Eu não consigo me concentrar em absolutamente nada do Mestrado. Hoje passei o dia transcrevendo mais de 100 perguntas de uma prova (coisas que mãe pede e a gente faz) ouvindo Paganini, toda encurvada na cadeira dura do quarto sem uma mesa - seu Manuel tá na sala trabalhando. Sinto uma coceira insuportável (urticária nervosa? alergia da gata? uma mistura dos dois? o tempo dirá), falta de ar e o coração apertado de nervoso, e uma sensação muito forte de que o mundo do jeito que a gente conhece vai mudar.
Segunda, na minha aula sobre exílio, minha professora passou metade do tempo falando sobre o medo, e o ser exilado que sofre como uma quebra de subjetividade quando o externo é modificado. Eu quis chorar.
É muito esquisito pensar que se eu estivesse em Porto Velho, protegida, próxima da minha família, eu não estaria sentindo metade disso.
Hoje só Chopin vai conseguir me entender.
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