sexta-feira, 24 de abril de 2020

Foda-se essa merda

Ontem eu consegui assistir um vídeo inteiro em francês, com legenda em francês e entendi tudo. Chorei.
Hoje chegou um e-mail do CEJ anunciando bolsa de Doutorado em Cambridge, pra estudos de Literatura Hebraica e Cinema Israelense. Além do mestrado, a outra exigência era fluência em hebraico moderno. Chorei também.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Can't stop

São Paulo era a melhor cidade pra ser sozinha. De alguma forma, o solitário de São Paulo era diferente, e doía de uma forma diferente. Talvez por ser uma cidade que quase nunca para, é fácil olhar pra fora e sorrir com tudo se movendo enquanto você tá lá se sentindo uma planta amarela e medrosa. Era menos patético sentir pena de mim mesma em São Paulo.
É enlouquecedor ficar sozinha com meus pensamentos. Faz com que eu me lembre que não consigo ficar sem fazer nada. Eu estou sempre fazendo alguma coisa. E agora que estou há tanto tempo sem me mover, sem ver estranhos que povoam meus contos mentais e meus sonhos, eu percebi que gosto mesmo é de estar sozinha... Na multidão.




"The world I love, the tears I drop to be part of the wave, can't stop
Ever wonder if it's all for you?
The world I love, the trains I hop to be part of the wave, can't stop
Come and tell me when it's time to" 


quarta-feira, 15 de abril de 2020

derrotada

2h da manhã e eu me segurando pra não levantar e limpar o banheiro e o quarto

terça-feira, 14 de abril de 2020

Black

I've always liked my hands, even when they weren't perfect. I once said they were the only part of me that felt "adult". Now that I'm way past the actual adult age, but I still feel like a teenager, I'm back at thinking about my hands, and how I like them specially when they have black on them.
Maybe I need to wear black all the time, until I feel any connection with what I am and what I feel. 

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Pesadelos e transtorno obsessivo compulsivo

Arrumo todos as sacolas, malas e pilhas de objetos que estão na sala. Abro gavetas cheias de meias, e sei que elas devem ir. Gosto de coisas velhas, de coisas usadas, mas todas as meias devem ir. Mato insetos. Assim que eu acordar, vou separar tudo o que não uso. Todas as minhas coisas vão caber em duas malas. Um dia vão caber em uma só. Não sei onde vai ser minha próxima casa, e enquanto não sei isso, minhas coisas tem que caber em duas malas. Eu preciso me descobrir, pra conseguir ter menos. Não sei como, mas sei que vou conseguir ter só uma mala quando isso acontecer.
Tenho pensamentos recorrentes com tudo que tenho nojo. Acho que eu deveria voltar a tomar lexapro e bupropiona. O enjoo é constante. É horrível. Ouvir sotaque do sul me deixa irritada. Também é horrível. Queria uma semana em silêncio, em um lugar em que conheço ninguém. Será que minha cabeça deixaria de pensar em coisas asquerosas se não estivesse tão obcecada com limpeza?
Eu me sinto suja.
Não gosto de grandes quantidade de água concentrada, mas queria estar em um rio de água doce e gelada, com o sol queimando o corpo. 

segunda-feira, 6 de abril de 2020

"Não sei. Só sei que foi assim"

Não consigo mais dormir antes de 1h da manhã, mas sigo tentando acordar entre 8h e 9h. Minha sobrancelha tá caindo, a dermatite veio com força total e não consigo parar de comer. Vou tentar ler tudo o que preciso essa semana, e começar a escrever semana que vem. Vou mandar e-mails pros meus professores, enviar a carta pro Chris e talvez começar a fazer dieta de novo. Vai fazer um mês que começou tudo isso e eu fiz absolutamente nada do que deveria fazer. Pelo menos três semanas foram de pânico total. Tenho me acalmado nos últimos dias, mas ao mesmo tempo sinto tudo isso aí de cima, e umas palpitações esquisitas. Meus pais me ligam pra me acalmar, eu sinto um desespero - "e se alguma coisa acontecer com eles ou com o Julio?" -  mas me forço a não pensar nisso. 
Hoje de madrugada eu ouvi o tal barulho do céu. 
Senti um senso de comunidade bizarro ouvindo o tal barulho (que parece de duas placas de metal se chocando ou algo assim), e acordei me sentindo diferente. Não sei porque. Os últimos meses tem sido exclusivamente disso: um grande não sei. Não sei porque, não sei se quero. Eu queria estar trabalhando pra pagar uma terapia pelo menos. 

quinta-feira, 2 de abril de 2020

E vamos de Dolores Duran no escuro.

Tudo o que eu faço é sentir medo e tentar fugir dos meus próprios pensamentos sobre o futuro do mundo e meu futuro acadêmico.
Curiosamente, além do nu metal e dos animes (que me fazem voltar a um passado seguro), o que mais me vêm à mente é minha vida amorosa.