Em 2016 eu:
- Rezei por uma greve na universidade porque eu provavelmente entraria em parafuso de forma muito difícil de reverter se o semestre tivesse sido normal;
- Liguei zero pra minha aparência (ligar no sentido de estar tão ocupada com outras coisas que não coloquei "aparência" na lista de prioridades);
- Resolvi meio mal resolvido o lance com meu ex-namorado que me deu um pé na bunda mas ainda quis me deixar ali de reserva (flash news: aqui não, querido);
- Tive uma das piores crises existenciais da minha vida adulta por causa de autoestima, desencadeada por uma decisão que nem lembro de ter tomada (ah, o álcool) e que ainda me dá vergonha (de vez em quando meu cérebro faz questão de lembrar da coisa toda, uns lampejos meio sensoriais acoplados a memórias inventadas);
- Terminei o bacharelado do Português (ainda falta uma nota, mas tenho certeza que passei);
- Voltei pro facebook e continuo com muita preguiça de redes sociais e comunicação;
- Conheci muita gente, mas dei um jeito de ficar mais reclusa e introvertida;
- Passei a depender de listas e agendas de maneira quase compulsiva;
- Descobri muitas doenças. Muitas mesmo. Várias de fundo emocional.
Em 2017 eu quero:
- Resolver essa merda com a autoestima. Chega. Já deu;
- Voltar pra terapia;
- Morrer de estudar e adiantar bastante coisa pra ficar mais livre no último ano da faculdade;
- Conseguir, de alguma forma, morrer de estudar e ser menos reclusa e ter alguma vida social (até hoje algo inexistente em minha vida);
- Procurar alguma atividade que me acalme e não me deixe pilhada a ponto de querer perfeição (que quando não é atingida é motivo de auto-massacre e depreciação).
É isso. Vamos lá.