Hoje eu comi quase um pacote inteiro daqueles canudinhos pra sorvete, e bebi pouca água. Almocei um peixe horrível - congelado, sabe deus que peixe era, mas eu também estou no meio da Europa, praticamente no leste... o que eu esperava? - com ervilhas, em mais uma tentativa de fazer dieta que provavelmente vai ser levada aos trancos e barrancos. Os canudinhos foram uma resposta ao peixe ruim; como sempre, eu estou em um estado de descontrole emocional.
Minha terapeuta também me disse que eu regredi em alguns aspectos. Foi um golpe. Eu esperava que ela fosse falar isso, afinal de contas eu meio que falei com todas as letras que estava radicalizada, tinha voltado a ouvir Nina Simone e estava me sentindo meio tola em relação aos meus anseios.
A também (quase) constante crise existencial voltou com todas as forças.
Meu estômago dói como doía há 15 anos. Eu acho que vou voltar a escrever aqui, e voltar a deixar de lado todas as ourtas redes que me lembram que essencialmente eu sou uma pessoa muito sozinha, e que tenho essa dificuldade absurda de manter relações saudáveis.
Se eu tivesse um rivotril, hoje eu seria feliz. Até um dramin me ajudaria hoje. Talvez um gaviscon. Mas eu to aqui tentando me contentar com essa postagem e um dos meus livros de conforto.
ps. o livro em questão é o "Lead", da série Stage Dive, da Kylie Scott. Baixaria pura. Eu releio essa série pulando várias páginas em vários momentos de crise. Fiz isso por muitos anos com "A Herdeira" e "Se houver amanhã", do Sidney Sheldon.
pps. talvez eu deva tomar um banho. Brasileiro resolve tudo indo tomar um banho.