sábado, 23 de abril de 2016

Preciso de um tumblr pra falar de goiabinhas

Terminei a série "Real", da Katy Evans e bateu uma leve ressaquinha.

Não lembro exatamente como descobri o primeiro livro (acho que vi cartaz no metrô? Ou recomendação no facebook, não lembro mesmo), mas li os três primeiros ano passado, um atrás do outro. Lembro de achar o ritmo meio over, muito intenso pro meu gosto, mas acabei acostumando e gostei. Tenho bastante dificuldade com essas autoras de romance mais novas; como meu início no romance foi ~~top de linha~~ com Nora Roberts, Sophie Kinsella, Marian Keyes e Meg Cabot, ficou bem difícil achar autoras que conseguem equilibrar o romance com drama e humor (a única que conseguiu roubar meu s2 depois de velha foi a J.R.Ward).
Enfim, voltando à série da ressaca.
Tem lá esse cara lutador (o Remy Tate) que encontra com essa corredora aposentada (a Brooke) que lascou o joelho nas Olimpíadas. A Brooke vai arrastada pro Underground (um troço alternativo, meio MMA) e quando o Tate olha pra cara dela fica alucineides, os dois sentem uma conexão muio louca, enfim, o lance revira olhos de alguns romances que eu nunca ouvi ninguém na vida real dizer que sente mas é fofinho quando descrito da maneira certa nos livros. Aliás, problematizando um tico mais: lembro de ficar extremamente incomodada com a obsessão do Remy pela Tate. Um ciúme meio sem medida, sei lá. No final do livro fica meio explicado: ele é bipolar, nunca amou ninguém, ninguém nunca amou o pobre (os pais o jogaram numa clínica quando ele tinha 13 anos) etc. De novo: o cara querer dar o mundo pra mina, "você é minha pra sempre" até satisfaz a visão amorosa judaico-cristã da galera, mas né, tem sempre um jeito de escrever sobre isso sem parecer coisa de maníaco (Norinha Roberts é mestre em fazer isso, saudades Nora, já já volto pra você). Os três primeiros livros são sobre os dois; eu li o terceiro super rápido porque achei a tradução meio porca e tava meio enjoada do mela-mela do casal.
Eis que esse ano estou eu, lindíssima mexendo no goodreads e vejo que a série tem mais três livros. Marquei pra ler depois e final de semana passado resolvi ir atrás. Não me arrependi, mas tenho algumas ressalvas.
O quarto livro é sobre a amiga louca da Brooke, a Melanie. Começa o livro ela sedutora na balada, rainha da dança. Um boy chega a flertar com ela, mas ela fica "bububu não existe amor em Seatle, um labirinto místico, onde os grafites gritam" e vai embora. Fora da balada, ela descobre que o conversível dela tá sem a capota e começou o maior toró (porque sim, ela tem que ser a personagem irreverente que tem um conversível em Seatle, a cidade em que segundo as minhas leituras, mais chove nos EUA); bate um desespero na mulher mas TCHARAM! Tá lá o boy bombado pra salvar o carro. Atração instantânea fatal. O boy é o Greyson, filho do dono do Underground, e é misterioso e ~perigoso~. De todos os livros da série, esse é mais pesado (tem uns assassinatos, um lance meio máfia), o que mais tem cena quente (fui olhar o facebook da autora e fiquei rindo de uma foto de perfil dela meio de vózinha, ela do lado de umas flores, só consegui pensar que doideira é essa mulher com cara de girl-next-door descrevendo com detalhes uma cena de sexo anal) e o primeiro em que o exagero da história foi pra escrita. A conexão do casal é rápida demais e MEU DEUS, o que essa mulher TEM com MAIÚSCULAS e EXCLAMAÇÕES (eu me senti gritando dentro da minha própria cabeça enquanto lia). Uma pausa pra dizer o quanto eu li das piadinhas com Grey (a Melanie curte chamar o Greyson de Grey) e 50 tons de cinza. Galera pode falar o que quiser, mas 50 tons foi uma reviravolta no mundo dos romances (preciso inclusive escrever sobre esse lance bdsm que tenho pensado bastante).
O quinto livro é sobre a Pandora, a amiga gótica da Melanie e da Brooke. O primeiro amor dela foi o Kenna, um cara que acabou virando vocalista de uma banda de rock famosíssima. A história deles é meio triste, você-não-gosta-de-mim-mas-sua-filha-gosta, gravidez na adolescência, primeiro amor a mil por hora... Boring. Eu gostei porque gosto de qualquer coisa (e livro com cara de banda, nossa senhora, minha FRAQUEZA), mas pfff, boring. Uns buracos na trama que arghhhhh, mas enfim, terminei rapidinho pra ler logo o sexto. 
O sexto foca numa prima da Brooke, a Reese. Como ela se apaixona por um lutador novato do Underground (o Maverick) tem alguns relances da Brooke e do Remy no livro (saudades). Achei o mais fofo. Sem exagero de cena com sexo, um amorzinho meio puppy love, uma graça. Terminei e bateu uma tristeza.

Eu recomendo a série pra quem curte qualquer baboseira, como eu (meu amigo Bruno uma vez me disse um lance que selou minha relação com cultura pop mais ou menos: "Nós dois gostamos do Britney Jean, nós não temos critério". E é isso mesmo).

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