sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Ain't talking about my pride or my prejudice.

Como sempre, minha cabeça/sentimentos estão uma confusão sem tamanho, mas algo maravilhoso aconteceu: eu não estou nem um pouco a fim de falar sobre. Na verdade é a última coisa sobre o que eu quero falar. Eu agora tenho uma nova obsessão: The Lizzie Bennet Diaries.
Acho que todo mundo sabe que amo a Jane Austen de paixão - já visitei a casa museu dela, tenho todos os livros, vi tudo que é filme e série imaginável. Até que um dia desses (antes de ontem, hehe) uma colega perguntou se eu já tinha visto. Eu assisti o primeiro episódio e não parei mais (consegui chegar até o episódio mais recente).
Quem já leu Orgulho e Preconceito já sacou que é sobre ele. É uma releitura sensacional e moderna do livro, em forma de, isso mesmo, vlog! Você provavelmente está pensando "pff, que bosta, vlog", mas é muito bom. A Lizzie é uma estudante de comunicação que decide fazer um vlog (com a ajuda da melhor amiga Charlotte) como parte do projeto final do seu curso. Ela acaba falando mais da vida dela que outra coisa - o que inclue falar da mãe (que é obcecada pra casar as filhas) e das irmãs. O vlog começa com um casamento em que a Jane (irmã mais velha da Lizzie) conhece o Bing Lee, um estudante rico de medicina (prato cheio pra sra. Bennet). Na festa, Lizzie conhece Darcy (melhor amigo do Bing ou o amor da minha vida) e é ódio a primeira vista. Bem como no livro.
Há diferenças, claro. Duas das irmãs Bennet foram deixadas de fora (a Mary e a Kitty), mas aparecem como personagens secundárias. Mas uma viciada em Jane Austen como eu quem já leu ou viu o filme maravilhoso de 2005 (com a Keira Knightley e o Matthew Macfadyen) percebe várias falas "repetidas". 
Os episódios são curtinhos (têm no máximo 6 minutos), todos do youtube (estou assistindo sem legendas, mas tem legendado em português) e tem vários spin-offs bem legais (como o The Lydia Bennet, o Pemberley Digital e o Charlotte Lu). O Darcy só aparece no episódio 60 (imaginem o meu desespero pra chegar no episódio 60) mas vale bastante a pena esperar (o moço que atua conseguiu fazer a quase fobia social do Darcy perfeitamente). O Wickham consegue ser tão odioso quanto o do livro. As três Bennets são ruivas bem lindinhas que se vestem super bem (os comentários hahaha eu posso reparar nas roupas?), a série fala de coisas bem modernas (isso de comunicação, mídias digitais) e temas também (sabe o escândalo da Lydia, que no livro é uma fuga pra casamento? Na série é uma sex tape).
Mas sem dúvida, o brilhatismo da Miss Austen é o melhor de tudo. A Lizzie feminista que a princípio não quer se render ao amor e julga sem conhecer está lá, tão firme e forte em 2013 quanto era há 200 anos atrás, quando o livro foi lançado.
Aí eu pergunto: como que a gente não ama?

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