Tomei minha primeira multa de trânsito e 4 pontos na carteira (e provavelmente em menos de um mês a outra multa chega) e estou há algumas horas abrindo o aplicativo do Gmail em estado de negação. "Nunca mais vou dirigir" - é o que se passa na minha cabeça (realidade: semana que vem preciso pegar a estrada de novo pra buscar alguém no aeroporto. Aliás, nem preciso ir tão longe: preciso pegar o carro na sexta-feira para ir à fisioterapia, e na volta preciso passar no mercado mais barato para comprar atum enlatado).
Depois dos 25 minha vida virou um esquete de comédia em que a protagonista diz "nunca mais vou fazer isso!", e logo em seguida corta pra ela fazendo exatamente isto. Meus pais reclamam sempre que eu só faço o que quero, mas no meu coração eu sinto que estou sempre fazendo coisas que odeio (talvez eles digam isso porque eu só não faço o que eles querem).
Estou na segunda sessão de fisioterapia e meu pé dói menos. Hoje eu me peguei esticando os pés e a dor usual que sinto não apareceu. Tive um momento de revelação muito parecido com o momento de revelação que tive depois de 2 meses de fisioterapia depois de operar os dedos - uau, fisioterapia funciona, o mundo é lindo, eu amo a ciência!
Hoje também me senti fracassada, e já comecei a pensar no banzo que a Europa vai me causar em alguns meses. E como sempre, eu acalentei essa tristeza, pensando ali que não tenho ninguém por mim em Praga além do Matous. Tudo o que quero esse ano é entrar em acordo com essa realidade.
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