domingo, 25 de novembro de 2012

manca

nosso pensamento era quase igual, 
assim como a nossa vontade
estavas quase morta
eu quis te reviver
não aguentei e fui morrendo aos poucos - minha doença despertou
quis fugir
foste mais forte
até eu conseguir sumir

descobri como te sentias
eu fui ao inferno e vi o teu mundo
voltei queimada,
cansada,
desperta
e preparada pra voltar pra ti

estamos nos esperando

"de uma nota musical"

se perguntassem há nove meses
diria que era impossível
que nunca aconteceria

hoje quer uma vida
uma história
vai iluminar o mundo com amor 

aquele anúncio que ninguém vai ver

sou amiga pros momentos de dor
sou amiga pros momentos de confusão
nunca me chamam pra diversão

lembro de quando eu precisava de pessoas
lembro de quando eu passei a não precisar mais
lembro o momento em que as pessoas insistiram
e eu passei a, de um jeito meio torto, achar que não seria mais capaz
de ser só

mas eu não sigo um padrão
sou engraçada de um jeito estranho
 faço as pessoas normais sentirem vergonha
(não que eu queira ser normal; longe de mim!)
mas as pessoas são normais
então elas tem vergonha de mim

voltei pro lugar de onde sai sacudindo a poeira dos pés
voltei pelas pessoas
achei que elas me amavam
achei que ia me encontrar
mas só encontrei verdades

e as verdades - que eu sempre soube
dizem que preciso voltar a ser só
(de coração)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"É preciso amar..."

Há algumas semanas, o ex-namorado de uma amiga minha morreu. 
Eu virei amiga dela na mesma época em que ela começou a namorar com esse rapaz - em 2008, por aí. Eu tinha 15 anos e tava bem perdida no meu próprio mundo. Ela, um ano mais velha e bem mais experiente que eu. Eu realmente não sei o que ela viu em mim; eu era bem esquisita, como uma adolescente normal e ela era quase mulher. Mas nós nos respeitávamos. Ela foi uma das primeiras pessoas que me levou a sério em todos os sentidos, que me disse coisas que eu escondia de mim mesma e fez com que eu me enxergasse. Ela é uma das pessoas mais cheias de ângulos e luzes que eu conheço. É quase sempre iluminada, mas é humana. Também é escura. E essas semanas foram escuras pra ela.
Eu não acompanhei. Fiz como sempre faço: esperei e escutei. Esperei ela estar preparada. Ela veio aqui em casa, sentou numa cadeira do meu quarto - quarto esse que já escutou muitas histórias e guardou muitas lágrimas nossas - e contou tudo. Escutei. Choramos. Ela falou de Deus. Falou que agora conseguia sentir. Eu disse que sentia inveja de quem tem fé (tenho mesmo). E eu senti vontade de pegar todas as pessoas que eu amo, dar um abraço e dizer que ela são importantes. 
Renato Russo foi óbvio quando disse que "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã". É bom ser lembrado do óbvio.

sábado, 10 de novembro de 2012

him

sempre bem ansiosa
"sempre bem, obrigada" (fingia)
nunca o novo
um dia resolveu agir
hoje explode de felicidade várias vezes ao dia