absolutamente ninguém me prometeu equilíbrio na vida adulta, mas se eu sequer sonhasse na adolescência que existia a possibilidade de eu passar semanas sentindo o peso de crises existenciais intensas e me sentindo o maior fracasso da face da terra, eu acho que teria acabado com tudo ali mesmo. não tinha final de saga infanto-juvenil que me segurasse viva, apesar de ser muito doce a esperança de liberdade que a vida adulta proporciona pra adolescência; é engraçado pensar na mudança de paradigma que eu tive ("a vida tem que ser um infinito de felicidade, senão não vale a pena" pra "a vida é feita de pequenos momentos que eu preciso aproveitar, qualquer coisa no meio tempo é mais do mesmo) e como essa mudança foi natural, além de muito necessária. talvez as forças que a gente encontra pra continuar vivendo estejam exatamente nessas pequenas mudanças de paradigma. se não fosse isso, nada valeria a pena.
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