Pinto os quadradinhos da folha de anotações, enquanto olho os azulejos organizados como um tabuleiro de xadrez. Isso é realmente pra mim?, penso. Talvez eu esteja insistindo em algo que não é pra mim, e que não vai me dar futuro.
Talvez isso tudo seja pra uma casta social da qual eu não faço parte, e que ser comum não seja a norma aqui. Isso é realmente pra mim?, penso de novo.
Desistir é uma opção, mas tem tanto peso e tantas expectativas envolvidas, que praticamente não é uma opção.
Meu quarto está uma bagunça, meu computador, meu telefone, e mesmo achando que faço muito, faço muito pouco.
Isso é realmente pra mim?
Talvez eu não mereça essa chance.
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