Aqui nesse mundo, nós só fazemos o que nos desagrada.
Não nos interessamos por sonhos ou ideologias. Os consideramos infantis. Crianças, crianças, seu mundo é cheio de crianças. Crianças que ganham dinheiro, que reproduzem, que fazem sexo por prazer, que se sentem no direito de dizer pra outras crianças que estas são infantis e inocentes e incoerentes e sonhadoras... Mas todos não passam de crianças. Vivem 40 anos de vaidade, sem parar um segundo sequer pra refletir sobre a existência. Aos 18 vendar. Aos 30 se vender. "Você já não é tão jovem rapaz, passou da hora de saber o que quer pro seu futuro." "Mas como senhor, se fui vendado aos 18?"
(Comam
sua pilha
de dinheiro.)
É por isso que no nosso mundo só fazemos o que nos desagrada. Quando fazemos isso conscientemente, a dor é amenizada ao final dos 50 - quando a máquina vai contra a nossa vontade, começa a mostrar os sinais da morte de todos os dias e nos força a pensar. "Sempre fui um vendido. Mas nunca deixei de ser uma criança." Pobre criança.
(Você não pode viver de sonhos.)
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