quinta-feira, 21 de julho de 2016

Ponto final

Estoy lista para la acción.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

No moralzinha? Deu.

Ter amigos com gosto e opinião diferente: eu gostar de sorvete de menta com chocolate e você não. Você xingar quem aborta ou dá apoio à liberdade de escolha da mulher (substitui aí por qualquer opinião polêmica) sabendo que eu já abortei ou dou apoio a quem já abortou, desculpa aí, mas é falta de respeito. É você fazer questão de ser grosseiro, de xingar e se achar melhor por achar que algo diferente é certo. Toda vez que alguém vem com esse papinho mole de "não termino amizade por causa de x" eu fico me perguntando o porquê de a pessoa fazer questão de gritar isso pro mundo, como se fosse superior por não terminar amizade por x ou y. Como se as pessoas não tivessem critérios diferentes pra escolha de amigos e amores. Todo mundo tem um critério. Se o meu critério é política, opinião polêmica, sabor de sorvete ou beleza, quem é você pra falar que eu estou errada? Quem é você pra se achar superior a mim e fazer questão de me agredir verbalmente? Fala que quer espalhar amor e tolerância mas não perde a oportunidade de agredir publicamente quem pensa diferente. E antes que alguém venha me dizer que eu já fiz isso: provavelmente já fiz mesmo. Assim com fiz uma porção de coisa que considero errada e grosseira, mas tento corrigir - ou pelo menos fazer sem alguém por perto, justamente pra não ser rude. Mas eu vejo cada vez mais que a galera do "vamos respeitar as diferenças" é a que mais se sente superior e tenta rebaixar quem pensa diferente.
Quando alguém me olha com desdém, diz que eu sou babaca por perder amigos por que quero fazer "justiça social", eu lembro do Rolfe, da Noviça Rebelde. Antes da ascensão do fascismo, a Liesl von Trapp e o Rolfe eram apaixonados; depois que ele se une ao exército do Hitler ele fica tão bitolado que delata a família von Trapp para os superiores - justamente porque os von Trapp não concordavam com o nazismo e estavam fugindo do país. E eu fico me perguntando se num futuro distópico em que opiniões com as quais não compactuo fossem regras, se certas pessoas me entregariam ou não...


ps. greve dos professores acabou hoje e amanhã vou pra Porto Velho. Estabeleci um prazo pra fazer o trabalho de Literatura Brasileira: até terça-feira. Nem que eu vire noites. Pelo menos em Porto Velho sei que quando bater a broca eu posso abrir a geladeira que vai ter comida (obrigada mãe, pela sua não preguiça de fazer compras)
pps. talvez minha mala dê excesso e to meio puta comigo mesma por ter tanta tralha (to levando pra PVH coisas que não uso em SP)