Eu comecei a fazer meu resumo de psicologia. Aí aquele troço, aquela coisa que faz a gente grudar na internet me chamou. E como sempre eu fucei até encontrar algo que me deixaria triste.
Mas dessa vez eu não fiquei triste por mim.
Eu fiquei triste por ela.
Porque ela só quer o que todo mundo quer. O que eu quero. Porque eu to lendo esse monte de coisa que ela escreveu e por mais que não tenha passado por nada do que ela passou, eu sinto dor. Eu sinto a dor dela. É estranho isso, né? Sentir a dor de uma pessoa que a gente nunca viu. Nunca falou. Eu consigo sentir a raiva dela. O ciúme dela. E agora estou chorando sem parar, como sei - tenho certeza - que ela chorou por meses. Arrependida. Eu entendo tudo o que ela diz porque é provavelmente o que eu diria. É estranho também, estar vendo tudo de uma perspectiva diferente. A não tão previsível. A que poderia ser minha. Arrependida e magoada aparentemente sem motivo - por ter feito a besteira sozinha. Saudosista, lembrando de tudo aquilo de bom que aconteceu e fantasiando sobre tudo aquilo de bom que poderia ter acontecido. Imaginando até mesmo o que de ruim poderia ter acontecido e como poderia ter sido solucionado. Somos a mesma. Eu sou o antes. Mas não quero ser o depois.
Eu não sei nada desse tipo de separação dela, mas eu sei coisas sobre separações. E sei que é a coisa mais horrível do mundo dizer "seja feliz", quando o seu coração grita desesperado "seja feliz comigo".
Eu não sei nada desse tipo de separação dela, mas eu sei coisas sobre separações. E sei que é a coisa mais horrível do mundo dizer "seja feliz", quando o seu coração grita desesperado "seja feliz comigo".
Eu sei que é bobo me sentir culpada. C'est la vie. Foram as circunstâncias. Se era pra acabar pra ela, um dia acabaria. Se era pra começar pra mim, um dia começaria. Não posso me sentir culpada por sentirmos o mesmo pela mesma pessoa. Mas eu posso desejar que ela seja feliz. Eu espero que ela seja feliz. Eu espero que todas as palavras doídas que ela escreveu a façam aprender algo - como as palavras doídas que eu sempre escrevo me fazem aprender. Espero que ela consiga não sentir mais dor por isso.
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