sábado, 30 de abril de 2016

imatura?

"não termino amizades por política"

UMA SALVA DE PALMAS, PARABÉNS CARA 

pois eu termino mesmo
ó minha cara de quem vai andar de mão dada com gente que bate palma pra maluco dançar
(obs. minha cara não tá bonita, mas como ela é nunca é bonita, vou só deixar registrado que no momento ela é de negação)

Diário de bordo, última semana de abril

Talvez eu esteja socando ficção na minha vida pra não prestar atenção no mundo real?
BITCH
I MIGHT BE

Essa semana eu:
1- reclamei pra caralho da minha aula de literatura brasileira, que fica cada vez pior (se não tiver greve eu realmente não sei como vou fazer pra aguentar assistir essas aulas até junho)
2- terminei a série dos irmãos Maddox só por terminar, porque pelo amor, que horror. Não sei se o primeiro livro (e as variações dele) foram tão ruins quanto o resto da série, mas foi difícil passar pelos dois últimos. Eu tenho uma teoria do porque, mas preciso escrever sobre ela em outra postagem
3- assisti The Vow e sim, aparentemente a obsessão da J.R.Ward pelo Channing Tatum passou pra mim e eu tenho zero problemas com isso porque QUE HOMÃO DA PORRA?? Muito fofo e engraçado (mas odiei The Vow, cheguei a odiar a Rachel McAdams, só aceitei o final porque é baseado numa história real)

that's it for now
continuemos na corrente de oração pela greve e eu poder fazer trabalho sem ter que ir pra aula bosta

sábado, 23 de abril de 2016

Preciso de um tumblr pra falar de goiabinhas

Terminei a série "Real", da Katy Evans e bateu uma leve ressaquinha.

Não lembro exatamente como descobri o primeiro livro (acho que vi cartaz no metrô? Ou recomendação no facebook, não lembro mesmo), mas li os três primeiros ano passado, um atrás do outro. Lembro de achar o ritmo meio over, muito intenso pro meu gosto, mas acabei acostumando e gostei. Tenho bastante dificuldade com essas autoras de romance mais novas; como meu início no romance foi ~~top de linha~~ com Nora Roberts, Sophie Kinsella, Marian Keyes e Meg Cabot, ficou bem difícil achar autoras que conseguem equilibrar o romance com drama e humor (a única que conseguiu roubar meu s2 depois de velha foi a J.R.Ward).
Enfim, voltando à série da ressaca.
Tem lá esse cara lutador (o Remy Tate) que encontra com essa corredora aposentada (a Brooke) que lascou o joelho nas Olimpíadas. A Brooke vai arrastada pro Underground (um troço alternativo, meio MMA) e quando o Tate olha pra cara dela fica alucineides, os dois sentem uma conexão muio louca, enfim, o lance revira olhos de alguns romances que eu nunca ouvi ninguém na vida real dizer que sente mas é fofinho quando descrito da maneira certa nos livros. Aliás, problematizando um tico mais: lembro de ficar extremamente incomodada com a obsessão do Remy pela Tate. Um ciúme meio sem medida, sei lá. No final do livro fica meio explicado: ele é bipolar, nunca amou ninguém, ninguém nunca amou o pobre (os pais o jogaram numa clínica quando ele tinha 13 anos) etc. De novo: o cara querer dar o mundo pra mina, "você é minha pra sempre" até satisfaz a visão amorosa judaico-cristã da galera, mas né, tem sempre um jeito de escrever sobre isso sem parecer coisa de maníaco (Norinha Roberts é mestre em fazer isso, saudades Nora, já já volto pra você). Os três primeiros livros são sobre os dois; eu li o terceiro super rápido porque achei a tradução meio porca e tava meio enjoada do mela-mela do casal.
Eis que esse ano estou eu, lindíssima mexendo no goodreads e vejo que a série tem mais três livros. Marquei pra ler depois e final de semana passado resolvi ir atrás. Não me arrependi, mas tenho algumas ressalvas.
O quarto livro é sobre a amiga louca da Brooke, a Melanie. Começa o livro ela sedutora na balada, rainha da dança. Um boy chega a flertar com ela, mas ela fica "bububu não existe amor em Seatle, um labirinto místico, onde os grafites gritam" e vai embora. Fora da balada, ela descobre que o conversível dela tá sem a capota e começou o maior toró (porque sim, ela tem que ser a personagem irreverente que tem um conversível em Seatle, a cidade em que segundo as minhas leituras, mais chove nos EUA); bate um desespero na mulher mas TCHARAM! Tá lá o boy bombado pra salvar o carro. Atração instantânea fatal. O boy é o Greyson, filho do dono do Underground, e é misterioso e ~perigoso~. De todos os livros da série, esse é mais pesado (tem uns assassinatos, um lance meio máfia), o que mais tem cena quente (fui olhar o facebook da autora e fiquei rindo de uma foto de perfil dela meio de vózinha, ela do lado de umas flores, só consegui pensar que doideira é essa mulher com cara de girl-next-door descrevendo com detalhes uma cena de sexo anal) e o primeiro em que o exagero da história foi pra escrita. A conexão do casal é rápida demais e MEU DEUS, o que essa mulher TEM com MAIÚSCULAS e EXCLAMAÇÕES (eu me senti gritando dentro da minha própria cabeça enquanto lia). Uma pausa pra dizer o quanto eu li das piadinhas com Grey (a Melanie curte chamar o Greyson de Grey) e 50 tons de cinza. Galera pode falar o que quiser, mas 50 tons foi uma reviravolta no mundo dos romances (preciso inclusive escrever sobre esse lance bdsm que tenho pensado bastante).
O quinto livro é sobre a Pandora, a amiga gótica da Melanie e da Brooke. O primeiro amor dela foi o Kenna, um cara que acabou virando vocalista de uma banda de rock famosíssima. A história deles é meio triste, você-não-gosta-de-mim-mas-sua-filha-gosta, gravidez na adolescência, primeiro amor a mil por hora... Boring. Eu gostei porque gosto de qualquer coisa (e livro com cara de banda, nossa senhora, minha FRAQUEZA), mas pfff, boring. Uns buracos na trama que arghhhhh, mas enfim, terminei rapidinho pra ler logo o sexto. 
O sexto foca numa prima da Brooke, a Reese. Como ela se apaixona por um lutador novato do Underground (o Maverick) tem alguns relances da Brooke e do Remy no livro (saudades). Achei o mais fofo. Sem exagero de cena com sexo, um amorzinho meio puppy love, uma graça. Terminei e bateu uma tristeza.

Eu recomendo a série pra quem curte qualquer baboseira, como eu (meu amigo Bruno uma vez me disse um lance que selou minha relação com cultura pop mais ou menos: "Nós dois gostamos do Britney Jean, nós não temos critério". E é isso mesmo).

quinta-feira, 21 de abril de 2016

bolão

o que tá pior:
o país, minha saúde ou minha vida acadêmica?

domingo, 17 de abril de 2016

sobre o brasil hoje

to dividida:
faço tal qual a classe média alta paulista que foge pra miami (no caso eu daria um jeito de fugir pra londres, que é onde eu tenho conhecidos), viro militante, me mato ou continuo a viver apática?

um grande vômito pra essa câmara dos deputados que só fala de deus, família, moral, bons costumes e não aceita que uma mulher que pense o contrário deles fale 

sábado, 16 de abril de 2016

desejo

eu só quero:

(  ) um amor que acabe o meu sofrer

(x) que a universidade de são paulo entre em greve (mais especificamente a letras)


ps. ontem eu acordei 5h da manhã pra ler um texto pra aula, fui super cedo pra faculdade, 8h a prof não tinha chegado, decidi que se ela não chegasse até 8:15 eu iria em embora, deu 8:15, quando eu tava saindo ela chegou, fui pra casa, cheguei, abri a janela e fiquei sentada numa cadeira olhando pra rua por algum tempo. Não sei o que tá acontecendo comigo, mas não é bom.

domingo, 3 de abril de 2016

Tanto bate até que fura

Quase todos os dias da minha vida algo me deixa triste. Eu vivo desmotivada, com dores, com olheiras profundas de tantos anos sem dormir direito. Às vezes a tristeza é passageira - eu me dou um tempo, tomo um banho, como um chocolate, leio um livro e melhoro. Às vezes eu ignoro e continuo levantando da cama todos os dias na hora certa, indo pra faculdade e estudando mesmo quando não consigo me concentrar em absolutamente nada. Às vezes é depressão - e eu estive no buraco muitas vezes e por tempo suficiente pra saber quando é e quando não é -, mas mesmo sendo algo que me deixa no piloto automático, me faz deixar pilhas de louça suja na pia e a cama desfeita (eu arrumo a cama todos os depois que levanto) eu não deixo de fazer o que devo fazer e não desisto. Não desisto porque já sobrevivi uma vez, porque sou privilegiada e por mais que duvide de mim mesma a cada segundo (meus sonhos soam como piada pra mim e a cada falha eu ouço uma voz na minha cabeça me dizendo que eu sou burra e incompetente), eu ainda consigo me ver equilibrada e realizada em um futuro distante. 
Toda vez que eu sinto um ataque de pânico ou uma crise de depressão eu reprimo. Reprimo porque a cada instante alguém me diz que é frescura, que eu tenho tudo o que quero de bens materiais e que meus privilégios não podem ser mensurados; acabei internalizando o que esse monte de gente me disse e agora quem diz isso pra mim sou eu mesma. E infelizmente, além de ter uma dificuldade enorme pra me perdoar, costumo ser mais dura comigo que qualquer outra pessoa.
Eu não durmo bem há alguns anos. Em algumas épocas fica pior e eu fico com tanta vergonha que não saio de casa sem corretivo debaixo dos olhos. Cortei leituras na cama, celular, redes sociais; passei a ter horário relativamente fixo pra dormir e mesmo assim continuo dormindo mal ou tendo insônia. Minha alimentação também mudou: depois de vários anos sem comer carne, eu voltei a comer. Não como mais nada com lactose por causa da intolerância. Como frutas, verduras, eventualmente café, raramente álcool e doces com parcimônia (quase tudo de doce tem lactose). E mesmo assim meu estômago dói como se tivesse uma furadeira dentro dele e vivo com enjoo. Meus exames deram nada.
Não lembro de um dia depois da puberdade em que eu não tenha sentido dores no corpo. Dores de cabeça me acompanham há anos. Há algum tempo eu desenvolvi uma urticária maluca que vai e volta quando quer. E mesmo assim não desisto. Não deixo de fazer o que tenho que fazer. Abafo todas as crises de ansiedade, tento chorar no ônibus ou em algum horário que não atrapalhe minha rotina de estudos e quando sinto uma tristeza profunda e sinto que sou incapaz de ser boa em qualquer coisa na vida, eu ignoro. É frescura meu corpo estar respondendo? 
Dizem que se uma pessoa consegue sair de alguma distúrbio psicológico, ela não sai a mesma. Eu era reticente em relação a isso até sentir na pele: eu não sou a mesma menina de antes dos 18 anos, quando eu senti tão lixo que quis acabar com a minha vida. E apesar de lutar por algum equilíbrio todos os dias, às vezes minha mente volta pra aquele quarto branco e pra aquele monte de remédio que eu tomei de uma vez só, achando que melhoraria de alguma forma.
Eu faço listas do que preciso fazer porque acho que talvez isso me dê equilíbrio.
Eu escrevo sobre os meus sentimentos pra tirar de dentro de mim e ver se isso me dá alguma paz.
Eu levanto da cama todos os dias, tomo banho, faço todas as refeições e estudo pra sentir que valho alguma coisa e que vou alcançar algum sonho algum dia (um passo de cada vez).
Eu rio de coisas que não riria há alguns anos atrás (quando era muito mais mal humorada) e agradeço pelo que tenho pra ver se isso me deixa mais feliz.
Não venham me dizer que sou fraca, que o que tenho é frescura sem saber da peleja que tenho comigo mesma.

sábado, 2 de abril de 2016

aconteceu

desde o começo do semestre eu ando com urticária nervosa e com o estômago bem ruim, mas ontem rolou o primeiro breakdown real. saí da letras frustradíssima por causa de uma prova e vim chorando pra casa o caminho inteiro, me sentindo o último dos seres humanos porque meus pais pagam bem caro pra eu estar aqui e eu não consigo nem aprender as coisas direito.
depois que voltei da fisioterapia tomei um banho e voltei a estudar com força total.
apesar de gostar de achar que sim, eu não desisto assim tão fácil.