terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Concisa.

Eu não faço resoluções há anos, mas faço um balanço. Então vamos lá.
Esse ano eu larguei de vez a faculdade de Direito depois de dois anos e meio cursando desgostosa. Prestei vestibular pra Letras (que delííícia), me mudei pra São Paulo e sofri um tantinho com gente querendo se meter no meu coração.
Talvez demore pra me acostumar com esses anos conturbados. Talvez.

sábado, 28 de dezembro de 2013

"like your oldest friend just trust the voice within"

ela diz que nunca vou me sentir entendida por alguém que não seja um escritor de um livro velho
e que nunca ninguém vai me suportar plenamente

o problema é que não confio

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

desculpe-me, mas hoje eu não gosto de mim

não gostas de desculpas e foi contigo que aprendi a me desculpar
não te amas e foi contigo que comecei a me amar
não sou perfeita e sei que ninguém é - estou em constante descoberta e difícil aceitação
eu quero simples, sei que queres simples, mas complicamos
amor é realmente humor

sábado, 14 de dezembro de 2013

saint paul, saint paul

your tv's on and some lights are bright outside
you feel anxious like a teen
and as lonely as you were in your 15
you came full of dreams and love
now your dreams seem like they're not yours, they're fucking distant
and your heart hurts
and for one second you feel that love is not enough
but love is all that you have
love is all that you are
love, in a funny and not traditional way, is all you can give

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

amor

era tão grande o medo da vulnerabilidade
hoje o ser é puro medo

sábado, 23 de novembro de 2013

you know why

quando você chega perto o suficiente, percebe que todo mundo tem rachaduras. aguentar é outra história. nem eu suporto as minhas. como pedir, querer que alguém suporte?

complaining

we all want to be on a plain

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

azul e rosa meio alaranjado

são 5:57 do dia da consciência negra. acordei de supetão de um pesadelo com tubarão, assustada e com calor. da janela lateral do quarto de dormir olho o céu. está rosado por cima dos prédios da ibirapuera. tudo está silencioso, algo que provavelmente nem é tão raro assim, mas me causa estranheza. passa um carro e presto atenção. é bem típico eu não conseguir me concentrar no silêncio e procurar qualquer barulho ou confusão. meu corpo me derrubou por duas noites seguida; culpa da minha mente, como sempre. faltam 4 dias pro que me tirou do meu estado normal. são 6:15 e toca a ave maria na igreja. por que o céu é azul?

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

tira isso de mim, meu deus

eu não mereço
ter todo essa angústia
ter todo essa mágoa
eu não mereço

domingo, 10 de novembro de 2013

sylvia

"if you love me, why do you keep messing around with them?"

chorona

quando minha terapeuta disse que eu não estava pronta pra largar a terapia, eu devia ter entendido que eu ainda não estava pronta pra pessoas. eu ainda tenho 14 anos e muito, muito medo. medo de desapontar qualquer um ao meu redor, o que acaba me destruindo de tanto me magoar. egoísmo disfarçado de qualquer coisa. indiferença aprendida de um dia pro outro. a diferença é que agora fazem anos. anos cultivando indiferença. fingida.

sábado, 9 de novembro de 2013

true

loveful, lovefool

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Sobre o dia em que uma novela de monges me fez ver.

Não perder tempo com sofrimento. Aprender com as lágrimas.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

"my soul away"

meu coração está tão nublado quanto essa cidade.

sábado, 26 de outubro de 2013

e todos os palavrões possíveis

se não liga, por que eu ligaria?
foda-se o que eu sinto
sempre

Etc e tal

- Você também tá se sentindo preterido?
Latiu como se concordasse.
- É foda essa vida né. Pelo menos você vai ser bonitinho pelo resto da vida. E eu que tenho menos de 30 e já sou última opção de todo mundo? Eu não tenho nem alguém pra trocar cartas, como a Virginia Woolf tinha.
Estava falando com a parede. O cachorro tinha ido embora.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

and yourself

"oh, look what you've done
you've made a
fool of everyone
fool of everyone
fool 
of
everyone"

"oh, so you're sorry now?"

não flerto
você também não
mas te flertam
desculpa se você sente muito
não sinto
também não sinto vergonha
desculpa se você sente

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

odeio

EXPLOSÃO
tchakabum
uma bomba na sua cara

domingo, 20 de outubro de 2013

"I just want to be perfect."

o céu estava caindo quando sentiu aquilo que lhe apertava o peito
gira nina, gira
vais morrer querendo perfeição

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

besteirinha

I'm afraid you won't miss me as much as I miss you
I'm afraid you'll wake up one day and find me dull
I'm afraid my paranoia will bore you
I don't like them but they make you happy

and then you say one word
you give one smile
and I'm no longer afraid

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

sex

quero presente de afrodite
tenho cavalo de tróia

mulher é prática?

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

"the only thing that I pray is that my feet don't fail me now"

andou do centro ao sul com jesus
e pela primeira vez estava só com ele

sábado, 5 de outubro de 2013

get on with life

know me
love me
promise me
caress me
hurt me
betray me
I'll love you
and this is how it works
love me
love me
love me

don't give up on me

elizabeth, victoria, atenas e afrodite

de melhor comportamento não me falem, não sou rainha
falo o necessário, o adequado
sou por vezes mal interpretada
falem-me de sentir
sentindo sou deusa

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Diário - São Paulo (1)

Eu sempre soube que sempre fui um grande clichê. Eu sempre esperei não ter o melhor ou ser plenamente feliz por fazer tudo errado. Faço errado sozinha ou acompanhada. Há algo em mim e em minhas ações que acaba ferindo o meu próximo. Hoje eu chorei e quis ir pra casa por achar que só meus pais vão me aguentar.

"Heaven forbid you end up alone
and don't know why
Hold on tight and wait for tomorrow
you'll be alright"

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

boo hoo you whore

um dos quartos do meu coração está doente e sente ódio
é preciso haver um fim

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

moment

quer e não dá, abandona e faz sofrer
recompõe-se e segue

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

a terra da garoa, so far

estou aqui há duas semanas e tenho algumas coisinhas em mente:

RUA
dia e noite, noite e dia
eu saio com o cabelo molhado
e volto com cheiro de cigarro

SÉ SQUARE
ooooo
lha
o OOOOOO
uro
suflair um reAAAAAAAAL
seis por cIIIIIIIInco

PINK ANNAMIE
não pode ser ela
não pode ser
cadê meu bilhete
meu deus não
(tropeços, bolsa engatada na catraca)

e só. amor aqui existe, só tô meio fora de clima pra falar sobre (eu já fui atingida pela solidão).

terça-feira, 20 de agosto de 2013

525600 + some more

it's just a matter of days, mon couer
calm yourself a bit
you'll live soon

domingo, 18 de agosto de 2013

slave

dorme que vai, dorme que passa
não roubaram teus sonhos, só roubaram tua calma
dorme

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

fazendo favor, menina

ninguém liga pros seus sentimentos
então trate de ficar bem sozinha
(achei que já tivesse aprendido essa lição)

domingo, 11 de agosto de 2013

"for today I'm a child, for today I am boy"

para com isso moça, para de se martirizar
isso não lhe leva a lugar algum
pouco importa aos outros se você se sente mulher,
adulta,
no caminho
ou até mesmo melancólica;
hão de lhe cobrar tudo, claro
então por que se preocupar em fazer no tempo de outros?
faça no seu tempo
faça o seu tempo
seja no seu tempo
não é como outras
mas é você

"One day I'll grow up
I'll be a beautiful woman
One day I'll grow up
I'll be a beautiful girl

But for today, I'm a child
For today I am a boy

One day I'll grow up
I'll feel the power in me
One day I'll grow up
of this I'm sure

But for today, I'm a child
For today I am a boy"

(For today I'm a boy - Antony & The Johnsons)

sábado, 10 de agosto de 2013

Let's go back to the start

Things were complicated from the very begining, but at least no personal attacks were being perfomed. Hearts were broken by that time, and the innocent thought it was the circle of life - since the innocent's heart had been broken many times before. But a pure heart never considers other hearts to be cruel.
Yet again, that's life.
Cruelty grows from an injured soul and it splashes everywhere, hitting any person.
The innocent counts on this, but never counts on being striked.
Being striked hurts. 
The hands get shaky, the skin gets goose bumps and the body gets numb.
Everyone wishes the world was all about "raindrops on roses and whiskers on kittens". But it ain't.
Now, irony and pain is being shot at the innocent.
And still, the heart won't die.

Mantra.

Ame-se.
Ame-se.
Ame-se.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

um fodido

o proletário,
ele senta na marreta e gira

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

pra já!

eu respiro fundo e seguro o choro pra não molhar teu peito enquanto vemos o musical
tu diz que é bobagem e repito como quem repete uma reza que sou assim
sei que justifico tudo com "sou assim" e isso te irrita, mas continuas a fazer vista grossa pra isso
logo logo

domingo, 28 de julho de 2013

Discordar de quem discorda

Eu não ligo pra santa quebrada. De verdade.
Por mais que eu tenha passado anos da vida fazendo catequese e meus pais sejam muito católicos, eu acabei me tornando um ser não religioso. Minha educação é cristã, assim como a de meio mundo. Mas eu não vejo sentido em seguir certas regras e ter certos preconceitos, então não faço parte de igreja alguma. Eu não ligo se uma moça pelada faz uma performance quebrando uma santa. Eu já quebrei um são Brás do altar dos meus pais e tirei várias lascas de outras estátuas. Eu também não ligo se vai "manchar" a imagem da Marcha das Vadias. Eu não ligo pro fato de as moças terem "ofendido" os católicos*. Não ligo mesmo. Mas sabe o que eu acho foda? Gente que dá tiro no próprio pé. Explico.
O Brasil é aquele país religioso disfarçado de laico, logo, vários direitos que pessoas nos países laicos de verdade têm, nós não temos. Eu poderia listar vários, mas vou focar em um que interessa a maioria das mulheres - principalmente as que participam e apoiam a Marcha das Vadias: o aborto. 
Não vou entrar na questão ética do negócio (existem milhares de textos na internet sobre isso), mas o fato é: num país onde o Estado não tem uma religião, o aborto é legal. Uma mulher que foi estuprada, que corre risco ou que simplesmente não quer o feto (que segundo a ciência, até uma quantidade x de meses ainda não é uma vida legalmente falando) pode ir a uma clínica e abortar - sem passar por nenhum trauma no processo. A MdV no Brasil luta pelo legalização do aborto (é só pesquisar um pouquinho pra notar o quanto de vidas são perdidas em clínicas clandestinas) e a briga é feia. Como eu disse ali no começo, o Brasil é em tese um país laico, mas na prática não é bem assim. Não sei se com o passar dos anos eu entrei demais na onda da "política da boa vizinhança", mas acho que quebrar um santo não vai ajudar em nada a legalização do aborto. É legal dizer pra igreja "ó aqui, você não manda em mim nem no meu corpo e eu não ligo pros seus símbolos", mas mais legal ainda é conseguir uma mudança concreta. É legal e correto lembrar que a igreja é conivente com uma monte de bosta e já faz um monte de bosta, mas isso não vai mudar nada. Quebrar um santo só vai chamar atenção pro óbvio: as "minorias" (que não são tão minorias assim) são massacradas pela igreja e não estão satisfeitas com isso. Eu não vou vingar nenhum menino assediado por um padre pedófilo ou uma lésbica estuprada quebrando um santo. Mas ah, como eu vou deixar a igreja brava se eu abortar. Como eu vou deixar a igreja brava me casando com meu parceiro do mesmo sexo. Quebrando uma santa, eu só vou conseguir um olhar e uma nota de reprovação de um bispo e alguns católicos exaltados. 
Eu não teria nenhum problema em quebrar um santo se isso me desse o direito de fazer o que eu quisesse com o meu corpo legalmente. Enquanto isso não acontece, quebrar um santo, rasgar uma burca, chutar um despacho e chamar isso de performance é só arte. Arte que eu não gosto**.
Eu sei que geral vai me chamar de reaça (se fosse pessoalmente eu provavelmente xingaria a pessoa, mas né, internet), alienada, catoliquinha e afins. Mas acho que só virei uma pessoa prática demais. Perdão e por favor não confundam reflexão com direitismo. Talvez eu só tenha aprendido a pensar mais antes de ser emoção pura.

*Eu li alguém falar sobre ofensas em manifestações, como se elas fossem obrigatórias e achei meio errado. Manifesta-se do jeito que se quiser: ofendendo ou não. Ofender só vai te cansar mais e trazer um pouco mais de dor de cabeça.
**Seguindo essa lógica do Essa Religião Não Me Representa, seria bacana alguém rasgar uma burca simbolizando todas as meninas que são vendidas quando crianças pra se casarem. Né não?

"cresça e desapareça"

"não tem ninguém que mereça
não tem coração que esqueça
não tem pé, não tem cabeça
não dá pé, não é direito
não foi nada
eu não fiz nada disso
e você fez
um
bi
cho
de
sete
cabe
ças"

quinta-feira, 25 de julho de 2013

"oh my man I love him so, he'll never know"

um homem que fez com que eu me sentisse rejeitada antes das 7h da manhã e me fez chorar antes das 8h

domingo, 14 de julho de 2013

"Or don't ever love me at all"

I don't want to be a lover undercover anymore. It's making me sad.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Catarse

Funciona assim:
Você vê algo (uma foto, uma mensagem, um texto, algo que se absorva);
Sente muitas coisas;
Lida com isso e segue em frente.
Em algum ponto da minha vida, eu perdi esse "filtro" que faz com que todo mundo lide de forma relativamente natural com essa catarse que chamamos de vida. É como se tudo chegasse de uma vez e eu não conseguisse digerir. Constipação emocional, sabe? Então eu fiquei assim:
Vejo algo (uma foto, uma mensagem, um texto, algo que se absorva);
Sinto muitas coisas;
Fico enjoada;
Minha garganta dá nó;
Vomito;
Sinto frio (bem "meu corpo é quente, estou sentindo frio" mesmo);
Venho escrever.

Tomara que tudo passe.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Shrink

- Você quer voltar pra terapia?
- Eu queria não precisar de terapia.

domingo, 30 de junho de 2013

oh yay yay yay

no self esteem, no self esteemm, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem, no self esteem
(to be ignored)

sábado, 15 de junho de 2013

"Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil"

Eu não ainda não consigo falar sobre São Paulo, Rio e manifestações sem ficar com raiva a ponto de chorar. Eu só consigo ler mais e mais e mais e obter mais informações. Eu quero gravar tudo na minha mente: tudo sobre os dias em que o meu país "democrático" tocou fogo numa Constituição que levou tantos anos e tantas vidas pra ser construída.
Talvez eu nunca consiga ficar normal a respeito disso.

terça-feira, 11 de junho de 2013

my valentine

1st year and so much love

segunda-feira, 10 de junho de 2013

chama

primeiro vem interesse
depois paixão e amor
até que um dia "puf"
"apagou"


(não, não é sobre mim. mas importa?)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

somatização

ando pensando tanto, que meu corpo todo dói.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

"Men's shirts, short skirts"


I'll keep pretending I'm a woman until I feel like one.

domingo, 26 de maio de 2013

loneliness

hoje senti vontade de fugir pro teu calor e calar qualquer um que duvide
calar inclusive meu coração, que é tão jovem e ama como o tal 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Small talk

- Você sabia que Tutti Frutti é cheia de mensagem sexual?
- A música só tem, sei lá, 5 frases.
- Mano, she rocks to the east, she rocks to the west, she knows just what to do que que você acha que é?
- Dança?
- Claro que não, é sexo! É tipo Great balls of fire.
- Cara... cala a boca aí.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Sobre o dia em que eu entrei numa calça skinny 42 (e me senti um lixo).


    Desde que eu me entendo por gente, eu sou acima do peso. Quando você é criança, é “bonitinho” ser assim. É fofinho. “Que criança, fofa”, todo mundo diz. Aí você vai crescendo e as pessoas começam a se preocupar com você. “Você anda comendo muito doce e tomando muito refrigerante, não é mocinha?” e você não entende nada. “E atividade física, você faz?”. E você não entende nada. O negócio é: você é criança. Você não se preocupa com o que come ou se deixa o não de fazer exercício. Você não quer se preocupar com isso e nem deve. Preocupação é coisa de adolescente, de adulto. Não de criança.
   Então os seus pais e o resto das pessoas começam a se preocupar de verdade. Eles te levam ao nutricionista. Eu tinha nove anos quando fui à nutricionista pela primeira vez. Nove anos. Eu ainda não estava na puberdade, não ligava pra minha aparência. Eu só queria ler meus livros, ter a casa da Barbie completa e poder comer quanto doce quisesse quando fosse a um aniversário. Mas a partir dos nove anos, todos os meus passos passaram a ser controlados. Não tinha nada que “engordasse” em casa e todas as mães dos meus amigos estavam avisadas que eu “não podia” comer certas coisas. Aos onze, eu tinha que anotar tudo o que comia em um caderno e todo mês passava por um julgamento na nutricionista. “Você fez coisa errada essa semana, não foi?”. A coisa errada era comer duas taças de sorvete ao invés de uma ou algo assim. Comer se tornou algo errado pra mim.
   Comer era errado, mas era um refúgio. Desde sempre, por algum motivo, eu me senti pressionada. Comer me dava alívio. Alívio. Eu só queria sentir livre desse monstro que é a ansiedade. Então eu passei a comer escondido. Eu catava moedas em casa pra comprar balas, eu comia “o que não devia” na casa dos outros (mas nunca sem muitas piadas do tipo “Olha que eu conto pra sua mãe, viu!”). Desenvolvi ódio por qualquer tipo de exercício (eu fiz ballet por alguns anos, mas saí por me sentir preterida pela professora – que claramente não aprovava meu corpo). Eu só gostava e ler e assistir televisão.
   Vivi num “efeito sanfona” até o último ano da escola. Assim que terminei, fiz intercâmbio. Todo mundo avisava que intercâmbio era difícil no quesito comida; se eu não me cuidasse, provavelmente ia engordar muito. Eu não ligava, nem um pouco. Eu só queria conhecer Londres sem me encucar com nada. Pois bem, não me preocupei. Pela primeira vez na vida, eu não tinha ninguém controlando o que eu fazia, que horas eu dormia e principalmente: o que eu comia. Experimentei de tudo e comi muito do que gostei. Voltei com quase dez quilos a mais.
   Minha família se assustou. Eu estava enorme. Concordei que precisava mudar alguma coisa (eu tinha dores nas pernas e na costa) e fui a endocrinologista. O processo todo começava na escolha do médico: eu já era vegetariana há aproximadamente três anos e nenhum médico concordava com isso. Tirando anemia leve (que curava fácil com remédio) eu era saudável. Mas ninguém queria ver isso. Eles me viam gorda e só. Achei uma médica que não tinha problemas com vegetarianismo. Ela conversou bastante comigo, perguntou se eu era ansiosa e me receitou alguns remédios. Entre os suplementos todos, tinha sertralina e sibutramina. Eu sabia que eram remédios fortes, mas não tinha ideia do quão forte eram. Tomei por alguns meses até ter que sair de casa mais uma vez – pra fazer cursinho – e não ter disponibilidade pra continuar o tratamento.
   A verdade é que nesse período em que eu fiz cursinho, eu não tinha tempo nem pra dormir direito. Eu tinha aula o dia inteiro, menos de uma hora de almoço e dormia de cinco a seis horas por dia. Levava lanches que a senhora da cozinha do lugar onde eu morava fazia. Almoçava direito três vezes por semana. Nos outros dias eu comia sanduíche. Nos dias que antecediam os simulados eu comia um pacote de amendoim com uma barra de chocolate trancada na quarto. Meu ambiente de casa, apesar de ser relativamente tranquilo, não me ajudava muito. Voltei pra casa vestido manequim 48.
   Voltei a endocrinologista. Voltei a tomar remédios. Voltei a sair de casa. Comecei a faculdade do outro lado do país, morando sozinha. No primeiro semestre eu me alimentava bem, mas o segundo foi uma porcaria. Eu não queria ter voltado pra Pelotas (já sabia que não queria estudar Direito nunca mais). Entrei em depressão. Quando eu não passava dias sem comer, comia um doce pra não desmaiar. A situação ficou insustentável. Voltei pra casa.
   Quando cheguei a Porto Velho, recebi vários elogios sobre como eu tinha emagrecido. Hoje vejo como foram decisivos esses elogios – e como me lascaram a vida. Veja bem: eu nunca tinha recebido elogios sobre meu corpo. Eu fiquei feliz com algo que não deveria me deixar feliz; eu estava doente e passava fome. Mas não ligava. Então criei o hábito de passar fome. Em 2012 emagreci tudo o que não tinha emagrecido a vida inteira. Comecei a jogar tênis e não sentir a fome que sentia antes.
   Até que no final do ano passado, eu comecei a ruir. Minha imunidade ficou baixíssima e eu sentia um sono incontrolável e fraqueza. Fui ao médico e descobri que tinha anemia quase profunda. Meus pais quase surtaram. Tomei algumas doses de noripurum na veia (pior experiência) e minha vida virou de cabeça pra baixo: agora, as pessoas insistiam pra eu comer. Mas as coisas não são fáceis assim. Eu não sentia mais fome. Eu não sinto, até hoje. Se antes eu descontava toda a tristeza e a ansiedade comendo, agora eu perco todo o apetite. Eu não acho que isso seja bom, eu tenha plena consciência que é péssimo. Vou ter que lutar contra mim mesma por mais algum tempo, até conseguir ser normal.
   Antes de ontem fui comprar jeans e pedi um tamanho 44. Ficou folgado. “Eu agora caibo num 42 skinny”, pensei. Passei alguns minutos me olhando no espelho e me senti horrível. Péssima. Lembrei de tudo que passei pra entrar na calça e tirei na hora. Talvez minha relação com comida nunca seja normal. Talvez um dia eu consiga comer o que quero sem dizer que "cometi um erro", ou consiga me olhar no espelho e pensar "estou ótima". A única certeza que tenho, é que nunca mais vou me curvar a nada. Aquela calça 42 foi como uma epifania. Eu não vou mais me torturar pra entrar em nenhum padrão. Nunca mais.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sad teen with a blog

Desde que eu me entendo por gente, volta e meia eu fico bem triste por me sentir sozinha. É como se tudo explodisse de uma vez: a escola, a família, os amigos. Eu achava que depois depois de "mais velha", esse tipo de coisa ia acontecer com menos frequência. Ledo engano.
O que eu posso dizer (com minha experiência apenas) é que quando solidão, dor ou enfim, esses sentimentos meio ruins chegam, eles chegam forte. Hoje eu tenho que me preocupar em não chorar no meio das aulas porque meu pai me falou algo que passou da conta ou porque não tenho tempo pra tentar falar com os poucos amigos que tenho. Fora o normal, que é saber o que vou fazer da vida (da minha vida acadêmica, no caso).
É uma bosta. Tinha esquecido como é uma bosta. Nada de "ah, mas você gosta de uma dor", amigo, ninguém gosta de dor. Você se acostuma, sim. Você vicia, sim. Mas gostar ninguém gosta. Ninguém gosta de acordar no meio da noite com crise de pânico e achando que vai morrer só; ninguém gosta de se sentir largado.
Mas sabe o que eu realmente não gosto?
Eu não gosto de sentir essa dúvida sobre como eu sou melhor: agora que me abri pro mundo ou antes, quando eu não deixava ninguém entrar. Estar fechado é horrível porque apesar de não sentir dor, você não sente nada. Quando você sai do casulo, dói e você pensa "é a vida", até levar tanto na cara que pensa em voltar.

Isso é porque ainda nem pago minhas contas (mas estou bem perto de pagar).

life

sometimes you overdramatize and over overreact
I used to do this all the time
but now I won't

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Parei.

Aquele momento em que percebe que está tão chata, que ninguém mais te aguenta (nem mesmo você).

We will.

I love you more than anything I've ever loved before. And we'll make this work.

domingo, 12 de maio de 2013

Radical self love.

I may not be special for anyone, but I'm special for the most important person in the world: myself.
I may not have good taste in music, movies or books, but my taste is important to me.
I may not have the perfect hair, the perfect body, the perfect face or the perfect vocabulary, but I'm perfect the way I am.
I am important. I do not care if a single soul in the planet thinks otherwise.
I am important.

"Fear is no longer hanging around"

Fiquei louca até me amar.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

"We'll live for sunrise, sunsets and stars"

Um dia eu vou fazer alguém muito feliz.

Obrigada Ana. Por tudo o que você é pra mim.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Honey

A cada batida do meu coração tenho mais certeza que vai doer como o inferno, porque é disto que se compõe a vida.

Para com isso, criatura!
(hahahaha)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

So yesterday.

You should've known I was imature and I should've known I would be absurd and you'd be upset. After all, destiny's got a point when it made you start calling me baby.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Dear diary

Eu estou tão, tããão confusa, que vou ler um Nora Roberts enquanto enrolo meus dedos com band-aid. Santo dia o dia em que me falaram "Tem um livro bem legal, acho que você vai gostar" e eu li Arrebatado pelo mar. Mal sabia que ia encontrar meu melhor remédio pras horas de ansiedade feat tristeza, ansiedade feat histeria ou ansiedade feat qualquer coisa ANXIETY, ANXIETY (eu estou cantando pra entrar no clima).
Decidi não pintar minhas unhas esse mês por motivos de: quase quebrei dois dedos em 2 dias e minhas unhas foram cortadas curtas pra outro acidente não acontecer (dois dedos. DOIS. DEDOS. Lembrando que trabalho de tênis ou sapatilha).
Ando complicando a vida por demais e ficando nervosa nível acho-que-vou-voltar-pra-terapia. Mas surtando mesmo, de chorar e discutir com a parede do banheiro (em inglês). Hoje estava falando com uma amiga sobre os efeitos e ser bloqueada na internet e pela primeira vez admiti que me senti ofendida quando saquei que isso rolou comigo. "Que porra eu fiz pra você, colega? Eu nunca nem falei com você" foi o eu pensei (não antes de bolar cinco mil teorias de Como As Duas Pessoas Que Me Bloquearam Estão Mandando Energias Negativas Para Mim). Logo depois de falar que me senti ofendida (péééé guilty for being a MELINDROSA) eu pensei "caralho, mas que merda de pessoa eu sou por ficar me preocupando com alguém da puta que pariu que não gosta de mim" mas depois eu lembrei que sempre fui assim (de me preocupar com essas bobageiras assim). Acho que sempre vou me incomodar com essas coisas (inclusive porque eu sei que essas pessoas leem meu blog - é, esse blog pessoal cheio de asneira). Preciso apenas parar de me incomodar a ponto de isso mexer com meus sentimentos (muito fácil mexer com meus sentimentos, é o horror, o horrooooooor...).
Ainda por cima pirei o cabeção de novo ao pensar sobre sexo... Mais uma vez. Sim, talvez seja por eu estar fazendo maratona de Sex and the City (nos momentos vagos, lógico, pois sou uma moça que trabalha bastante e não tem muito tempo livre, risos), talvez seja pelo mesmo motivo de sempre (damn insecurity!). Só sei que um dos meus dedos quase quebrados é a prova do meu ataque de loucura noturno, ainda por cima (chegou em forma de pesadelo).
Alguém me disse uma vez que meu blog é tipo uma parte da minha cabeça que eu tento ignorar. Outra pessoa me disse que é o meu eu que eu não mostro pra ninguém. 
Não sei e provavelmente nunca vou saber. Sei apenas que todos os meus eus precisam de uma cerveja.

ps. isso soou meio esquizofrênico?

domingo, 28 de abril de 2013

agorinha

abri a porta do cyberespaço e vomitei sobre todos

(nojo)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

So we'll meet again

Something bad is about to happen, I can feel it on my skin.
Acordou duas vezes de madrugada e o resto do sono foi inquieto. Sempre sabe, sempre sabe quando algo vai acontecer. Better get ready.
(nem sabe, mas já começou a se entristecer)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

cara...

começar a andar com aqueles bagulhos contra mau-olhado porque poooorra...

domingo, 21 de abril de 2013

So, I'm starting this...

LIFE RESOLUTIONS:

1 - Stop being so hard on myself. I am perfect the way I am. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Isn't it?

That's fucked up.
And so am I.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Sobre mim: sempre e pra sempre.

    Eu vi o vídeo da campanha da Dove hoje mais cedo e chorei horrores. Nele se vê como as mulheres se cobram e o quão duras são consigo mesmas. Em menos de dois minutos de vídeo eu lembrei que hoje passei o dia sem me olhar no espelho por me achar horrível.
    Não me olhar no espelho é algo difícil: meu quarto tem três e um deles é a porta do meu guarda-roupa. Eu sempre quis um espelho grande, apesar de sempre ter odiado minha aparência. Pra mim, o grande truque ao ter que "lidar" com minha imagem foi "nunca questionar". Quando me questiono, eu me machuco. Então sempre foi simples: "eu me odeio e não gosto de me ver, não quero ter que me encarar. Mas também não quero tentar entender porque quero um espelho gigante pra ter que me encarar, mesmo que acidentalmente, todos os dias". Pois bem, raramente me questionei. Passei a adolescência inteira fugindo de mim mesma e sendo o mais inseguro dos seres.
    Até que um dia, eu me peguei olhando pro teto de um quarto que seria meu por mais 6 anos. Eu não tinha espelhos ou câmeras fotográficas (as, as fotos, como eu fugia das fotos...). Estava há dois dias sem comer e uma semana sem tomar banho. Eu olhava pro teto e queria que ele caísse em cima da minha cabeça. Não lembro quando comecei a chorar ou quanto tempo fiquei assim, mas entre um instante de lucidez e outro, lembro de ter pensado "Chega. Eu tenho que lutar contra essa vontade de querer morrer. Eu tenho que aprender a única coisa que me vai fazer querer viver: a me amar". E a partir desse dia, eu iniciei essa longa jornada que é a busca pelo amor-próprio.
    Isso foi há pouco mais de um ano. E Jesus amado, como é difícil. Como é difícil tentar tirar da cabeça que eu sou errada - porque desde sempre me ensinaram isso: que tudo na minha aparência era errado. Eu não me sentia menina. Eu ainda tenho problemas pra me sentir mulher. Eu nunca fui desejada. E eu sempre quis. Ainda quero. É tão difícil mudar a cabeça, é tão difícil... Eu me esforço tanto pra mudar e me esforço até pra me encaixar no padrão. Tem dias que acho que nunca vou conseguir. E hoje é um dia desses, um dia em que acho que nunca vou...

Maybe I should just be conformed.

I'm 20. If I don't have the "sex thing" (aka sex appeal) by now, I think I'll never have. Which is really sad, cause in my mind this would make me feel complete.
Well, I guess we don't always get what we want.

domingo, 14 de abril de 2013

Life.

I'm surviving and I'm destroying myself.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

blah blah blah

blah blah blah depression blah blah blah it can come back blah blah blah I'm kind of scared blah blah blah I wanted to die for some seconds blah blah blah I don't know what to do

domingo, 7 de abril de 2013

nem nunca

certas coisas que não me incomodavam de maneira nenhuma, hoje me fazem ter mal estar físico. acho que a posse muda a perspectiva. entretanto, essa mudança de incomoda. e eu, tão cheia de ações involuntárias vou me policiar o máximo que puder pra não virar alguém que talvez estivesse bem lá no fundo do meu ser. não me interessa se talvez seja "eu". não gosto. não vou me transformar em algo que não gosto.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Confession.

I want to rest my tired body upon your stronger arms - even though I know I have strong arms myself.

terça-feira, 2 de abril de 2013

pills

tem dias que eu sinto vontade de gritar até perder a consciência. acho que sinto falta do torpor. "merda! sou lúcido,"

domingo, 31 de março de 2013

A motherfucker

Eu juro pela alma da Jane Austen que prefiro ser uma velha que vai morrer esmagada pelos próprios livros e que lê romances até perder a noção de realidade a ter que passar mais uma vez na vida pelo que eu to passagem com essa porra que é o amor.
(ou o ciúme, whatever)
(que seja a primeira e última!)

info.com

eu quero ir embora daqui, eu não quero saber dessas novas tendências
eu quero ser um velho numa caverna ou um viajante que se apaixona por uma prostituta de nome sugestivo
eu quero me desligar desse monte de bosta que o mundo joga na minha cara o tempo todo, o tempo todo, o tempo todo
eu quero largar essa vontade de saber de tudo, de saber de todos, eu quero parar
respirar
e aproveitar algo de bom que me é proporcionado
até eu saber filtrar tudo o que vem a mim
porque por enquanto não sei. e já deu. estou no limite.

"Bound to you"

"Trapped in your love."

quinta-feira, 28 de março de 2013

"Ahh, como estou tão sozinho..."

Aquele brilho dourado entrando pela sala de aula me fez cantar "Garota de Ipanema" pelo resto da manhã. Sinto falta de cantar. Faz um tempo que não faço coisas que me deixam feliz.

terça-feira, 26 de março de 2013

Je suis desolée, mon coeur.

Talvez seja assim: muda-se lentamente e o interesse é perdido. O tempo - "um dos deuses mais lindos" e mais filhos da puta - traz um série de coisas que influenciam no todo. Se a mudança é conjunta, o entendimento é mútuo. "Tudo bem que você passa horas divagando sobre essa coisa que não me interessa nem um pouco. Eu sei que isso pode ser sua válvula de escape pra algo que te incomoda na sua, sei lá, vida. Mas me conta, como vão as coisas mesmo?".
Mas quando apenas uma das partes sai do lugar, há um problema. "Não solta da minha mão", seja parado ou andando. O mundo é tão louco. Ele faz de tudo pra separar e girar tudo o que parece firme e de repente,  in ictu oculi, o fim chega.
Ou talvez a mudança só  aconteça depois do interesse perdido. Eu não sei nada de nada, não é mesmo?

quarta-feira, 20 de março de 2013

she

she died and she was mine
she will be mine forever
i'll keep her in my mind
until the end of time

domingo, 17 de março de 2013

"eu cuidarei muito bem dele"

achas que não estou sério, mas nunca estive tão sério em toda minha vida
regarei do teu jardim todos os dias
amor é cuidado

sexta-feira, 8 de março de 2013

é

uma hora ou outra eu acabo sozinha (ou me sentindo só, sei lá)

(confusa por demais)

quinta-feira, 7 de março de 2013

I feel like a...

Depois de anos me proclamando feminista, esse é o primeiro ano que me sinto mulher: com todos os ângulos e curvas.
Feels good.

quarta-feira, 6 de março de 2013

squeeze

talvez eu tenha sido consumida por mim mesma, meus pensamentos mesquinhos
talvez
eu seja como qualquer outra, ridícula
e passei tanto tempo me preocupando, tanto tempo me preocupando
que o que eu tinha foi embora, e eu percebi
percebi pelo tom diferente, pelas palavras diferentes
e lembrei que me reconstruí várias vezes e que talvez tivesse que fazer de novo
mas aperta, aperta mais que tudo, porque eu queria que fosse fácil 
tenho vontade de me arrastar e implorar
não vai. não deixa acabar.

Last epiphany

Eu tenho 20 anos e a sociedade tem sentimentos dúbios em relação a mim. Eu sou jovem e tenho uma vida inteira pela frente: então pra que me apressar em fazer as coisas que gosto?; mas sou velha demais, preciso decidir logo o que vai ser do meu futuro, e não posso errar. Fiz uma escolha aos 17 anos e carrego o peso dela até hoje. Renato Russo disse que "esse é o nosso mundo: a primeira vez é sempre a última chance", e parece meio idiota achar que sim, mas é isso mesmo: eu sinto que ninguém tem mais o direito de errar. Mas sabe da maior?
Errado é quem ou o que faz eu me sentir errada.
Errado é esse sistema, essa vida, esse ritmo frenético em que todos vivem.
Eu não sou errada. Ninguém é. 
O mundo quer que eu seja a melhor em tudo, que eu tenha o melhor carro, as melhores notas, o emprego que pague mais, que eu seja uma mulher maravilhosa... e não quer que eu surte? Eu odeio competir. Sempre odiei. Eu só quero ler meus livros e ter uma pessoa que me aceite ao meu lado. Não preciso ser excepcional. Só quero ser (e não existir, como muita gente que quer ser excepcional acaba). 

segunda-feira, 4 de março de 2013

Them.

Eu te amo muito, mas o teu passado está me consumindo.

sexta-feira, 1 de março de 2013

lately

fico doente fácil, tudo de fora me atinge
não sei se sou frágil ou se sou uma muralha
mas sei que agora dói; tudo dói

(odiando-as) 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

20

Eu não quis fazer nada de aniversário esse ano e nem fiz alarde em redes sociais cheias de gente que me conhece. Ganhei festa no trabalho - de pessoas que conheço há duas semanas (tirando duas), presentes dados com muito carinho e muito amor de pai e mãe.
E agora eu, afastada da igreja como estou, ando protegida por um escapulário.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Perdão

Perdão por ter me apaixonado por alguém que não é muito bem resolvido. Perdão se sofres: eu sofri uma vida inteira e sei que não é agradável. Longe disso.
Mas não peço perdão por amar. Nem nunca pedirei. Quem quer se seja.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

essa mesmo

aquele música bem antiga e bem sábia, o "rap da felicidade"
"eu só quero é ser feliz..."

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

santa cidade

hoje eu acordei cedo e não parei o dia todo, fui bem adulta.
minhas pernas doem, como doeram quando eu passei um final de semana andando por todos os lados da cidade grande que você mora. mas eu não senti dor aquela semana. eu lembro exatamente dos seus beijos e carícias, mas não lembro de sentir nenhuma dor.
hoje eu não consegui esquecer a saudade, nem enterrar no fundo da mente. 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

regular teenager

tudo o que eu sinto agora é sono

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

I'm motherfucking crazy/ Eu também procuro sarna pra me coçar

Então, eu comecei a me preocupar com gente que não me conhece e provavelmente não gosta de mim. Sei que ninguém tem culpa de nada na situação - sentimentos vem e vão e nós somos passíveis de mudança. Mas por que eu fico querendo que elas estejam felizes? Pode até ser egoísmo (se estiverem felizes não se preocuparão comigo). Talvez não. Talvez eu só queria que todo mundo seja feliz, porque caralho, é pra isso que a gente nasceu. Eu fiquei bastante tempo no fundo do poço me achando um lixo e hoje não consigo ver outro objetivo pra minha vida, ou pra de qualquer um. Também aprendi a ser feliz sozinha e acho que isso é essencial. Talvez algumas pessoas precisem de um tempo e várias decepções pra perceber isso: ter alguém o tempo todo do seu lado não é imprescindível. Eu sei o que quem me lê deve estar se perguntando: você vive reclamando que não tem amigos e agora tá aí falando que sabe ser feliz só?
(Mas eu sou uma esquisita né gente.)
Acho que é questão de não se desesperar por não ter um namorado ou um amigo pra contar tudo. Uma hora chega. Uma hora você encontra pessoas que não vão te odiar por você não querer sair de casa, ou que apreciem o fato de você não falar muito. Eu não me desespero; eu espero. E enquanto espero, vou lendo livros, planejando viagens e fazendo drinks pra uma pessoa apenas. Ser sozinho não é ser triste. 
Espero, do fundo do meu coração que elas melhorem logo. 
Não gosto de ver ninguém triste.

O que eu venho escutando.

"Esse sofrimento é meu amor por você
Partida, você o levou
traga-o de volta"



sábado, 9 de fevereiro de 2013

Conselho de mãe.

"As pessoas seguiram em frente, Umáyra. Você precisa seguir também."
Minha mãe me lembrando das coisas que de vez em quando esqueço.

"So come sit by the fire and stay a while, but you can't stay too long."

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Pois então.

Eu tentei. Ninguém nunca vai poder dizer que eu não tentei. E eu vou seguir tentando. Só não vou tentar do jeito que todo mundo acha melhor.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sobre justificativas.

Aí a pessoa fala que não tá a fim de falar sobre sentimentos, vai escovar os dentes e lembra de algo cheio de sentimentos. Eu posso ser contraditória, né?

Hoje de manhã eu fui lavar uns sapatos e o Tony (meu cachorro) ficou perto de mim. De repente começou a latir pro nada. Eu, na maior das minhas viagens (cachorro é uma coisa maravilhosa: até o mais coração de pedra - como eu - se rende) comecei a perguntar pra ele (!) pra quem ele estava latindo. Alguns minutos depois ele parou, saiu de perto de mim e foi deitar no sol, perto da vasilha de água dele.
Normalmente eu fico de cabeça vazia quando faço algum serviço doméstico, mas aquilo me deixou encucada. "O meu cachorro", eu pensei, "é mais feliz que eu por não precisar se justificar". Ele faz o que  quer, por mais estranho que pareça (tipo isso de latir pro nada) e vai embora ficar na dele depois. 
Vai dizer que isso não é libertador?
Falta menos de um mês pra eu fazer 20 anos de idade e eu não faço ideia do que seja isso: não me justificar. Às vezes eu me pego explicando situações (ou até coisas da minha vida) pra desconhecidos. Meus pais então, sabem o porquê de cada respiração minha. Se isso me ajudou em alguma coisa e em algum momento?
Dificilmente.
                                                                           Verdade.

Desde quando eu comecei a usar as redes sociais (com 13 anos) isso só se intensificou. Por trás do "só devo algo a quem paga minhas contas" eu sempre me abro demais pra fazer amigos. "Eu sou desse jeito por motivos x, y e z" é minha frase padrão. E pra que? As pessoas não querem justificativas; elas só querem saber da vida dos outros por algum motivo que eu nunca vou entender.
No fim do ano passado eu decidi algo que vai mudar minha vida, e que vai se concretizar até antes do meio do desse ano. Todos os dias eu penso nisso e tenho medo. Medo de dar errado, medo de ser julgada, medo de não conseguir. Mas um dia tinha que acontecer, não é? Um dia eu tinha que tomar as rédeas de tudo e esquecer o que as pessoas pensam
Acho que evoluir é isso. 

ps. Eu passei dias sem twitter e facebook. Voltei pro twitter não sei porquê. Necessidade de conversar, acho. Eu tenho vários amigos aqui, mas quase ninguém tem tempo - e os que tem tempo não se interessam por nada que eu falo. Então eu vou gritar baboseira no twitter, onde sempre tem alguém pra falar. Mas a internet  mexe demais com a nossa cabeça quando a gente ta apaixonado. Eu não gosto de anônimos ou que perguntas e constatações que me ferem, e a internet é cheia disso. Fora que minha autoestima estava ficando pior que o normal por conta de alguém que não tem nada a ver. E eu estava ficando obcecada por pessoas que deveria esquecer que existem. Hoje estou oficialmente tentando largar as redes mais uma vez.

Ain't talking about my pride or my prejudice.

Como sempre, minha cabeça/sentimentos estão uma confusão sem tamanho, mas algo maravilhoso aconteceu: eu não estou nem um pouco a fim de falar sobre. Na verdade é a última coisa sobre o que eu quero falar. Eu agora tenho uma nova obsessão: The Lizzie Bennet Diaries.
Acho que todo mundo sabe que amo a Jane Austen de paixão - já visitei a casa museu dela, tenho todos os livros, vi tudo que é filme e série imaginável. Até que um dia desses (antes de ontem, hehe) uma colega perguntou se eu já tinha visto. Eu assisti o primeiro episódio e não parei mais (consegui chegar até o episódio mais recente).
Quem já leu Orgulho e Preconceito já sacou que é sobre ele. É uma releitura sensacional e moderna do livro, em forma de, isso mesmo, vlog! Você provavelmente está pensando "pff, que bosta, vlog", mas é muito bom. A Lizzie é uma estudante de comunicação que decide fazer um vlog (com a ajuda da melhor amiga Charlotte) como parte do projeto final do seu curso. Ela acaba falando mais da vida dela que outra coisa - o que inclue falar da mãe (que é obcecada pra casar as filhas) e das irmãs. O vlog começa com um casamento em que a Jane (irmã mais velha da Lizzie) conhece o Bing Lee, um estudante rico de medicina (prato cheio pra sra. Bennet). Na festa, Lizzie conhece Darcy (melhor amigo do Bing ou o amor da minha vida) e é ódio a primeira vista. Bem como no livro.
Há diferenças, claro. Duas das irmãs Bennet foram deixadas de fora (a Mary e a Kitty), mas aparecem como personagens secundárias. Mas uma viciada em Jane Austen como eu quem já leu ou viu o filme maravilhoso de 2005 (com a Keira Knightley e o Matthew Macfadyen) percebe várias falas "repetidas". 
Os episódios são curtinhos (têm no máximo 6 minutos), todos do youtube (estou assistindo sem legendas, mas tem legendado em português) e tem vários spin-offs bem legais (como o The Lydia Bennet, o Pemberley Digital e o Charlotte Lu). O Darcy só aparece no episódio 60 (imaginem o meu desespero pra chegar no episódio 60) mas vale bastante a pena esperar (o moço que atua conseguiu fazer a quase fobia social do Darcy perfeitamente). O Wickham consegue ser tão odioso quanto o do livro. As três Bennets são ruivas bem lindinhas que se vestem super bem (os comentários hahaha eu posso reparar nas roupas?), a série fala de coisas bem modernas (isso de comunicação, mídias digitais) e temas também (sabe o escândalo da Lydia, que no livro é uma fuga pra casamento? Na série é uma sex tape).
Mas sem dúvida, o brilhatismo da Miss Austen é o melhor de tudo. A Lizzie feminista que a princípio não quer se render ao amor e julga sem conhecer está lá, tão firme e forte em 2013 quanto era há 200 anos atrás, quando o livro foi lançado.
Aí eu pergunto: como que a gente não ama?

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

nursery wannabe

boo-hoo you're not easy to live with
are you surprised?
you're just like the songs you like
you can't deny

(you'll die alone, and it's not exactly a bad thing)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Rorschach.

28 de janeiro de 2013.
Hoje dormi até mais tarde e acordei só pra ler um trecho de Orgulho e Preconceito em homenagem aos 200 anos da publicação. Passei um tempo com um amigo que precisava e dei uma volta de moto pelo quarteirão, lembrando dos velhos tempos em que caía da bicicleta. Voltei para casa e o desgosto começou. Maldita internet. A moça tentava se passar por sexy, fazendo o sinal universal do flerte. Achei forçado. Depois li algo que deixou pensativa: a moça podia ser eu. Ou não. Não me entrego a esse tipo de sofrimento como a maioria. Estava pronta pra escrever um email cheio de "ela usa calcinha da hello kitty", mas pensei nas minhas calcinhas. E lembrei que a terapeuta disse pra eu não cultivar a inveja, a raiva ou qualquer baboseira sentimentaloide assim.

(eu escrevendo lembrei que sempre curti o rorschach a ponto de querer ser ele e olha... preciso de muito não, viu)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Né isso

"Ow, na moral. Não preciso nem falar que a psiquiatra disse. A verdade é que eu sou bem recalcadinha."

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Reality pill

I'm into this, body and soul, since the very start
It hurts to know that he was not

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cansei

Eu procuro respeitar as pessoas e as escolhas que elas fazem. Principalmente meus amigos. Se tem algo que me incomoda bastante em mim é isso de eu ainda não ter conseguido me livrar totalmente do slut-shaming. É um tipo de julgamento, mesmo quando feito de brincadeira. Eu não gosto de julgar. Acho errado.
Então por que a maioria dos meus amigos se acha no direito de me julgar e de certa forma, xingar?
Se eu não como certas coisas, não vou a certos lugares, não gosto disso ou daquilo, eu sou "fresca", "insuportável". E eu sempre aguentei sabe. Tô aqui, há anos sendo xingada e não respondo nada.
Até agora.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

"Part of your world."

Sou tão diferente das pessoas que gosto. Das pessoas de quem queria ser amiga. De tudo. Penso que não adianta ser do tamanho de um universo ou tê-lo na ponta dos dedos se sou só. Já disse uma vez que estava cansada de criar meu próprio mundo - isso passou a me fazer mal e trazer problemas. Era sério. Mas acho que o universo lá fora não lida tão bem com o diferente quanto eu lido. 
Talvez eu deva parar de ler, procurar coisas que me deprimam. Isso de deixar de ser masoquista é uma tarefa árdua. Mas todos os dias abro a caixinha de coisas que me deixam incomodada em mim e tento mudar. Não é fácil. Mas eu estou conseguindo. Um dia eu chego lá. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sobre ansiedade.

Hoje uma ida ao médico desencadeou uma crise de ansiedade. Comecei a chorar, sentir aperto no peito e falta de ar. Fui até a cozinha e comi um pão. Me senti com 9 anos, comendo bolo escondida quando tirava nota baixa e tinha medo de apanhar.
Acordei cedo pra ir ao médico. Ao sair do banho, eu me toquei que meus pais não tem essa culpa toda que eu achava que eles tinham. Eu só sempre quis ser boa ou perfeita pra eles. Isso fez com que eu sempre quisesse ser boa pra todo mundo. Mas eu não consigo. Ninguém consegue. Quando eu comecei a me revoltar (com 13, 14 anos), era como se metade de mim soubesse disso mas a outra metade ainda quisesse não errar. Por isso a ansiedade desde pequena. Por isso as crises até hoje. É uma luta interna que dura 20 anos. Às vezes, parece que ter consciência disso ajuda. Às vezes parece só piorar a situação.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

roxanne

escuto o barulho  dos mensageiros o tempo  todo
sinto sua falta
estou angustiada 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

flash news

ótima idade pro nascimento de algo parecido com um heterônimo!

eu achava que metade de mim estava triste e a outra feliz, mas é demais. parece ourta pessoa mesmo. com outros sentimentos

won't be fifteen forever

voltou para aquele tempo em que era bem sozinha (mas agora com alguém bem perceptivo... do seu lado)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

"você sumiu, mohana..."

eu sumo
da conversada timeline, dos lugares
considero isso uma das poucas liberdades que tenho
e não gosto nenhum pouco quando me é tirada 

nunca gostei de ser responsável pelo que cativo
meu nome diz que sou cativante mas nem gosto de cativar
gosto de ir e vir
estar presa só por vontade

domingo, 13 de janeiro de 2013

you-you-you-are/ tempos modernos

"você é a mulher mais linda que eu já conheci" em três abas

womanizer, womanizer, womanizer (womanizer)


Deep within the corners of her mind

As notas que saiam do cello estavam mais saudosas, como se pensasse nele. Pensava nele. E assim foi durante toda a tarde de treino. 
Pendurou o instrumento na costa e saiu do conservatório só para esbarrar com um moço que carregava um baixo. "Desculpa!" ele disse. "Não tem nada", ela respondeu e se ajeitou. Olhou pro rosto do moço e riu. Era um dos amigos dele. Ele prestou bastante atenção no rosto dela, franziu a testa e perguntou: "Eu te conheço de algum lugar?". Os mil planos que ela costumava fazer voltaram a sua mente em questão de segundos: os dias juntos, as noites cantantes, todo aquele clichê do what if. "Não, você não me conhece". Sorriu e foi embora.





sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

bang

ciúme martela
martela
martela
até furar

sorte do dia

parar de dar amor 
pra gente que não vale a pena
(pra mim)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

cry

as unhas grandes servem para arranhar e apertar as mãos
está sempre se machucando
cai e não liga mais
bateu, esmagou e hoje não sabe mais como sair disso

Repression is an aggression, pt 1

Eu disse que chorava por tudo: por estar feliz, triste, com raiva, assustada, com medo ou emocionada. É minha única válvula de escape. Ele me  perguntou porque eu me reprimia tanto. Eu fui escrever sobre isso. Eu estou chorando até agora.

(daqui a pouco sai)

stuck

estou presa no meio
presa do meio
presa e parada
meu corpo me segura

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Uma história de Annas.

Pollyanna estavaanos anos fora de casa, estudando. Voltou por puro truque do destino: não gostava da faculdade e a vó ficou doente. "Eu cuido dela", Pollyanna disse. Voltou. Tinha o hábito de cantar todos os domingos na missa da noite. Os amigos da missa chamaram, "Vem Pollyanna, seria bem legal se tu cantasses". Foi. Lembram-se dos dois anos fora? Impossível não ver rostos novos - mesmo a cidade sendo pequena. Recepção calorosa, abraços e carinho pela volta. No meio da multidão, um rosto desconhecido olha da cabeça aos pés e vira o rosto. "Normal", Pollyanna pensa. Mas não era normal. Os meses passaram e certeza do desgosto desse rosto só aumentava.  Pollyanna ficou chateada: nada tinha feito. Pelo contrário. Apesar de calada, sempre foi aberta.
Um dia Pollyanna precisou parar de cantar. Nódulo nas cordas vocais. A comunidade ficou triste por ela e pela falta que sua voz fazia. Menos o rosto. O rosto começou a falar com Pollyanna.
Pollyanna deixou de brilhar e a cria do rosto começou a aparecer.
É um mundinho invejoso esse nosso...

já deu

quatro dias longe do twitter, mais de uma semana sem sair de casa. vou tentar diminuir a frequência com que uso o tumblr. um passo de cada vez e saio desssa vida de viciada em redes sociais (e eventualmente, internet).

(sinto uma necessidade de estar longe disso tudo)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"She's got pills for pain"

É a segunda vez que tomo remédio pra dormir depois de ter parado o tratamento por conta própria no início do ano. É engraçado pensar que estou há quase um ano sem tomar nada mais forte que remédio pra cólicas. Nem antigripais tomei. Logo eu, sempre tão dependente de remédios.
Minha mente começou a ficar confusa e meu corpo estranho. Eu não lembrava como era. Na última vez em que tomei, eu sentia um desespero tão enorme que desconfio ter dormido mais de chorar que do próprio remédio.

Estou me sentindo meio suja falando de remédios. Mas isso é parte da minha história. 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

"Are you nobody too?"

Hoje eu quero ser Emily Dickinson.

as outras

vejo as outras
olho-me no espelho
meu rosto, abatido
meu corpo, cheio de marcas
minha mente, cheia de traumas
e juro por deus que não sei como posso ser amada
eu sei que mereço
mas não sei como
não sei como você consegue


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

enough

Hoje meus pais tentaram me falar um monte de coisa sobre a "realidade". Meu pai nem tentou se controlar.
Hoje eu decidi que moro embaixo da ponte, mas não passo mais um ano aqui.

ps. eu amo meus pais, mas eu preciso pegar o que me resta de orgulho e ir embora.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Teen angst 4ver?

Amanhã vou sair pra procurar emprego. Amanhã preciso arrumar um emprego. Acordei angustiada e só. Eu não sei quando, mas em algum lugar dessa estrada emprestei toda minha luz pra alguém. Ou estou emprestando aos poucos. Sinto que estou nessa luta constante contra a escuridão que existe não só em mim, mas em todas as pessoas do mundo. Hoje estou cansada.