domingo, 30 de dezembro de 2012

525,600 minutes


Quando vou fazer minha postagem de fim/início de ano eu olho a do ano anterior. Em 2011 não fiz. Voltei pra casa depressiva e derrotada. Descobri que não conseguia morar sozinha (meu sonho desde sempre) e que tinha escolhido o curso errado - o que acabou com todos os meus tão bem feitos planos de vida. Eu estava mal. Prometi pra mim mesma que ia melhorar. Melhorei.

Arrumei meu primeiro emprego, como professora de inglês. Dei aula pra crianças, coisa que nunca na vida me imaginei fazendo. Viajei sozinha pela primeira vez (e paguei minhas passagens!) pro Rio de Janeiro. Aprendi a dirigir. Realizei um dos meus sonhos: fui à Bienal do Livro, em São Paulo. Decidi que vou trocar de curso, depois de dois anos tentando algo que não dá certo comigo. Parei de tomar os remédios pra depressão. Comecei a me sentir bem sem terapiaEu me apaixonei. Eu fui (estou sendo) amada de volta.



Então, o que tenho a dizer sobre meu ano é bem simples:
que foi um ano fodido de bom, apesar de alguns descontentamos, porque eu comecei a aprender a viver.


ps. hoje eu não estou nada bem (por coisa envolvendo a postagem anterior). Isso de hoje eu escrevi no início do mês e deixei salvo pro último dia do ano, mas acho que vou fugir da internet por alguns dias. Acordei meio consciente de certas coisas sobre mim e preciso de tempo pra absorver. Um ótimo ano novo pras poucas pessoas que me leem por aqui! :)

sábado, 29 de dezembro de 2012

Mas ôô...

Eu não namorei durante a adolescência por vários motivos. Um deles foi não ter que lidar com drama. Adolescente é um ser meio insuportável (eu sou enjoada até hoje) e já inventa drama o suficiente pra si só. Dois juntos é o horror. E geralmente o relacionamento nunca envolve só casal: sempre tem amigo pra se meter. Pois bem. Fugi disso. Fui bem feliz assim. Esperei quase 20 anos pra me envolver com alguém. Era de se esperar que nessa idade as pessoas fossem maduras, que não fizessem fofoca... Mas não. Eu mal namoro e tenho aguentar gente tentando me fazer mal, colocar pra baixo fazendo leva e traz de historinhas. 
Não tô curtindo nem um pouquinho. 

ps. sempre lembrando que isso é um diário virtual (eu me sinto meio culpada quando falo algo sobre a minha vida como se se meu blog fosse um diário, mas ah, eu não sou poeta. e mesmo se fosse, o blog é meu. preciso parar de me culpar por coisas bestas).

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

just like becky

então eu estava lendo um romance, parei de repente e achei que fui muito precipitada... eu nunca tive nenhuma garantia.
depois eu esqueci e terminei de ler meu romance.

19 anos

leio mais que escrevo
escrevo mais que falo
escuto muito sempre


(só falo muito quando acho que tenho algo a dizer
mesmo que seja só besteira)

sábado, 22 de dezembro de 2012

not cool, bro

ele esconde as coisas, foge e volta quando está ferido
eu sempre o recebo de braços abertos, por ser meu querido



domingo, 16 de dezembro de 2012

sinceridades

de vez em quando a gente viaja né? eu com isso de "sentir", pelo amor de... 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

the nearness of you

chorei escutando no surprises como naqueles dias em que te magoei e acabei me magoando. desesperada. profundamente triste. doída. até terminar de vomitar todos os meus sentimentos, tirar aos mãos do rosto lavado e me acalmar. fui ao banheiro olhar o quão horrível estava. meus cílios estavam juntinhos. acho que você ia rir e me chamar de boboca. lembrei que só preciso ser um pouco mais paciente. e que te amo. e que amanhã de manhã você vai me chamar de boboca e dizer que me ama. estou em paz.

no alarms


você me disse um dia que saudade é tipo um martelo que bate num prego fincado no coração, e dói. eu achava que sabia o que era saudade. eu sentia saudade dos meus pais todo domingo no final da tarde, ou quando eles me ligavam pra contar algo bobo que tinha acontecido em casa. eu sentia saudade dos meus amigos quando acontecia algo de muito bom pra eles, ou quando eu queria contar sobre alguma coisa muito engraçada do meu dia. nunca na vida eu iria pensar que saudade é coisa constante. é escutar qualquer música, sorrir e ficar de coração apertado ao mesmo tempo. é sentir cheiros, é sentir toques. e estar só. e você me pergunta se tem algo de errado, eu digo que queria estar do seu lado, mas a explicação parece boba. eu te digo o tempo inteiro que sou intensa demais, mas acho que você acha que é exagero. às vezes eu acho que sinto três vezes mais que todo mundo. por isso eu fico estranha assim. a última coisa que eu quero que você pense é que é culpa sua. você me faz tão bem, sabe. isso é outra coisa que pode soar bem bobo pra você, mas é coisa de outro mundo pra mim. eu nunca estive bem. você tem noção de como é isso, nunca estar bem? aí um dia, do nada - do nada mesmo - você encontra alguém que te faz sentir a melhor pessoa do mundo, seja por perceber coisas pequenas, por fazer rir o tempo todo ou por dizer a coisa certa na hora certa. e você me deixa assim. você me faz feliz. eu choro não por culpa sua, aviso logo. sei que você gosta de pegar toda a responsabilidade pra si, mas lembra do que eu disse? nós vamos dividir tudo, pra não ficar pesado pra nenhum dos dois. nós dois já carregamos muita coisa que não era nossa nas costas. agora é nossa hora de esvaziar a mochila e encher com coisas nossas apenas - com coisas que nos ajudarão a encontrar nosso caminho. e no final deitar no chão e olhar uma nebulosa qualquer


eu não sabia que saudade era assim, tão doído.

oy!

you'll never be adjusted, little girl
no matter how hard you try
you'll never be adjusted, little girl
it doesn't mattter if you cry

your friends, they're all happy, little girl
with their decisions, their love life, the way they look
you, instead, are always lonesome, little girl
wishing your life was just like a book

-----------------------------------------------------------------

i wonder when are you going to wake up, little girl
when are you going to stop think "what if?" and live your life 
you know, the world is not going to wait, little girl
when are you going to see the light?

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

volta

minhas pernas anseiam pelo teu corpo
eu sinto, eu sinto
eu sinto o teu calor
consigo sentir tuas mãos
eu vou, meu amor...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

pelotas

tenho saudade de ti, doce princesa do sul
saudade de cruzar a praça pra ver gente
do sotaque carregado das tuas pessoas
dos guris levando mate pra tomar durante a aula
do frio, do calor
das meias de lã
dos prédios antigos
até dos dias mais solitários
tenho saudade da liberdade 

(dia 17/12 vai fazer um ano que eu voltei pra casa)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

"I wake up one morning, I realize"

- Minhas mãos não são como antes, parecem adultas agora. Acho que se encaixariam perfeitamente nos teus cabelos, ou passeando pelo teu corpo.
- Oi?
- Ah... nada...

terça-feira, 27 de novembro de 2012

be prepared

aperto, coisa ruim, ai ai ai...

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"Oh trouble can't you see you're eating my heart away?"

eu vejo todo mundo evoluindo e estou sempre aqui
acho que parei no tempo


Odiava a Pollyanna. Eu era bem pessimista - coisa estranha pra criança. Hoje sou Pollyanna. Sou a mudança que eu quero ver no mundo. Mas eu só consigo me sentir... estagnada.

domingo, 25 de novembro de 2012

manca

nosso pensamento era quase igual, 
assim como a nossa vontade
estavas quase morta
eu quis te reviver
não aguentei e fui morrendo aos poucos - minha doença despertou
quis fugir
foste mais forte
até eu conseguir sumir

descobri como te sentias
eu fui ao inferno e vi o teu mundo
voltei queimada,
cansada,
desperta
e preparada pra voltar pra ti

estamos nos esperando

"de uma nota musical"

se perguntassem há nove meses
diria que era impossível
que nunca aconteceria

hoje quer uma vida
uma história
vai iluminar o mundo com amor 

aquele anúncio que ninguém vai ver

sou amiga pros momentos de dor
sou amiga pros momentos de confusão
nunca me chamam pra diversão

lembro de quando eu precisava de pessoas
lembro de quando eu passei a não precisar mais
lembro o momento em que as pessoas insistiram
e eu passei a, de um jeito meio torto, achar que não seria mais capaz
de ser só

mas eu não sigo um padrão
sou engraçada de um jeito estranho
 faço as pessoas normais sentirem vergonha
(não que eu queira ser normal; longe de mim!)
mas as pessoas são normais
então elas tem vergonha de mim

voltei pro lugar de onde sai sacudindo a poeira dos pés
voltei pelas pessoas
achei que elas me amavam
achei que ia me encontrar
mas só encontrei verdades

e as verdades - que eu sempre soube
dizem que preciso voltar a ser só
(de coração)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"É preciso amar..."

Há algumas semanas, o ex-namorado de uma amiga minha morreu. 
Eu virei amiga dela na mesma época em que ela começou a namorar com esse rapaz - em 2008, por aí. Eu tinha 15 anos e tava bem perdida no meu próprio mundo. Ela, um ano mais velha e bem mais experiente que eu. Eu realmente não sei o que ela viu em mim; eu era bem esquisita, como uma adolescente normal e ela era quase mulher. Mas nós nos respeitávamos. Ela foi uma das primeiras pessoas que me levou a sério em todos os sentidos, que me disse coisas que eu escondia de mim mesma e fez com que eu me enxergasse. Ela é uma das pessoas mais cheias de ângulos e luzes que eu conheço. É quase sempre iluminada, mas é humana. Também é escura. E essas semanas foram escuras pra ela.
Eu não acompanhei. Fiz como sempre faço: esperei e escutei. Esperei ela estar preparada. Ela veio aqui em casa, sentou numa cadeira do meu quarto - quarto esse que já escutou muitas histórias e guardou muitas lágrimas nossas - e contou tudo. Escutei. Choramos. Ela falou de Deus. Falou que agora conseguia sentir. Eu disse que sentia inveja de quem tem fé (tenho mesmo). E eu senti vontade de pegar todas as pessoas que eu amo, dar um abraço e dizer que ela são importantes. 
Renato Russo foi óbvio quando disse que "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã". É bom ser lembrado do óbvio.

sábado, 10 de novembro de 2012

him

sempre bem ansiosa
"sempre bem, obrigada" (fingia)
nunca o novo
um dia resolveu agir
hoje explode de felicidade várias vezes ao dia

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

*teste* Isso não deixa de ser blog *teste*

Vocês lembram daquela postagem no meio do ano em que eu chorava por causa de shampoo? Então. Agora eu vou chorar por outra coisa bem parecida: cabelo.
O meu cabelo nunca foi comprido. Até os 10 anos ele era um pouco abaixo dos ombros, e quando eu entrei na pré-adolescência ele começou a enrolar muito até ficar bem curto mesmo. Só quem tem cabelo cacheado - não cachos abertos do jeito que todo mundo acha bonito e de vez em quando entra na moda, mas cachos bem apertados - sabe o quanto sofre com shampoo, condicionador, creme sem enxágue, pente certo e corte. Eu cortei meu cabelo (sem ser aparar as pontas) pela primeira vez com 16 anos. E mesmo assim, já tinha sofrido bastante com gente que "só tirava as pontinhas" e mesmo assim conseguia fazer um estrago enorme. Por ter os cachos muito apertados, leva o triplo de tempo que um cabelo mais solto leva pra crescer. É um sofrimento. Arma, fica com frizz, é fácil dar nó e pontas duplas... O horror. 
Aí ano passado eu comecei a usar um tipo de química que soltou os cachos. Uma maravilha. Ele começou a alongar bastante, passei a me preocupar menos com cremes e enfim. Eu tava bem feliz. Fiz a escova duas vezes e ficou ótimo. Na terceira não ficou bem do jeito que eu queria, mas acostumei (e o cabelo foi voltando ao normal). Logo depois que eu fiz, precisava cortar. Adiei. Eu estava muito feliz por ter o cabelo comprido, sabe? Eu conseguia fazer penteados que nunca tinha conseguido antes. Até minha feição mudou. 
Hoje eu resolvi aparar.
O moço do salão cortou mais que eu pedi. 
Meu cabelo está bem mais curto que o esperado.
É a pior coisa do mundo.
Sério.
Eu li em algum lugar que do mundo inteiro, as brasileiras são as mulheres que mais gastam com cabelo. É como se fosse nosso cartão. Como eu posso ser feliz e bem resolvida se estou chorando descontrolada por causa do meu cartão?

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

sempre bom lembrar

esteja sempre preparado

domingo, 4 de novembro de 2012

Amor, reloaded.

Sou eros, psique, storge, philia, ápage. Deveria ser mais pragma. Muito sincera. Ai, probleminhas...

sábado, 3 de novembro de 2012

Folie

Não consigo mais lidar com a paranoia, paranoia.
Tenho certezas, fico feliz e de repente... paranoia, paranoia.
Esforço-me para não ver, para esquecer, mas paranoia, paranoia.
Estou valsando minha própria Canção de amor da jovem louca, pois paranoia, paranoia.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Maravilhada.

Amor puro é a coisa mais bonita que qualquer pessoa pode ter. Todo mundo merece, de verdade, ter um dia.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

paranoia

chorando por ser mulher demais

mas não vou dizer

você acha que eu acho que tudo é pra sempre
você acha que eu sou só inocência
mas você não sabe que eu sei muito bem lidar com perdas e dor
e que sei desde cedo que o pra sempre sempre acaba

mas não é por saber disso que não vou me entregar
eu achei que não seria assim, mas sou
eu vivo
e eu espero que esse sempre dure até o amor ficar com rugas 
(como o daquela canção)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

our melody

vou manhosa (como cool jazz)
vens pulando (como acid jazz)
torno-me ávida (como leitor de bestseller)
torna-te sereno (como leitor de filosofia)
termino cinza (como filme francês)
terminas ensolarado (como um blockbuster)

em seguida me esquenta,
me atiça
e por fim me sereniza

somos como dois instrumentos se acertando pra ficar no mesmo timbre

Noite três em um.

Escrevi três parágrafos sobre o nosso amor. Estava entediada e saudosa. Então vi a luz fugir dos olhos de alguém sempre sorridente - e vi lágrimas. "Levanta, faz alguma coisa, dá um abraço". Sem reação. Morte é assim. Voltei pro conforto do meu lar, só pra ver os quartos do meu coração se bagunçando. 


Meu coração é cheio de quartos. Meus amores estão neles. Se dói neles, dói em mim. 


Parece bobagem isso de felicidade. Parece óbvio. Mas as pessoas não conseguem parar pra ver beleza em nada. Imagina achar que viver é ser feliz. Imagina...

domingo, 28 de outubro de 2012

Telefones.

- Oi. Meu dia foi uma droga. Eu tava me sentindo horrível, aí fui a uma festa, vi um monte de casal e só consegui ficar pensando em nós. Achei muito injusta a vida. Queria estar perto. Só isso. Não é muito, né? Eu te amo. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Explodindo.

A noite chegou e trouxe melancolia. Comi demais algo que não queria. Acho que meus dentes do juízo querem nascer. Não consigo dar um jeito no meu cabelo. Minhas unhas estão crescendo devagar - o que não é normal pra mim. Fiquei vendo vídeos de cenas de filme que me fazem chorar. Não quero ir pra terapia amanhã. Meu corpo coça. Eu preciso fazer as unhas. Não gosto de estudar. Não vejo a hora de o semestre acabar pra eu trancar. Preciso de um emprego. Preciso de um abraço. Não gostava de abraços, hoje gosto. Não abraço há tempos. É a oitava vez que choro esta noite, ou algo próximo. Minha cabeça dói. Queria um pedaço de bolo, ou um chocolate. Colo de amor. É tão bonita tua frase, é tão bonita tua face, são tão bonitos os teus olhos. Eles enxergam tudo a fundo. Preciso ver aquele sorriso. Preciso parar de chorar ao lembrar do sorriso. Preciso ler essa pilha de livros. Preciso ver esses seriados. Preciso estudar de verdade. Preciso dar um jeito nessa dor na costa e no pescoço que me incomodam há dias. Acho que um chá seria muito bem vindo. "Moça, você quer um chá?", sim eu quero. Ando pensando em jogar  fora todos os cadernos com as bobagens que escrevi. Começar tudo de novo. Depois acho isso bobo. O passado está em mim, não nos cadernos. Eles guardam no máximo, algumas lembranças. Mas ah, como me tenta isso de começar do zero, e não de onde parei. Será que parei? Será que algum dia eu saí do lugar? Eu devia dormir melhor. As olheiras estão piores que o normal. Minha pele está péssima. Comecei a cuidar depois do estrago - assim como tudo na minha vida.


(será que eu vivo?)

We're all Lizzies.

We're connected, bloody hell, we're connected! I feel empty when I'm not telling you useless stuff. I'm the queen of babble, you know. And I love the fact that you don't mind. In fact, I think you enjoy. You're like the king of babble. We are babbleish royalty.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

"um gosto azedo na boca"

"tem dias que a gente se sente
um pouco, talvez menos gente
um dia daqueles sem graça
de chuva cair na vidraça
um dia qualquer sem pensar
sentindo o futuro no ar
o ar, carregado sutil
um dia de maio ou abril
sem qualquer amigo do lado
sozinho em silêncio, calado
com uma pergunta na alma
por que nessa tarde tão calma
o tempo parece parado?"

"a moça que sonha, a louca"

hoje estou de raul, como se tivesse 13 anos

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Stalk, relacionamentos (argh), dor e essas coisas.

Eu comecei a fazer meu resumo de psicologia. Aí aquele troço, aquela coisa que faz a gente grudar na internet me chamou. E como sempre eu fucei até encontrar algo que me deixaria triste. 
Mas dessa vez eu não fiquei triste por mim.
Eu fiquei triste por ela.
Porque ela só quer o que todo mundo quer. O que eu quero. Porque eu to lendo esse monte de coisa que ela escreveu e por mais que não tenha passado por nada do que ela passou, eu sinto dor. Eu sinto a dor dela. É estranho isso, né? Sentir a dor de uma pessoa que a gente nunca viu. Nunca falou. Eu consigo sentir a raiva dela. O ciúme dela. E agora estou chorando sem parar, como sei - tenho certeza - que ela chorou por meses. Arrependida. Eu entendo tudo o que ela diz porque é provavelmente o que eu diria. É estranho também, estar vendo tudo de uma perspectiva diferente. A não tão previsível. A que poderia ser minha. Arrependida e magoada aparentemente sem motivo - por ter feito a besteira sozinha. Saudosista, lembrando de tudo aquilo de bom que aconteceu e fantasiando sobre tudo aquilo de bom que poderia ter acontecido. Imaginando até mesmo o que de ruim poderia ter acontecido e como poderia ter sido solucionado. Somos a mesma. Eu sou o antes. Mas não quero ser o depois. 
Eu não sei nada desse tipo de separação dela, mas eu sei coisas sobre separações. E sei que é a coisa mais horrível do mundo dizer "seja feliz", quando o seu coração grita desesperado "seja feliz comigo". 
Eu sei que é bobo me sentir culpada. C'est la vie. Foram as circunstâncias. Se era pra acabar pra ela, um dia acabaria. Se era pra começar pra mim, um dia começaria. Não posso me sentir culpada por sentirmos o mesmo pela mesma pessoa. Mas eu posso desejar que ela seja feliz. Eu espero que ela seja feliz. Eu espero que todas as palavras doídas que ela escreveu a façam aprender algo - como as palavras doídas que eu sempre escrevo me fazem aprender. Espero que ela consiga não sentir mais dor por isso.

medo

engole
envenena 
mata

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Não, por favor.

Nervosa. De novo.
Não sei o que fazer. De novo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

mas ah...

olá náusea existencial... quanto tempo...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Algumas horas.

Semanas pensando, analisando tudo por todos os ângulos, pesando prós e contras. Hoje de agir. Hora de parar de sentir pena de mim mesma. Eu não tenho certeza do que quero profissionalmente. Ok. Fiquei um ano parada e estou há dois fazendo algo que me faz chorar de desgosto quase todos os dias. Não posso largar enquanto estiver morando com meus pais. Ok. Começar a trabalhar, juntar dinheiro, não depender mais deles (não é isso que meu pai sempre fala? Que com a minha idade ele já não dependia mais de ninguém? Ok então) e ir pra onde eu quero. Não vou chorar. Vou tentar.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

coming next

os sonhos de nunca
agora são constantes 
divido tudo
tudo mesmo
cada pedaço da minha alma
porque quero
como nunca quis antes
que tudo dê certo

terça-feira, 9 de outubro de 2012

anxiety, anxiety

roí as unhas depois de anos 
voltei a passar mal do estômago
ontem perdi o ônibus duas vezes
ah...

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

"coração: avante!"

hoje eu cabulei aula e voltei mais cedo pra casa. a universidade fica perto do lixão da cidade e na volta, o ônibus vai até o bairro do lixão antes de fazer o retorno. estava de fone, escutando músicas tristes e pensando nas coisas de sempre - tenho 19 anos e nunca fiz nada que realmente quis, vivo pelos outros, não quero estar aqui - e aí entrou uma moça e sentou na minha frente. ela estava com o cabelo molhado, usava um creme que me lembrou algo muito bom. tinha argolas nas orelhas e carregava uma sacola de viagem. "poxa, que chato sair de casa essa hora" pensei, esbanjando casmurrice. "será que ela está indo viajar pra encontrar o amor dela? todo mundo devia ser amado. todo mundo merece ser amado". comecei a rir. toda vez que tenho uma epifania, lembro de 2009; eu lendo aquele conto sobre epifania da clarice pra fazer vestibular. eu me achava confusa e triste naquela época. mal sabia que passaria por tristeza maior, por confusão maior. hoje eu não sou triste. eu fico triste. e a confusão? acho que agora é pelas coisas certas. olhei pra janela, o vento estava bagunçando só um pedaço do meu cabelo. começou a tocar "horizonte distante". pobre menina burguesa, perco tanto andando de carro... sorri.

(depois tive que andar 4,2 km até chegar em casa, mas pelo menos fui cantando. as ruas estavam vazias)

Grilo falante.

- Ele sonhou contigo, ele disse. As vezes eu fico confusa com o jeito dele, mas eu não sei ler pessoas, né? Acho que ele só está perdido, assim como todo mundo. E tem tanto amor dentro dele, que não sabe o que fazer. Assim como você. Acho que é por isso que vocês dois se dão tão bem. Apesar de diferentes, vocês veem o mundo praticamente da mesma forma. Apesar de terem passado por coisas diferentes, vocês chegaram a mesma conclusão. Só que ele vive. E você ainda está aprendendo a viver. Talvez seja por isso que você está desse jeito: ele te dá sede de vida. E todo mundo preciso de algo ou alguém que seja luz. Que seja estrada. Você quer sair do seu terreno cercado por estar vendo essa luz. É difícil sair de onde é seguro, eu sei. A luz pode se apagar no meio do caminho. Mas tuas pernas são fortes. Sei que vais seguir o caminho esperando que a luz volte a acender. E os dois vão completar a jornada, juntos. Como deve ser.

domingo, 30 de setembro de 2012

My heart is heavy, but my mind is flying.

Blá blá blá, decisões, blá blá blá. Ignorance is the word. Põe Killing is my business aí que vou girar, girar pra esquecer de tudo e cair no chão; o corpo pesado, a respiração rápida e a mente mais leve. É tarde nostálgica de "foda-se essa merda", sem sentimentalismo. Bem eufórica.

sábado, 29 de setembro de 2012

Ufa, consegui!

era gigante, como seu coração
enganava-se com palavras (enganou a pequena)
pecou por viver 

"Mais c'est vous qu il'avez voulu, mon amour"

Não é "por que duvidar?". É "por que ter certeza?". Agora eu sei que é bom se entregar. Agora eu consigo. Justo agora, quando eu não posso ter certeza. E se, e se? Eu aprendi o javanaise pra você, meu amor. Agora somos amor. Eu tinha certeza. Tenho. "Queria ver em você esse amor". Só um centelha. Será que devo?


(não, não faz sentido hahaha assim como eu)

Eu vou.

Foge comigo. Não precisarás correr o tempo todo. Veremos o pôr-do-sol. Vai ser doído. Mas estaremos juntos.

19/09/2012

domingo, 16 de setembro de 2012

"guardo pra mim, deixa estar"

odiava não poder controlar tudo 
descobriu que amar é não ter controle
tentou controlar
machucou-se
voltou a não questionar
mais confusão, confusão
ai, sentimental...

(dói mas é uma delícia!)

domingo, 9 de setembro de 2012

Eu amo e ponto.

Eu não vou duvidar. Não vou pensar no futuro. Eu vou viver o presente. E no presente eu amo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Heart-shaped.

It still hurts. I'm just learning how to put the pain in a box.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Isn't that ironic?

Hoje assisti um filme que não conseguia assistir há 2 anos. Pessoas, dores... Apenas trocas.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

"Eu queria cantar-te um fado"

Hoje foi bem ruim. E hoje descobri Amália Rodrigues.

"Só o que te peço é uma recordação
se é que mereço um pouco de compaixão
Deixa ficar o teu retrato comigo
Pra eu julgar que ainda vivo contigo"


Sério que todo mundo tem que escutar Amália pelo menos uma vez na vida. É uma coisa linda de Deus.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

80's

Dancing with myself in a manic monday, I am a woman in love making love out of nothing at all. I used to be an uptown girl, but you came and made heaven a place on earth with your kiss. Oh baby I love your way, but I have a heart of glass... I'll say a little prayer for us, cause it doesn't have to end this way.


(minha década do coração sempre me salvando da solidão!)

domingo, 2 de setembro de 2012

"Heaven forbid you end up alone and don't know why."

É como estar no meio do oceano boiando. Eu sempre fui boa em boiar. Mas de repente tenho consciência de onde estou e como estou. "Deus, eu não sei nadar! Estou sozinha, vai ficar escuro, eu não sei nadar...", desespero. E passa. Mas volta. Sempre.

sábado, 1 de setembro de 2012

Sobre o dia em que a internet e o blog não me fizeram bem.

Quando eu tinha 14 anos eu passei por um término de amizade bem complicado. Eu sei, você estão pensando "o que a gente não complica quando tem 14 anos?". Tudo. As pessoas são normalmente exageradas na adolescência. Eu sempre fui. Sempre fui intensa demais. Como não conseguia falar tudo o que eu sentia pra minha terapeuta (nem pra mais ninguém), eu criei esse blog (que antes era outro, mudou pra esse aos 15, mas enfim). 
No começo foi bom. Foi maravilhoso. A ideia de falar absolutamente tudo o que se passava pela minha cabeça e não ser julgada era linda. Peguei carona na cauda do cometa e fui embora com minha imaginação. Digo imaginação por que era isso o que eu tinha: imaginação de sobra. Não tinha muitos amigos e tinha livros demais: então comecei a inventar universos meus (acho que sempre tive meus mundos inventados, mas o blog era um meio de torná-los "reais" - a partir do momento que eu escrevia, eles se tornavam reais pra mim). Eu criava um mundo cheio de pessoas que eu gostava. Eu fazia parte do mundo. Eu era alguém diferente nesse mundo. Alguém que eu queria ser. E foi aí que eu viciei nisso tudo e comecei a não ligar pro mundo real; eu nunca me dei bem com o real. Nele eu era um patinho feio: meus pais me criticavam, não conseguia externalizar o que eu sentia, eu queria ser a melhor em várias coisas e não conseguia. "Dane-se tudo isso!" eu pensava - e ficava com a cabeça nas nuvens (e nos livros).
Nunca soube lidar com sentimentos também. Como eu não convivia 100% com pessoas (sempre gostei de escutar pessoas. Acho que isso as fazia pensar que eu entedia alguma coisa. Mas eu só gostava de escutar. Até hoje, eu gosto de escutar. Mas eu continuo não entendendo. Eu não sei nada da vida. Eu nunca vivi. O que eu vivi, foi na minha imaginação), eu não sabia coisas sobre sentimentos reais, como amor, carinho. Eu achava que entendia a raiva e a solidão porque era isso que sentia. Era rebelde. Comecei a me esconder atrás de ideias, ideologias; assim nunca teria que me mostrar de verdade pras pessoas. Sentia falta de amor. De carinho. Até que cheguei num ponto em que não sabia se era gelo com uma camada de açúcar ou açúcar com uma camada de gelo. Comecei a entrar em parafuso. Tive minha primeira crise existencial que não envolvia crianças morrendo de fome ou desigualdade social. Era eu e eu mesma. O que eu sentia. Do que eu sentia falta. E doeu. Como doeu. Querer algo e ter vergonha de pedir, ter vergonha de demonstrar o que sinto - horrível. Desde então, comecei essa luta interna. O triste é que dura até hoje.
Aí eu me apaixonei.
Imaginem como é pra alguém que tem vergonha de sentir, estar apaixonado. É terrível. É maravilhoso e terrível. Maravilhoso porque você se sente como uma criança, descobrindo as coisas. Terrível porque você tem vergonha delas. Vergonha de como se sente. Eu sempre fui tão travada, que comecei a somatizar as coisas. Quando consegui me declarar, eu fiquei doente. Mesmo. Tive febre, palpitações, vômitos. Mas passou. Escrevi muitos textos sobre isso aqui no blog e passou como veio. E nunca mais tive que falar disso.
Ao longo dos anos, fui voltando a ser mais sociável. Extrovertida. Nunca falando muito profundamente sobre mim, claro. Isso nunca. Comecei a secretamente ligar pra minha aparência, mas nunca fiz muita coisa pra mudar por pura rebeldia. Vi amigas se apaixonarem, vi seus corações serem quebrados. Não passei no vestibular de primeira - algo que tinha certo na cabeça e super bem planejado. Viajei. Saí de casa. Conheci pessoas novas, de lugares diferentes. Se você acha que isso é viver, então eu vivi. Se você, como eu, acha que colocar sentimento em tudo o se faz é viver... Continuo na mesma. A mesma de sempre. Entrei na universidade, morei só, tive depressão. E o blog esteve sempre aqui: escrevi sobre a primeira vez em que fiquei bêbada minutos depois de terminar a última cerveja. Proclamei meu ódio ao meu curso, falei sobre como me sentia ao reprovar (pela primeira vez!). Escrevi muito sobre querer morrer, sobre me sentir vazia. Voltei pra casa. Melhorei. E me apaixonei de novo. Mas dessa vez foi diferente.
Eu estava acostumada a ser platônica em tudo. "Não fui, na infância, como os outros e nunca vi como os outros viam. Minhas paixões eu não podia tirar das fontes igual à deles; e era outro o canto, que acordava o coração de alegria. Tudo o que amei, amei sozinho", diria Poe. Era bem assim comigo. Era. Dessa vez eu não estava sozinha. Tudo novo. Lindo. E assustador.
Tudo o que eu sabia sobre amor eu tinha lido em livros. Minha cabeça sempre funcionou desse jeito. Eu comecei a me sentir (mais ainda) em um livro. E voltei pro blog. Se eu dissesse pros meus amigos o tamanho do amor que eu sentia, eles não acreditariam. Se acreditassem, ficaram enjoados. Acho que amor é bem isso né? Ficar repetindo na cabeça as coisas que seu amor fala, só pra ficar com um sorriso bobo no rosto. Imaginar coisas que vocês fariam juntos (olha aí, voltamos ao "imaginar"). Mas como boa imaginadora que sou, as partes ruins vieram logo. "E quando acabar?", "E se ele não gostar mesmo de mim?", "E se ele descobrir que eu sou louca?". Criei diálogos sobre separação (bem parecidos com aqueles dos livros que eu sempre li). Peço ao mundo que me perdoe. Lembra que sempre vivi na minha imaginação?
Encontramo-nos. Coisa linda de ver. As coisas aconteciam e minutos depois eu tinha textos gigantes dentro da cabeça. Não, eu não deixei de sentir nada. Pelo contrário. Eu senti tudo, com cada parte do meu ser. Fui mais intensa que o normal. E amei, e fui sincera, e não escondi nada. Pela primeira vez, eu não escondi nada.
Voltei pra casa, passei dias dançando ao invés de andar. Aquilo era real, não era minha imaginação. Eu passei 19 anos vivendo ao contrário e de repente, bang! O real não era tão ruim. Ok, era ruim estar longe de quem eu gostava, mas tirando isso... Era normal. Eu passei a querer o real.
Mas a minha cabeça, ah, a minha cabeça... Fiquei muitos anos presa à minha mente. Era era viciada em imaginar. Voltei a morar na minha cabeça. E na minha cabeça, eu não podia querer pra mim alguém tão lindo, alguém tão sensacional. Eu não podia prendê-lo a mim - logo eu, tão esquisita, tão emocionalmente constipada. Então escrevia textos sobre voltar a ser só, sobre me desapaixonar, sobre deixá-lo livre. Mas ele não deixava. Ele dizia que me amava e eu lembrava que o amava muito. Ele mandava mensagens de texto bobas e eu lembrava que era isso o que eu queria - sempre foi isso que quis. Ele era o eu sempre quis. Era o meu "carinha de livro", mas era real.
E eu estraguei tudo com a minha insegurança. Estraguei tudo por medo de falar o que eu sentia. Estraguei tudo por ter um blog e viver imaginando coisas pra escrever nele.
E depois de passar dois dias chorando ao olhar pra paredes, fotos, tapiocas, filmes e o meu celular, eu posso dizer que estou no mundo real. De verdade. E agora é pra ficar.


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

comme un boomerang

"a pleurer les larmes dingues"

how the fuck am i supposed to deal with this fucking pain and these fucking tears that no matter what i fucking do, can't fucking stop?

eu

segundo dia
"tudo bem?", gesticulou com a mãos que estava mais ou menos, "percebi", levantou e pegou os lenços.
esperando os pneus do carro serem trocados, o celular apitou algo meio sombrio. ajuda de onde menos esperava. "shhh, calma" - como se estivesse do lado. mas calma não conseguia ficar. segundo dia.
um moço que nunca tinha visto "deus tem grandes planos pra você". sempre escutou isso. grandes coisas nunca aconteceram.
fodeu tudo. fodeu tudo porque é insegura e burra. 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

congrats, you fool

depois de tantos anos
e tanto livros
e tantos conselhos
e tantas histórias contadas pra mim
nunca achei que fosse eu quem iria estragar tudo

fletta

madrugada de epifanias
o que diabos eu estou fazendo da minha vida?
eu estou perdida

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"fistful of love"

eu estava mesmo deitada em minha cama, encarando um teto cheio de estrelas
mas percebi que tinha que te deixar ir - e não que tinha que te dizer meus sentimentos
só que dessa vez, eu não senti dor 

e então eu sorri 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

"As Mensagens"

Muito cansativo ser um dessas menininhas que leem nas entrelinhas e ficam procurando "mensagens" em tudo (eu não era assim, eu fiquei assim por algumas semanas).


The old Umayrinha is back.

ps. eu não era criminosa psicopata e delinquente, eu só vou voltar a assistir mais filmes.
pps. MAIS HITCHCOCK, MENOS AMOR!
ppps. hitchcock é amor, haha.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

nada fixo, então...

eu preciso deixar você ir


(ou eu preciso dizer pra minha cabecinha que você deve ir)

sábado, 25 de agosto de 2012

"I think you'll understand..."

"Look, other bands, they want to make it about sex or pain, but you know, The Beatles, they had it all figured out, okay? 'I Want to Hold Your Hand.' The first single. It's effing brilliant, right?... That's what everybody wants, Nicky. They don't want a twenty-four-hour hump sesh, they don't want to be married to you for a hundred years. They just want to hold your hand."
(Nick and Norah's Infinite Playlist)

Eu sou a pessoa mais "I wanna hold your hand" que eu conheço.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

moder-nós

eu digo que vou agir normalmente, que vou te cristalizar na minha memória
aí deito no sofá pra assistir uma bobagem qualquer e lembro de nós dois, você me girando na calçada e me tomando os lábios, feito em filme
e você me manda uma mensagem avisando que tem um musical em cartaz 
e meu coração se alegra, meu dia fica melhor
você é a luz de nós
desfazendo meus nós
atando-os de novo - a seu modo

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

parece doer, mas sei lá...

as mensagens que mandas estão muito confusas

será que estás mesmo a me mandar mensagens? ou será que estou lendo demais nas entrelinhas?

acho que a solução é te tornar uma doce memória. em segredo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

c'est fini

desculpa se fui muito intensa, amor
sou nova
sou intensa
sei que não és responsável pelo que sinto 
(apesar de seres a pessoa mais encantadora do mundo)
não irei mais te incomodar
nem vou fazer questão que saibas que eu continuo te amando

terça-feira, 21 de agosto de 2012

boys don't cry

e eu sou um menininho, não é? "i try to laugh about it, cover it all up with lies". mulher coisa nenhuma.

(ou talvez minha vida esteja só começando)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

mentiras

"nada ficou no lugar"

sábado, 18 de agosto de 2012

Consolação (ou confusão)

- Fica na saída da estação.
- Tá bom.

Chegou e passou os braços por trás de mim, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Como se fossem anos, ao invés de cinco meses. Andamos. Conversamos. Quase fomos ao cinema. Beijos na escada rolante - intercalados com as já previsíveis risadas.

- No que você tá pensando?
- Em nada... Eu estava divagando.

(estava pensando em você)


Eu poderia ficar aqui pra sempre nessa livraria. Nos seus braços.


Não vai ser estranho se todo mundo me ver dando sorvete na boca dele? Ah, não... Que boba... Nós somos um casal. Eu sou metade de um casal! 

- Fica na saída da estação.
- Beleza.

Estava com uma caixa de chocolates. Era bonita, dourada. Eu nunca tinha ganhado nada antes. Muito menos chocolates. "Come chocolates, pequena; come chocolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates." Morri um pouco por dentro. Não acreditei que aquilo estava acontecendo comigo. Estava feliz.

"Vou ficar triste quando você for. Tô apaixonado por você."
Eu explodo só de lembrar.

A melhor coisa sobre nós é que sempre sabemos o que falar, mesmo quando não sabemos.
(fazemos algum sentido?)

Eu estava nervosa. Nervosa por saber o que viria, mas não saber o que fazer. Eu nunca soube o que fazer. Mas você foi sempre paciente.

as minhas mãos
as suas mãos
seus lábios
sussurros
gemidos
o meu coração

Acordei em seus braços, ouvindo as três melhores palavras do mundo, faladas com a voz mais doce e o sorriso mais bonito.
Eu
te
amo.

Eu sei que você me vestiu com sua camiseta só pra poder tirá-la.

(e agora, como ficamos?)

"Se você ficasse aqui, nós poderíamos namorar..."

Namorados.

- Eu fico na saída da estação.
- Fechou.

Já estava me esperando.
Arrumava meu vestido o tempo inteiro.
Mas sei que a maior vontade era de tirar.

- No lugar de sempre?
- Sim... no lugar de sempre.

Carícias antes do banho, você me vestindo com sua blusa quentinha, nós no sofá assistindo aquele filme abraçados. Promessas. Pedidos.

"Linda, linda, linda. Nunca deixe ninguém te dizer o contrário. Nem mesmo você."

Meu casaco com o seu perfume ainda está aqui. Não foi lavado. Eu ainda sinto seu cheiro. Eu ainda lembro do seu (tão raro) sorriso, depois de me beijar.
Eu te amo.
As lágrimas que você me fez prometer não deixar cair, estão sempre quase caindo.

Você é meu melhor primeiro. Meu doce. Meu.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Nervosismo.

Cinco meses...
É amanhã.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Be strong, little girl.

Eu parei de tomar os remédios pra depressão por contra própria e ninguém soube. Mesmo tendo consciência que se algo desse errado eu estaria bem frita, eu me senti segura pra parar. E não aguentava mais aquele torpor que os remédios causavam, sabe? Era horrível. Depressão é horrível. É algo que eu não desejo pra ninguém (assim como qualquer doença psicológica. A mente é a pior prisão que existe).
Algumas semanas depois de parar tive uma crise. Chorei escondida (meus pais não podiam saber), quase me cortei pra me sentir melhor. Mas fui mais forte. Lavei rosto. Escondi os objetos pontiagudos. Trabalhei. Cantei. Lavei roupa. Conversei com o menino que eu gosto. Fiz coisas comuns, que todo mundo deve fazer, mas acaba deixando de lado. Melhorei. E estava há dois meses sem saber o que era melancolia.
Até hoje.
Passei o dia perdida. Depois que acontece algo que te marca de forma muito profunda, você tem medo que tudo volte a ser como era antes. Reaprender a lidar com a tristeza - que hoje eu sei que é algo inevitável e inerente ao ser humano - não é uma tarefa fácil (eu não estou há cinco anos tentando confiar nas pessoas? Nada é fácil). 
Mas eu estou tentando.
Eu juro que estou tentando.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

"Not fuck myself in the head with stupid men"

Não quis e nem precisei de ninguém por anos. Por que me preocupar agora?


(muito difícil ser mulher)

terça-feira, 31 de julho de 2012

a verdade é que

quando a hora chegar
sei que não vou conseguir falar 
que eu te amo

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Alô, testando

Blog ainda não deixou de ser um diário, né?
Pois então, vim chorar minhas mágoas aqui (estourei o limite de reclamações no twitter, preciso chorar em todas as redes sociais e enfim).

Era uma vez lindo domingo de setembro em 2010. Eu morava na Opus Dei em São José dos Campos e não podia ser muito vaidosa no quesito "roupas" (segmentos radicais da Igreja Católica e vestimentas: lembranças ruins demais pra eu comentar agora) então cuidava direitinho do meu cabelo. Desci a rua, entrei no único supermercado da redondeza (saudades Villa Real, supermercado de granfino) e peguei a listinha dos cosméticos que precisava.  Sim, listinha, pois meu comportamento em lojas e supermercados é deveras masculino: entro, procuro o que quero e vou embora. Eu não vago sem objetivo, sabe? Não sei se foi sorte, se foi o destino. Só sei que naquele domingo eu achei um John Frieda Frizz-Ease Curl Around e levei pra casa.
Desde então, meu querido e temperamental cabelo só consegue amar esse shampoo. Passei tempo difíceis sem ele (dois meses depois de chegar em Pelotas, no ano passado), mas quando voltamos a nos encontrar foi pura emoção.
Quando meu cabelo estava horrível, John Frieda cuidou dele.
E John Frieda vai parar de ser vendido na minha (bosta de) cidade.

Só queria dizer que já chorei e não consegui comer desde quando a essa terrível notícia chegou a mim.

domingo, 29 de julho de 2012

50 shades of summer

descubro-me com outros
pra ter certeza que meu coração 
é só seu

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Mas ai isso que a gente chama de amor...

- Eu gosto tanto de você que me sinto vazia quando você não está.


E ele se assustou e foi embora.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

"I'll never be good enough"

E ele disse "Não sei o que fazes... Só sei que quando não nos falamos, sinto que não te mereço. Talvez eu seja fácil demais, talvez tu queiras dificuldade... Mas o que posso fazer se te adoro a ponto de me entregar assim?"

domingo, 8 de julho de 2012

riscos de calendário

tão longe e tão perto

aliterações baratas

as pernas entrelaçadas e os dedos pelos cabelos

quarta-feira, 4 de julho de 2012

apenas o que quer ver

ele dizia que doía isso dos seus amores sempre desejarem apenas amizade
sem perceber que fazia o mesmo com aquela pequena
aquela pequena...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

rio dos olhos

nunca só uma, sempre uma torrente

let it be a single tear

joguei fora tudo aquilo que mais precisava agora
por sua causa
por achar que você tinha me curado
e como sempre
o exagero foi meu




"a porta vai estar sempre aberta, amor"

domingo, 1 de julho de 2012

50/50

eu vou
mas será
que você
ainda quer?

sábado, 30 de junho de 2012

breakdown

isso é insano. eu estou insana. eu não vou chorar por causa disso. não vou. vou superar, como sempre fiz. sempre fiz. 


(a falta de ar voltou. os calafrios. o coração acelerado. tudo como antes)

always like this

e de repente ela foi tomada por uma grande fúria
tão grande, que nem as palavras românticas que estava lendo
nem as notas manhosas do piano
a fizeram parar de sentir
ninguém tinha o direito de fazer com que ela se sentisse vulnerável desse jeito
ninguém
e a fúria era mais fácil de entender

sexta-feira, 29 de junho de 2012

"I have never failed to fail."

A pior parte de sempre fracassar não é o fracasso em si. É só mais um, sabe. O horrível vem quando você lembra que nunca fez nada certo. Absolutamente nada. Aí você fica com esse peso no peito, essa vontade de vomitar e esse nó na garganta.

terça-feira, 26 de junho de 2012

dying

- tó um pouquinho
- eu quero um pouquinho de você

segunda-feira, 25 de junho de 2012

"Desculpa se te chamo de amor"

¿Por qué me dejas tan confusa?

hello, night smoke

se todos eles te ignoram
ignore-os de volta!



quarta-feira, 20 de junho de 2012

to love, one shall be a fool

what you do to me
it's not fucking fair
always making me fall in love
when we know this is going nowhere


sei como me sinto
e sei que é verdadeiro
não me embaraço em dizer
que te quero por inteiro

terça-feira, 19 de junho de 2012

hoje na terapia

anos achando que eu era uma coisa, segundos pra descobrir que sou algo completamente diferente




(controladora: check)



E esse é o país que vai sediar a Copa...

Os dois na praça.
Eu com minha sacolinha de esmaltes, querendo me refugiar do sol. Da esquina, já vou procurando o banco mais próximo e os avisto. A praça vazia. A rua pouco movimentada. Sento no banco. Os dois de separam. Concentro-me no celular. Um aperto de mãos. Levanto a cabeça pra sentir o sol. As mãos se separam com rapidez. Amarro o cadarço. Uma carícia. Senti um aperto no peito. Esse é o mundo de merda que não deixa duas pessoas se amarem sem sofrer preconceito. Esconder amor. Sentir medo de dar carinho.
Mundo de merda.

oroboro, parte segunda

não vens
não vou
ficamos

segunda-feira, 18 de junho de 2012

mas não

ontem eu sonhei que aquela frase foi pra mim
e me enchi de esperanças

sábado, 16 de junho de 2012

Mixtape.

A internet matou o romance.

Então vamos lá. Não é novidade pra ninguém (é só ler, sei lá, 4 postagens aqui pra baixo que dá pra sacar) que eu estou apaixonadinha (o diminutivo é pra mostrar o quanto eu gosto de estar assim - nem um pouco). Aí vem todas aquelas mudanças de humor ("Nossa que merda de dia e...AI ELE PUXOU ASSUNTO PRIMEIRO MEU CORAÇÃO TUMTUMTUMTUM"), crises de ciúme (vou nem exemplificar de tão vergonhoso que é) e enfim. Aquelas bostas que quem está apaixonado sente. 
Ontem fui dormir meio pra baixo, determinada a matar a paixão (haha sim, sou esse tipo de pessoa que acha que amar é ficar vulnerável demais...). Metade de mim pensava "Garota, pare com isso. Seja normal! Apaixone-se! E vá comer alguma coisa, que essa frescura toda é fome" e a outra metade dizia "Se toca, é como se ele estivesse no Condado dos Hobbits e você em Mordor de tão distante que vocês estão... E ele não quer nada mais que amizade. Então pára com isso de 'sentimentos'" (sim, foi horrível dormir com essa disputa Gollum/Smeagol dentro da minha cabeça). Acordei estranhamente leve e desci pra assistir televisão (eu estava há 2 meses sem ver tv, porque minha vó estava aqui e tomava conta do sofá. Nunca mais quero passar por isso. Mesmo. Os bucólicos que me desculpem, mas eu preciso me jogar no sofá e ficar zapeando por horas) e parei pra assistir um show do Jamie Cullum (por quem aliás, eu nutro um amor desde os 15 anos. Mas ele é famoso e todo mundo sabe que músicos, escritores, jornalistas, cineastas e atores são como personagens de livros: é amor saudável). A última música do show se chamava "Mixtape" e falava sobre alguém que faria uma mixtape pra pessoa amada. E de repente eu me peguei pensando nisso da internet ter matado o romance. "Este não não é nenhum disco de MP3; é feito à mão, formado amorosamente", ele diz. E é isso, sabe. Com a internet você não tem certeza de nada. Você não sabe se a pessoa do outro lado da tela gosta de você de verdade. Vocês trocam mensagens, se falam pelo twitter, pelo facebook, trocam fotos. Mas não trocam olhares. Ele não te dá uma mixtape como o Cliff dá pra Torrence em "As apimentadas". Ele não fica na sua janela com um rádio em cima da cabeça tocando Peter Gabriel, como o Lloyd faz com a Diane em "Digam o que quiserem". Vocês no máximo trocam uma carta, quando um do dois é oldschool o suficiente pra gostar de cartas. 
Ok, vocês devem estar pensando que eu vi tanto filme dos anos 80/90 que comecei a pensar que a vida deveria ser produzida pelo John Hughes (eu acho que devia, mas enfim, ele morreu), mas sério gente. Amor já era complicado na época da Jane Austen, quando todo mundo só precisava se preocupar com casamento e dote. Hoje tudo é complicado. E nós ainda complicamos mais?
Não estou reclamando da internet, pelo contrário. Eu amo a internet por demais (meus downloads são a maior prova disso), mas sabe. Puta faca de dois gumes, a internet. "Facilitou" a vida de todo mundo. Mas em troca, criou o relacionamento à distância.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Truth is

I love you. Most ardently.




- How are you this evening, my dear? 
Very well... although I wish you would not call me "my dear." 
- Why? 
Because it's what my father always calls my mother when he's cross about something. 
What endearments am I allowed? 
- Well let me think..."Lizzy" for every day, "My Pearl" for Sundays, and..."Goddess Divine"... but only on very special occasions. 
And... what should I call you when I am cross? Mrs. Darcy...? 
- No! No. You may only call me "Mrs. Darcy"... when you are completely, and perfectly, and incandescently happy. 
- Then how are you this evening... Mrs. Darcy? 
[kisses her on the forehead
- Mrs. Darcy... 
[kisses her on the right cheek
- Mrs. Darcy... 
[kisses her on the nose
- Mrs. Darcy... 
[kisses her on the left cheek
- Mrs. Darcy... 
[finally kisses her on the mouth


(Tornei a ler Orgulho e Preconceito. E hoje, o livro não foi suficiente)


ps. os diálogos são do lindíssimo filme de 2005.