quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Peace will come to me.

Dois dias chorando, um restinho de auto-estima jogado no lixo e alguns remédinhos depois, eu me recuperei de ter tirado 31 na redação do vestibular que valia 60 (HAHAHA eu tô rindo my ass off agora, mas quando soube fiquei pior que cocô de protozoário).
Minha mãe me ajudou bastante, e até deu umas indiretas do tipo "não era o curso que você queria fazer mesmo!". De qualquer forma, eu sinto ainda me sinto renegada pelos meus amigos que passaram por não ter passado. Besteira minha.
Mas o que mais me ajudou a me recuperar da minha depressão pós-vestibular foi (ACREDITEM) a paradinha do Haiti.
Ok, eu me senti perdida e derrotada, mas estou viva. Eu posso correr atrás do que eu quero de verdade, porque estou viva. Aquelas pessoas foram pegas de surpresa e não tiveram a oportunidade de escolher. É besteira passar ERAS chorando por algo que já passou; e além do mais eu tenho chance de mudar minha situação.
Me voy a Inglaterra domingo agora, depois que assistir o Golden Globe (claaaaaaaro!). Volto em março. Talvez eu poste alguma coisa aqui durante esse tempo. Talvez não.
E depois de todas as minhas energias negativas terem sido jogadas em quem leu os dois últimos posts, é com Depeche Mode (também!) que vou reverter a situação.

"I'm leaving bitterness behind

This time I'm cleaning up my mind
There is no space for the regrets
I will remember to forget

Just look at me
I am walking of incoming
Look at the frequencies of which I vibrate
I'm going to light up the world

Just look at me

I am a living act of holiness
Giving all the positive virtues that I possess
I'm going to light up the world

Peace will come to me
(Just wait and see )
Peace will come to me
(It's ment to be)
Peace will come to me
It's inevitability."

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Wrong.

I was born with the wrong sign
In the wrong house
With the wrong ascendancy
I took the wrong road
That led to the wrong tendencies
I was in the wrong place at the wrong time
For the wrong reason and the wrong rhyme
On the wrong day of the wrong week
I used the wrong method with the wrong technique
Wrong
Wrong

There’s something wrong with me chemically
Something wrong with me inherently
The wrong mix in the wrong genes
I reached the wrong ends by the wrong means
It was the wrong plan
In the wrong hands
With the wrong theory for the wrong man
The wrong eyes, on the wrong prize
The wrong questions with the wrong replies
Wrong
Wrong

I was marching to the wrong drum
With the wrong scum
Pissing out the wrong energy
Using all the wrong lines
And the wrong signs
With the wrong intensity
I was on the wrong page of the wrong book
With the wrong rendition of the wrong hook
With the wrong moon, every wrong night
With the wrong tune playing till it sounded right yeah
Wrong
Wrong

Too long
Wrong

Wrong.

(Depeche Mode)

Alô formicida!

Espera só um pouquinho, até os meus calmantes acabarem; quem sabe eu te use.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Conspiração, por Stieg Larsson

Há mais ou menos um ano, foi-me permitido comprar seis livros, como presente de Natal. Como eu estava morrendo por livros e a espera de uma semana de compras pela internet me pareceu uma sentença, restou-me caçar um livro na única livraria decente da cidade, o Sebo (porque Porto Velho é tão legal que só tinha três livrarias na época, sendo uma exclusivamente de best-sellers e dois sebos. Um deles - o que eu mais compro - é dividido em três partes: a de livros usados no 2º piso, a de revistas e a de livros novos. O outro sebo só tem livros usados. Hoje, a Exclusiva - dos best-sellers - ganhou uma filial no shopping, e a falida Nobel renasceu das cinzas trazendo uma cafeteria e uma quantidade de livros razoável).
Comprei a chick-lit de sempre (Meg Cabot), a chick-lit nova (Libba Bray. Por falar nisso, fica a aqui o meu protesto contra a Rocco filha-da-puta que lança só o 1º livro da série e os outros dois não. Só de raiva vou comprar os outros em inglês e mandar a Rocco tomar na bunda) e um livro com a capa muito bonita de um sueco chamado Stieg Larsson. Como leio QUALQUER PORCARIA, eu me limito a passar os olhos pelas abas e jogar na cesta de compras; mas o livro realmente me chamou atenção. Primeiro porque foi um dos primeiros romances policiais não americanos que eu vi. Segundo porque a co-protagonista era uma espécie de anarco-punk. Batata!
"Os homens que não amavam as mulheres" é o título. A princípio, erroneamente julguei ser uma espécie de Dan Brown europeu, mas 100 páginas me fizeram mudar de opinião. O começo meio emperrado, o bairrismo sueco excessivo e as conversas sobre política não são coisas típicas de Dan sei muito sobre simbologismo Brown - as únicas coisas que batem são a trama envolvente e um casal protagonista. Apesar de até mesmo o casal sueco ser diferente dos normais. Mikael Blomkvist é um jornalista cheio dos defeitos que se envolve com Lisbeth Salander, uma garota inteligentíssima, mas visivelmente problemática e esquisita; e só por isso podemos dizer adeus às beldades e ao perfeito Robert Langdon de Brown.
Lisbeth é reservada a ponto de parecer retardada, mas Mikael consegue "fazer um furo nesse muro", e com ajuda de Lisbeth desvenda um caso arquivado há 40 anos. Lisbeth começa a "gostar" de Mikael, mas o flagra com Erika Berger, editora-chefe da revista Millennium, a qual Blomkvist é co-proprietário. Berger e Blomkvist mantém uma relação há anos, que é inclusive "autorizada" pelo marido de Berger (pra você ver a estranheza das pessoas e relações deste livro).
"A menina que brincava com fogo", 2º livro da série, trata diretamente sobre Salander. Acusada de cometer três assassinatos, ela se esconde. Não por medo da punição, mas pelo simples fato de não querer ser importunada. O único desejo de Lisbeth é ser deixada em paz. Ao longo do livro é descoberta a razão do comportamento estranho da garota, o que envolve espionagem internacional e o Estado. O livro vira um daqueles impossíveis-de-serem-largados lá pelo meio e atinge o clímax no final - final esse que é o mais frustrante de todos os finais de romances-policiais.
Depois de alguns meses de espera e vontade de socar a Companhia das Letras por não lançar logo o 3º livro, "A Rainha do castelo de ar" saiu. A capa seguiu o mesmo modelo das outras (com todo aquele fogo e o dragão), a quantidade de páginas deu uma aumentada, mas nada que impeça a brava Umáyra de dar uma de Johnnie Walker e seguir em frente. O livro continua do final do 2º, puta golpe de marketing do escritor. A trama consegue ficar ainda mais complexa, o Estado ainda mais envolvido e a maior quantidade de bosta da história das bostas é jogada no ventilador.
Tia Larsson, meus queridos, fala do seu próprio país. Toda aquela argumentação ditatorial estilo "os fins justificam os meios" é utilizada e a tensão domina tanto os personagens quanto o leitor. Eu me lembrei de quando tinha 8 anos e li Harry Potter e a Câmara Secreta, todo um imaginário macabro dominando meus sonhos. Há tempos um livro não tirava meu sono. I mean, se o meu Estado se voltasse contra mim, o que eu conseguiria fazer? Larsson vai além de organizações religiosas ou suposições de que seu país teria descoberto vida em outros planetas. Ele faz uma crítica ao seu país supostamente democrata que agiu exatamente como a URSS e sua KGB.
Aí logo depois de entregar o manuscrito do último livro pra editora, Stieg Larsson morre de ataque cardíaco aos 50 anos. Jornalista. Ativista político. Ataque cardíaco (DEATH NOOOOOOOTE DETECTADO!). Faz-me rir. Se tem uma coisa que eu aprendi com esses livros,  foi o significado da palavra "conspiração".

ps. Uma das coisas mais legais dos livros é a divisão dos capítulos. O livro é geralmente dividido em quatro ou cinco, e  cada capítulo é dividido em sub-capítulos. No início de cada capítulo, um tema aparentemente sem conexão com o enredo é explorado, mas ao final do livro faz sentido.
pps. Também comprei "O símbolo perdido" do Dan Brown. Baby, I swear is deja vu.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A melody, a memory or just one picture.

Um dos meus bateiristas do coração morreu dia 28/12 do ano passado com 28 anos. Ele escreveu minhas músicas prediletas do penúltimo CD do Avenged Sevenfold (Brompton Cocktaill, Afterlife, A little piece of heaven e Almost Easy) e fazia os melhores backing vocals de metalcore EVER em Critical Acclaim, Scream e Lost. He seized the day, so Dear God gave him a little piece of heaven; he'll rock in peace and live in our hearts.

E vocês viram que a Britanny Murphy morreu? Eu estou em choque permanente desde a morte dela. Essa galera nova pra caramba indo...

E pra finalizar, as palavras de Jimmy Owen Sullivan (mais conhecido como The Rev) em Afterlife:

"And when I think of all the places I just don't belong,
I've come to grips with life and realize this is going too far.
(...)
No pain or sign of time (I'm much too young to fall).
So out of place don't wanna stay, I feel wrong and that's my sign.
I've made up my mind.
(...)
I don't belong here, I gotta move on dear escape from this afterlife.
'Cause this time I'm right to move on and on, far away from here."

ps. Meu ano novo? Em casa. Meia noite? Assistindo o filme de Piaf, escutando Non, je ne regrette rien. Música beeeeeeem legal pra quem nem sabe o que vai fazer da vida (sério, TOTAL E COMPLETO escuro).