mim estava triste e a outra feliz, mas é demais. parece ourta pessoa mesmo. com outros sentimentos

won't be fifteen forever

voltou para aquele tempo em que era bem sozinha (mas agora com alguém bem perceptivo... do seu lado)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

"você sumiu, mohana..."

eu sumo
da conversada timeline, dos lugares
considero isso uma das poucas liberdades que tenho
e não gosto nenhum pouco quando me é tirada 

nunca gostei de ser responsável pelo que cativo
meu nome diz que sou cativante mas nem gosto de cativar
gosto de ir e vir
estar presa só por vontade

domingo, 13 de janeiro de 2013

you-you-you-are/ tempos modernos

"você é a mulher mais linda que eu já conheci" em três abas

womanizer, womanizer, womanizer (womanizer)


Deep within the corners of her mind

As notas que saiam do cello estavam mais saudosas, como se pensasse nele. Pensava nele. E assim foi durante toda a tarde de treino. 
Pendurou o instrumento na costa e saiu do conservatório só para esbarrar com um moço que carregava um baixo. "Desculpa!" ele disse. "Não tem nada", ela respondeu e se ajeitou. Olhou pro rosto do moço e riu. Era um dos amigos dele. Ele prestou bastante atenção no rosto dela, franziu a testa e perguntou: "Eu te conheço de algum lugar?". Os mil planos que ela costumava fazer voltaram a sua mente em questão de segundos: os dias juntos, as noites cantantes, todo aquele clichê do what if. "Não, você não me conhece". Sorriu e foi embora.





sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

bang

ciúme martela
martela
martela
até furar

sorte do dia

parar de dar amor 
pra gente que não vale a pena
(pra mim)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

cry

as unhas grandes servem para arranhar e apertar as mãos
está sempre se machucando
cai e não liga mais
bateu, esmagou e hoje não sabe mais como sair disso

Repression is an aggression, pt 1

Eu disse que chorava por tudo: por estar feliz, triste, com raiva, assustada, com medo ou emocionada. É minha única válvula de escape. Ele me  perguntou porque eu me reprimia tanto. Eu fui escrever sobre isso. Eu estou chorando até agora.

(daqui a pouco sai)

stuck

estou presa no meio
presa do meio
presa e parada
meu corpo me segura

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Uma história de Annas.

Pollyanna estavaanos anos fora de casa, estudando. Voltou por puro truque do destino: não gostava da faculdade e a vó ficou doente. "Eu cuido dela", Pollyanna disse. Voltou. Tinha o hábito de cantar todos os domingos na missa da noite. Os amigos da missa chamaram, "Vem Pollyanna, seria bem legal se tu cantasses". Foi. Lembram-se dos dois anos fora? Impossível não ver rostos novos - mesmo a cidade sendo pequena. Recepção calorosa, abraços e carinho pela volta. No meio da multidão, um rosto desconhecido olha da cabeça aos pés e vira o rosto. "Normal", Pollyanna pensa. Mas não era normal. Os meses passaram e certeza do desgosto desse rosto só aumentava.  Pollyanna ficou chateada: nada tinha feito. Pelo contrário. Apesar de calada, sempre foi aberta.
Um dia Pollyanna precisou parar de cantar. Nódulo nas cordas vocais. A comunidade ficou triste por ela e pela falta que sua voz fazia. Menos o rosto. O rosto começou a falar com Pollyanna.
Pollyanna deixou de brilhar e a cria do rosto começou a aparecer.
É um mundinho invejoso esse nosso...

já deu

quatro dias longe do twitter, mais de uma semana sem sair de casa. vou tentar diminuir a frequência com que uso o tumblr. um passo de cada vez e saio desssa vida de viciada em redes sociais (e eventualmente, internet).

(sinto uma necessidade de estar longe disso tudo)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"She's got pills for pain"

É a segunda vez que tomo remédio pra dormir depois de ter parado o tratamento por conta própria no início do ano. É engraçado pensar que estou há quase um ano sem tomar nada mais forte que remédio pra cólicas. Nem antigripais tomei. Logo eu, sempre tão dependente de remédios.
Minha mente começou a ficar confusa e meu corpo estranho. Eu não lembrava como era. Na última vez em que tomei, eu sentia um desespero tão enorme que desconfio ter dormido mais de chorar que do próprio remédio.

Estou me sentindo meio suja falando de remédios. Mas isso é parte da minha história. 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

"Are you nobody too?"

Hoje eu quero ser Emily Dickinson.

as outras

vejo as outras
olho-me no espelho
meu rosto, abatido
meu corpo, cheio de marcas
minha mente, cheia de traumas
e juro por deus que não sei como posso ser amada
eu sei que mereço
mas não sei como
não sei como você consegue


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

enough

Hoje meus pais tentaram me falar um monte de coisa sobre a "realidade". Meu pai nem tentou se controlar.
Hoje eu decidi que moro embaixo da ponte, mas não passo mais um ano aqui.

ps. eu amo meus pais, mas eu preciso pegar o que me resta de orgulho e ir embora.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Teen angst 4ver?

Amanhã vou sair pra procurar emprego. Amanhã preciso arrumar um emprego. Acordei angustiada e só. Eu não sei quando, mas em algum lugar dessa estrada emprestei toda minha luz pra alguém. Ou estou emprestando aos poucos. Sinto que estou nessa luta constante contra a escuridão que existe não só em mim, mas em todas as pessoas do mundo. Hoje estou cansada.