sábado, 6 de dezembro de 2008

U - Má - Yra

Má: Eu não consigo confiar nas pessoas. Não consigo mais, não consigo mais... Tento me convencer que isso é bom pra mim, mas quando eu vejo confiança nos outros, eu não acredito tanto assim em mim mesma. E eu ODEIO não confiar em mim mesma. Desconfiança já basta com o mundo.

U: Mas por que, por que? Por que você é TÃO idiota, deixa uma besteira te deixar tão triste, tão só, por que um erro que não foi totalmente seu faz você querer ser a pessoa mais forte do mundo? Você tem 15 anos, caramba, não 40. Ninguém que você realmente ama morreu, você não passa necessidades, você não precisar querer ser assim, você não PODE querer ser assim.

Má: Eu não sou só. Eu quero ser só. Eu quero me fechar no meu mundinho pequeno, dos meus livros, minhas músicas, meus filmes, mas as pessoas não deixam, NINGUÉM ME DEIXA! Isso me irrita. Até pra ser só eu tenho que fazer força.

U: Você só quer diferente. Só isso. Como não é excepcional em nada, quer ser diferente. Quer ser alternativa. Você é patética.

Má: Sai daqui. Eu te odeio.

U: Você só ficou assim porque é verdade. Você É patética. Por que você não é normal que nem todo mundo?

Má: Porque "todo mundo" é burro. É alienado. "Todo mundo" pensa que vai durar pra sempre, tenta adiar a morte, se acha o máximo, humilha quem é menor. "Todo mundo" não presta. Eu percebi isso, você não.

U: Cala a boca. Sai daqui. Você é um produto daqueles professores pseudo-cults. Você é o pior lado esquerdo do cérebro que alguém pode ter.

Má: Se eu pudesse, eu te matava. Você é o pior lado direito do cérebro que alguém pode ter.

U: Pelo menos eu não perdi a fé no mundo. Pelo menos, eu sou responsável por fazer amigos. Você não.

Má: E quem disse que eu preciso ter fé no mundo? Um dia você vai perceber que o mundo não presta. Só espero que não seja tarde demais.

Yra: E só quero alguém... Eu só quero alguém...


Má me domina. U me dá dor de cabeça. Yra é quase a verdade. Eu gosto de Má. Eu quero ser Má. Umáyra é complicada demais.

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