quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

20

Eu não quis fazer nada de aniversário esse ano e nem fiz alarde em redes sociais cheias de gente que me conhece. Ganhei festa no trabalho - de pessoas que conheço há duas semanas (tirando duas), presentes dados com muito carinho e muito amor de pai e mãe.
E agora eu, afastada da igreja como estou, ando protegida por um escapulário.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Perdão

Perdão por ter me apaixonado por alguém que não é muito bem resolvido. Perdão se sofres: eu sofri uma vida inteira e sei que não é agradável. Longe disso.
Mas não peço perdão por amar. Nem nunca pedirei. Quem quer se seja.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

essa mesmo

aquele música bem antiga e bem sábia, o "rap da felicidade"
"eu só quero é ser feliz..."

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

santa cidade

hoje eu acordei cedo e não parei o dia todo, fui bem adulta.
minhas pernas doem, como doeram quando eu passei um final de semana andando por todos os lados da cidade grande que você mora. mas eu não senti dor aquela semana. eu lembro exatamente dos seus beijos e carícias, mas não lembro de sentir nenhuma dor.
hoje eu não consegui esquecer a saudade, nem enterrar no fundo da mente. 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

regular teenager

tudo o que eu sinto agora é sono

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

I'm motherfucking crazy/ Eu também procuro sarna pra me coçar

Então, eu comecei a me preocupar com gente que não me conhece e provavelmente não gosta de mim. Sei que ninguém tem culpa de nada na situação - sentimentos vem e vão e nós somos passíveis de mudança. Mas por que eu fico querendo que elas estejam felizes? Pode até ser egoísmo (se estiverem felizes não se preocuparão comigo). Talvez não. Talvez eu só queria que todo mundo seja feliz, porque caralho, é pra isso que a gente nasceu. Eu fiquei bastante tempo no fundo do poço me achando um lixo e hoje não consigo ver outro objetivo pra minha vida, ou pra de qualquer um. Também aprendi a ser feliz sozinha e acho que isso é essencial. Talvez algumas pessoas precisem de um tempo e várias decepções pra perceber isso: ter alguém o tempo todo do seu lado não é imprescindível. Eu sei o que quem me lê deve estar se perguntando: você vive reclamando que não tem amigos e agora tá aí falando que sabe ser feliz só?
(Mas eu sou uma esquisita né gente.)
Acho que é questão de não se desesperar por não ter um namorado ou um amigo pra contar tudo. Uma hora chega. Uma hora você encontra pessoas que não vão te odiar por você não querer sair de casa, ou que apreciem o fato de você não falar muito. Eu não me desespero; eu espero. E enquanto espero, vou lendo livros, planejando viagens e fazendo drinks pra uma pessoa apenas. Ser sozinho não é ser triste. 
Espero, do fundo do meu coração que elas melhorem logo. 
Não gosto de ver ninguém triste.

O que eu venho escutando.

"Esse sofrimento é meu amor por você
Partida, você o levou
traga-o de volta"



sábado, 9 de fevereiro de 2013

Conselho de mãe.

"As pessoas seguiram em frente, Umáyra. Você precisa seguir também."
Minha mãe me lembrando das coisas que de vez em quando esqueço.

"So come sit by the fire and stay a while, but you can't stay too long."

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Pois então.

Eu tentei. Ninguém nunca vai poder dizer que eu não tentei. E eu vou seguir tentando. Só não vou tentar do jeito que todo mundo acha melhor.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sobre justificativas.

Aí a pessoa fala que não tá a fim de falar sobre sentimentos, vai escovar os dentes e lembra de algo cheio de sentimentos. Eu posso ser contraditória, né?

Hoje de manhã eu fui lavar uns sapatos e o Tony (meu cachorro) ficou perto de mim. De repente começou a latir pro nada. Eu, na maior das minhas viagens (cachorro é uma coisa maravilhosa: até o mais coração de pedra - como eu - se rende) comecei a perguntar pra ele (!) pra quem ele estava latindo. Alguns minutos depois ele parou, saiu de perto de mim e foi deitar no sol, perto da vasilha de água dele.
Normalmente eu fico de cabeça vazia quando faço algum serviço doméstico, mas aquilo me deixou encucada. "O meu cachorro", eu pensei, "é mais feliz que eu por não precisar se justificar". Ele faz o que  quer, por mais estranho que pareça (tipo isso de latir pro nada) e vai embora ficar na dele depois. 
Vai dizer que isso não é libertador?
Falta menos de um mês pra eu fazer 20 anos de idade e eu não faço ideia do que seja isso: não me justificar. Às vezes eu me pego explicando situações (ou até coisas da minha vida) pra desconhecidos. Meus pais então, sabem o porquê de cada respiração minha. Se isso me ajudou em alguma coisa e em algum momento?
Dificilmente.
                                                                           Verdade.

Desde quando eu comecei a usar as redes sociais (com 13 anos) isso só se intensificou. Por trás do "só devo algo a quem paga minhas contas" eu sempre me abro demais pra fazer amigos. "Eu sou desse jeito por motivos x, y e z" é minha frase padrão. E pra que? As pessoas não querem justificativas; elas só querem saber da vida dos outros por algum motivo que eu nunca vou entender.
No fim do ano passado eu decidi algo que vai mudar minha vida, e que vai se concretizar até antes do meio do desse ano. Todos os dias eu penso nisso e tenho medo. Medo de dar errado, medo de ser julgada, medo de não conseguir. Mas um dia tinha que acontecer, não é? Um dia eu tinha que tomar as rédeas de tudo e esquecer o que as pessoas pensam
Acho que evoluir é isso. 

ps. Eu passei dias sem twitter e facebook. Voltei pro twitter não sei porquê. Necessidade de conversar, acho. Eu tenho vários amigos aqui, mas quase ninguém tem tempo - e os que tem tempo não se interessam por nada que eu falo. Então eu vou gritar baboseira no twitter, onde sempre tem alguém pra falar. Mas a internet  mexe demais com a nossa cabeça quando a gente ta apaixonado. Eu não gosto de anônimos ou que perguntas e constatações que me ferem, e a internet é cheia disso. Fora que minha autoestima estava ficando pior que o normal por conta de alguém que não tem nada a ver. E eu estava ficando obcecada por pessoas que deveria esquecer que existem. Hoje estou oficialmente tentando largar as redes mais uma vez.

Ain't talking about my pride or my prejudice.

Como sempre, minha cabeça/sentimentos estão uma confusão sem tamanho, mas algo maravilhoso aconteceu: eu não estou nem um pouco a fim de falar sobre. Na verdade é a última coisa sobre o que eu quero falar. Eu agora tenho uma nova obsessão: The Lizzie Bennet Diaries.
Acho que todo mundo sabe que amo a Jane Austen de paixão - já visitei a casa museu dela, tenho todos os livros, vi tudo que é filme e série imaginável. Até que um dia desses (antes de ontem, hehe) uma colega perguntou se eu já tinha visto. Eu assisti o primeiro episódio e não parei mais (consegui chegar até o episódio mais recente).
Quem já leu Orgulho e Preconceito já sacou que é sobre ele. É uma releitura sensacional e moderna do livro, em forma de, isso mesmo, vlog! Você provavelmente está pensando "pff, que bosta, vlog", mas é muito bom. A Lizzie é uma estudante de comunicação que decide fazer um vlog (com a ajuda da melhor amiga Charlotte) como parte do projeto final do seu curso. Ela acaba falando mais da vida dela que outra coisa - o que inclue falar da mãe (que é obcecada pra casar as filhas) e das irmãs. O vlog começa com um casamento em que a Jane (irmã mais velha da Lizzie) conhece o Bing Lee, um estudante rico de medicina (prato cheio pra sra. Bennet). Na festa, Lizzie conhece Darcy (melhor amigo do Bing ou o amor da minha vida) e é ódio a primeira vista. Bem como no livro.
Há diferenças, claro. Duas das irmãs Bennet foram deixadas de fora (a Mary e a Kitty), mas aparecem como personagens secundárias. Mas uma viciada em Jane Austen como eu quem já leu ou viu o filme maravilhoso de 2005 (com a Keira Knightley e o Matthew Macfadyen) percebe várias falas "repetidas". 
Os episódios são curtinhos (têm no máximo 6 minutos), todos do youtube (estou assistindo sem legendas, mas tem legendado em português) e tem vários spin-offs bem legais (como o The Lydia Bennet, o Pemberley Digital e o Charlotte Lu). O Darcy só aparece no episódio 60 (imaginem o meu desespero pra chegar no episódio 60) mas vale bastante a pena esperar (o moço que atua conseguiu fazer a quase fobia social do Darcy perfeitamente). O Wickham consegue ser tão odioso quanto o do livro. As três Bennets são ruivas bem lindinhas que se vestem super bem (os comentários hahaha eu posso reparar nas roupas?), a série fala de coisas bem modernas (isso de comunicação, mídias digitais) e temas também (sabe o escândalo da Lydia, que no livro é uma fuga pra casamento? Na série é uma sex tape).
Mas sem dúvida, o brilhatismo da Miss Austen é o melhor de tudo. A Lizzie feminista que a princípio não quer se render ao amor e julga sem conhecer está lá, tão firme e forte em 2013 quanto era há 200 anos atrás, quando o livro foi lançado.
Aí eu pergunto: como que a gente não ama?