As notas que saiam do cello estavam mais saudosas, como se pensasse nele. Pensava nele. E assim foi durante toda a tarde de treino.
Pendurou o instrumento na costa e saiu do conservatório só para esbarrar com um moço que carregava um baixo. "Desculpa!" ele disse. "Não tem nada", ela respondeu e se ajeitou. Olhou pro rosto do moço e riu. Era um dos amigos dele. Ele prestou bastante atenção no rosto dela, franziu a testa e perguntou: "Eu te conheço de algum lugar?". Os mil planos que ela costumava fazer voltaram a sua mente em questão de segundos: os dias juntos, as noites cantantes, todo aquele clichê do what if. "Não, você não me conhece". Sorriu e foi embora.
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