sexta-feira, 30 de outubro de 2009

And she likes to sing along, and she likes to shoot her gun.

Foi recebida em casa a gritos. Fez silêncio, escutou, não tentou argumentar. Argumentar com alguém que não gosta de ouvir e paga suas contas não é inteligente - pena que descobriu isso tarde. Subiu as escadas lentamente, meio morta-viva. Receber uma pancada nunca fazia bem. O repentino zumbido no ouvido, o corpo não obedecendo à mente. A primeira coisa que sempre vem à cabeça é "remédio pra dormir". Eu-preciso-de-remédio-pra-dormir. Se não dormir agora vou ficar me martirizando. Queria poder apagar por uns dois dias. E quando acordasse e fosse bombardeada por tolas perguntas, falaria calmamente que nada tem sentido. Porque nada realmente tem sentido. Felicidade é invenção do capitalismo, só existimos pra continuar a espécie. Mas continuar pra quê? Por quê? Deitou-se com Bukowski. É, Bukowski. Bukowski amava os rejeitados, os marginalizados. Sentia-se assim. Sono. As 19h? Sem remédio? Dor emocional. Barulho de carro. Saíram, amém! Televisão. Fodam-se as comédias. Pra puta que pariu com as comédias. Se não fossem as comédias, ninguém idealizaria a porra da vida. Porque é isso que ela é: uma porra, desgraçada. E você nada pra fora, mas a vala te puxa. Tropa de Elite. É, filme do caralho. Muro de concreto, bom de derrubar! É, vou assistir Tropa de Elite. Puta merda, quero esse livro. Preciso desse livro. Porque vocês não tem idéia da quantidade de neguinho que entra no tráfico por causa de vocês, seus maconheiros filhos-da-puta. A Zona Norte move a Zona Sul. Marcolla disse a Jabor em Pornopolítica que não existe solução. Estamos todos no inferno. Estamos todos no inferno. Internet. Internet = frustração. Ver coisas que não me fazem bem, aviso mental. Sentimentos complicados e dignos de vergonha aparecem. Só conto sob pseudônimo. Internet me causa depressão. Ela gosta de cantar junto, mas não sabe o que significa. Seether causa raiva. Ódio. Nirvana causa angústia. Muita. Queria ser um pedaço da alma de Kurt Cobain. Morreria em 1994, entraria para a história. Cabeça pesada. Cólica mental. Pontadas na cabeça. Confraria das Malditas: muito veneno, poucas privilegiadas. É o ódio de metade da minha sala, direcionado a mim. Quem mandou ser nojenta, fresca, cri-cri? Se ficasse calada não sentia dor de cabeça por macumba dos outros. Mas ficar calada, quando sua paciência está no limite? Não é culpa sua se você é careta. Não sai, não fuma, não bebe, não dá. Você só age como alguém de 16, não como alguém de 30 que acha que vive em Sex&theCity. Caralho, amanhã é a formatura e não fez dieta. Vai parecer mais porca prenha que é, de vestido. E essas olheiras vão ser impossíveis de disfarçar. Natureza desgraçada. Me fez com um cérebro inútil e seletivo. Se soubesse matemática não teria metade dos problemas existenciais que tem - seria emocionalmente uma porta. Alguma coisa teria graça se fosse assim? Não. Cala a boca e vai dormir. Fica parecendo jamanta, pensa que leu mais livros e assistiu mais filmes que qualquer um ali.

"Palavras são muito desnecessárias, elas causam apenas dor." Canto Enjoy the Silence do Depeche Mode há duas semanas, só acredito mais nisso.

Oh my God, do you think I'm in control?, thanks Ida Maria.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Definitivamente

eu não fui feita pra estudar, haha. A pessoa precisa tirar 4,0 pra passar de ano em química e tira 3,0. TRÊS. Morrendo de vontade de chorar nota pra professor, sério. Vou ter que aparecer no colégio pra fazer prova bimestral por causa de QUÍMICA (se bem que assim que eu comecei a estudar química e física, na 8ª série, eu só me ferrava em química. E dizia que seria meu ódio eterno, e que eu sempre teria dificuldade, até a morte. Que ótimo eu ter jogado praga em mim mesma). E sabe o que é pior? Eu realmente estudei pra essa prova! Ok, não estudei como as pessoas normais estudam - com MUITO afinco, mas as únicas coisa que eu faço com afinco são ler e assistir televisão (E nem venha me dizer que pra assistir televisão não se precisa de afinco: quero ver quem consegue assistir 7 filmes seguidos).

Anyway, como eu faço pra não precisar escutar pessoas irritantes? Eu só passo raiva nessa escola, credo. Enfim, preciso de dicas.

ps. VÔMITO MENTAL DETECTADO, haha. Nem me dei ao trabalho de interligar os assuntos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Adeus, e não sentirei saudade.

Claríssimo que ando meio cheia de tudo, inclusive de mim mesma. Os oito livros que comprei essa semana estão em cima da estante, e só não são inúteis porque nada é mais bonito que um bom livro - mas eu não consigo parar de pensar na Becky Bloom quando os olho. A Becky Bloom, pra quem não sabe é shopaholic (e se você não sabe o que é shopaholic joga no google, que eu tô com preguiça de explicar). Ela acha que tem que ter milhões de coisas e as compra, mas tudo acaba socado dentro do guarda-roupa. Ok, livro nunca é demais, mas eu sei que comprei só de olhão mesmo. Além de não ter tempo pra ler, eu só comprei livros sérios - porque eu sabia que a minha mãe ia ter uma sincope se eu gastasse mais de duzentos reais com chick-lit - e eu sei que vou demorar pra ler todos e quando eu quiser mais livros minha mãe não vai comprar justamente por eu ter uma pilha pra ler (me senti o Saramago de quinta escrevendo períodos to tamanho do universo, haha). Tá vendo? Becky Bloom e eu, separados na maternidade.
Cheia de livros, cheia de mim, cheia da escola. Argh. Quando todo mundo falava que a adolescência é a melhor fase eu não acreditava. Quando todo mundo falava que o Ensino Médio é a melhor parte da sua vida escolar eu não acreditava (até porque quando você chega no Ensino Médio, a melhor fase da vida escolar automaticamente vira a Faculdade. Mistééério...). Quando todo mundo falava que o terceiro ano era o melhor ano do universo, eu acreditava. Pobrezinha, ingênua. Vai ver as pessoas que me diziam isso eram os populares da escola, iguais àqueles de comédia-romântica água com açúcar, e eu não me liguei que seria uma huge looser, que quer sair da escola a qualquer custo. Por que é exatamente isso que eu quero fazer.
Sábado retrasado foi a tal "Aula da Saudade". Saudade de quê? Da humilhação, da raiva, da frustração que os professores me faziam passar todos os dias? Da sistematização visível que a coordenação queria que eu "participasse"? Das brigas entre "amigos"? Dos barracos na sala de aula que tornaram a convivência insuportável? Sorry, eu não sentirei saudade. Só de pensar no tanto que a minha paciência se exercitou esse ano, eu sinto calafrios de ódio. Agora, ver toda a hipocrisia do mundo em uma manhã foi o limite. Homenagens à colegas de turma, professores, coordenadores, "Valeu a pena!", "Sentiremos falta disso tudo."? Falem por vocês. Até ameaças de processos rolaram esse ano! - e passar a borracha nisso é demais pra mim.
Não sentirei saudade. Os cinco anos de "Classe A" só me custaram tempo de análise - tempo que poderia ser gasto com o meu problema maior, que é a minha relação com o meu pai -, os três anos de Ensino Médio só fizeram o inverno crescer aqui dentro. Assim como eu tenho certeza que não sentirei saudade da casa dos meus pais (Oh que saudades não tenho/ de minha casa paterna, Drummond disse), tenho certeza que esses anos que escola vão para a minha lixeira mental.


Notaram as hipérboles? Além de Leminski, Álvaro de Campos me consome.

ps. Oficialmente, eu não tenho tempo pra ler. Mas na prática...
pps. É engraçado como pessoas que nunca viram seu rosto, constantemente te fazem sentir melhor que seus amigos de todo dia. Com poucas palavras. Talvez seja porque elas não conhecem os seus defeitos. Dá até vontade de ser geek sociopata que só tem amigos virtuais. But whatever, o que importa é se sentir bem, não é?

sábado, 3 de outubro de 2009

So make me lose my mask of sanity.

"Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço.
Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia! "

Everybody's done with this whole crap, I know. But I am too.

Sentindo um mix de raiva, vergonha e remorso. Vou abandonar isso aqui e me dedicar ao meu eu-lírico. Ele é mais legal que eu.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Baby, it's a wild world.


"It's hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it's a wild world and
I'll always remember you like a child, girl
You know I've seen a lot of what the world can do
And it's breakin' my heart in two
Because I never wanna see you sad, girl
Don't be a bad girl
But if you wanna leave, take good care
Hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware."

Certo, você pode dizer que é uma espécie de Gossip Girl britânico, por falar de adolescentes e tal. Mas pelo menos eles não são podres de ricos, tem problemas normais, não são super bonitos etc etc. É completamente viciante, haha.

E os britânicos não esconderam as drogas. A galerinha aí usa mesmo, e eles fazem questão de mostrar no seriado. Nos livros de Gossip Girl o povo é mó viciado, e eles não mostram nada no seriado. Poor american people...
ps. Effy cortada! haha