Eu acho muito curioso como vários anos de análise e autoanálise agem no meu consciente.
Não tenho consigo dormir nas últimas semanas, mesmo estando de férias e teoricamente não tendo nenhum preocupação. Claro que sempre tenho a sombra de algo sobre mim - estudar hebraico ou tcheco, sair de casa pra me exercitar, tocar piano (ou tentar). Sempre tenho que fazer algo. Não lembro de um dia na vida em que a sombra de uma obrigação não estivesse ali. Mas eu me dou alguns dias e vivo como uma camponesa, sem me preocupar ativamente com coisa alguma.
Ontem contei aos meus pais que parei o doutorado e comecei a trabalhar.
A culpa e o fracasso que vem me acompanhando nos últimos tempos voltaram com força total; ler um romance bobinho dessa nova autora que parou o doutorado pra escrever romances (ah...!) também não ajudou. Mas hoje eu consegui dormir 8h seguidas e as dores no corpo que eu vinha sentindo sumiram. Puf! Milagre.
ps. obviamente meus pais esqueceram tudo o que me disseram quando eu ligava chorando ("não aguento mais o doutorado!) e disseram que só queriam que eu fosse feliz. E meu pai meteu alguns comentários semi-maldosos no meio do áudio (de 5 minutos!) de apoio. Mas meu pai vai ser sempre meu pai.
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