Hoje eu li um texto do Edward Said sobre o exílio, e passei parte do dia pensando em como as experiência de estar fora - seja como exilado, expatriado, imigrante ou refugiado - modifica alguém.
Eu sempre me senti fora. Fora dos meus costumes, dos grupos que me rodeavam. Então eu saí da minha terra, e vi como ela estava em mim, de maneiras que eu nunca nem imaginei. Foi estando fora que eu passei a me sentir pertencente a algo; o problema é que agora esse algo estava distante. E eu estou sempre querendo ir pra mais longe, e cada dia mais conectada com a minha origem: seja ela a América Latina, o Brasil, a Amazônia, Rondônia ou Porto Velho.
Dia 27 eu vou jantar num restaurante brasileiro comer Baião de dois com farofa e macaxeira. Vou tomar um açaí no restaurante amazonense antes. No outro dia tem festa no Dona Arepa, e minha segunda casa aqui no Porto - a Venezuela - também vai fazer parte da minha celebração.
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